quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Johnny Cash - At Folsom Prison

Country | Folk | ÉPICO

1 - Folsom Prison Blues
2 - Busted
3 - Dark As The Dungeon
4 - I Still Miss Someone
5 - Cocaine Blues
6 - 25 Minutes To Go
7 - Orange Blossom Special
8 - The Long Black Veil
9 - Send A Picture Of Mother
10 - The Wall
11 - Dirty Old Egg-Suckin' Dog
12 - Flushed From The Bathroom Of Your Heart
13 - Joe Bean
14 - Jackson (With June Carter)
15 - Give My Love To Rose (With June Carter Cash)
16 - I Got Stripes
17 - The Legend Of John Henry's Hammer
18 - Green, Green Grass Of Home
19 - Greystone Chapel


      Tô a umas duas semanas ouvindo uma pancada de bandas instrumentais (ou não) japonesas. Ouvi Toe até cansar meu last.fm e ficar entediado por ter de ouvir apenas dois discos deles. Ouvi também uma tonelada de coisas e, de uma hora pra outra, percebi que, MAGICAMENTE, meu At Folsom Prison tinha sumido dos meus arquivos e fiquei com uma cara de tacho porque não ouvia aquele disco fazia muito tempo. Corri e fiquei possuído por uma satisfação tão grande ao ouvir a clássica frase no começo de todo show.

      "Hello. I'm Johnny Cash".

      Antes de Dylan arrancar um sól na sua velha Hohner, Cash já tinha sido preso N vezes, virado sherife de Davidson County no Tennesse e, claro, "atirado em um homem em Reno só para assistir ele morrer". Simplesmente uma lenda, tocou com Elvis, Dylan, Willie Nelson e, principalmente, June Carter.


      At Folsom Prison é um épico. Imagina: Você É Johnny Cash. Você faz letras sobre matar homens sem ter motivo, dar uma cheirada, ficar a vida inteira numa prisão, morrer na cadeira elétrica, ser jogado "pela privada do banheiro do seu coração" de sua mulher e seu companheiro de sela ser seu melhor amigo. Agora, imagina: Você tá tocando na prisão mais segura do Tennesse para presos que tem, em sua maioria, uma sentençazinha de 50 anos a, talvez, uma cadeirinha que estará ligada na tomada. Meio épico, não?

      Cash se consagrou com os shows em Folsom e San Quentin, ambas prisões de segurança máxima. Na época, o agente do "Homem de Preto" quase deu um tiro em seu próprio joelho por causa da decisão de tocar em prisões e foi com o papo de que o público de Cash não eram assassinos condenados à prisão perpétua e que ele ficaria com a imagem queimada e blá blá blá e ele disse: Ei, relaxa, sou Johnny Cash. Se eu não tocar com homens que fizeram o que eu teria feito em vários momentos da minha vida, pra quem vou tocar? Pra minha mãe?

Ele é Johnny Cash. Você não.


      Não tenho nem o que dizer sobre esse disco, sinceramente. É lindo, cômico e, por mais incrível que pareça, comovente. Canções sobre nunca mais sair para as ruas, ver a família ou então, simplesmente não poder ir na padaria comprar o cigarro de cada dia. Até assassinos choraram no show. Além disso, se você entende inglês e consegue acompanhar todas as palavras de Johhny, saberá o quão engraçado é. A quantidade de piadas de baixo nível e a intimidade criada instantâneamente entre Cash e os presos são incríveis. Se não consegue entender, basta as risadas de todos os homens e uma imaginação pra recriar uma prisão com o ator principal do country na frente de centenas de presidiários serelepes e felizes como nunca que terão aquele como o melhor momento de todas as suas vidas.

      Com a participação da incrível June Carter nas décima quarta e décima quinta faixas, Cash consagra sua fama de Homem De Preto nesse disco. É absurdamente genial. Você pode até achar meio chato pelo ritmo ser praticamente o mesmo durante todas muitas músicas, mas aí tu repara nas letras e pensa: Porra, mas esse cara tinha culhões. Letras realmente incríveis, filosóficas e, ao mesmo tempo, extremamente escrotas como em "Dirty Old Egg-Suckin' Dog", "Flushed From The Bathroom Of Your Heart" e a quase inacreditável "Cocaine Blues". Cara, não tem nem como destacar algumas músicas, praticamente todas são incríveis em algo. A voz sepulcral de Cash e seu ritmo característico levam a essência do country e do folk pra essa gravação em Folsom. Só destacaria mesmo a primeira faixa por ela possuir a costumeira frase de entrada de todos os shows de Johnny, mas terá de ouvir todas e chegar à conclusão de que se existe um músico de cadeias, ele é Cash.




      Bem, se nunca ouviu este épico, taí sua chance. Tô com um puta saco pra resenhar aqui e, melhor do que isso, enquanto (magicamente) chove aqui em BH desde uns 130 dias atras , a melhor coisa a fazer é aumentar o volume de "The Long Black Veil" ao máximo, ir pra janela ver essa chuva e dar uma rezadinha para que Johnny esteja bem lá no além, se matar mais ninguém em Reno, rs. Bom proveito!

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3 comentários:

  1. Рretty! This was a really ωonderful ρost.

    Τhanks for ѕuρplying thеѕe dеtаіls.


    Alsο ѵisit mу ѕіtе - great site

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  2. Amigão muito bom obrigado
    Meu amigo por essas obra prima valeu mesmo

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