tag:blogger.com,1999:blog-4236497975530267692024-01-04T14:56:57.972-03:00Taverna do SomDaniel OIivetrohttp://www.blogger.com/profile/10961096706198597345noreply@blogger.comBlogger118125tag:blogger.com,1999:blog-423649797553026769.post-53889197907360481952013-12-02T23:04:00.001-03:002013-12-02T23:08:57.140-03:00Darondo - Let My People Go<img height="520" src="https://www.ubiquityrecords.com/shop/product_images/a/lhcd048_600__03184.jpg" width="520" /><br />
Funk | Soul | Groove | Soul As Shit<br />
<br />
1 - Let My People Go<br />
2 - Legs<br />
3 - Didn't I<br />
4 - I Want Your Love So Bad<br />
5 - How I Got Over<br />
6 - My Momma And My Poppa<br />
7 - Sure Know How To Love Me<br />
8 - Listen To My Song<br />
9 - True<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Boa noite Taverneiros! Como vão? Aqui tá indo tudo bem, tirando o trabalho que suga minha alma a cada dia de 8 às 18, haha. Mas as coisas tão indo bem. Nós temos nosso primeiro show marcado pra dia 12 desse mês e as minhas expectativas estão bem altas, hehe. Tô saindo um pouco da pala do Cream agora que eu já ouvi e praticamente decorei tudo também, mas não acho de todo ruim parar de ouvir um pouco e mergulhar nos aproximados 1.500 discos que tenho baixado (<s>para polícia da internet: é mentira viu?</s>). Mas a real é que eu estava voltando um dia desses de madrugada pelo centro de BH, voltando de um pub às 5 da manhã e, só pra constar, meu carro só toca CD, então tenho vários gravados com tudo quanto é tipo de música. Então botei em um que tinha 100 música aleatórias e coloquei no aleatório ainda por cima. Não é que tocou três músicas seguidas do Darondo? Pensei: "É um sinal divino". Então eis que aqui estou!</div>
<br />
Quem foi Darondo? Sinceramente não sei lá também muita coisa dele, mas que ele foi (infelizmente ele morreu em junho desse ano) um puta personagem é, sem sombra de dúvidas, uma verdade indiscutível:<br />
<br />
<img height="365" src="http://www.konbini.com/fr/files/2013/06/Darondomini.jpg" width="520" /><br />
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Darondo atuou bastante nos anos 70 na Califórnia, estado aonde nasceu e viveu até a sua morte. Não conseguiu um pingo de sucesso até 2007, aonde a música "Didn't I" foi descoberta e colocada como trilha sonora do quarto episódio da primeira temporada de Breaking Bad. Nasceu chamando William Daron Pulliam e viveu até os 67 anos, quando morreu de parada cardíaca. A música dele é resumida em duas palavras: feeling e groove. O cara simplesmente tem muito dos dois. Consegue fazer o melhor do Soul com sua voz cantada no falsete e, em outras músicas, chamar o feeling derivado de James Brown pros ritmos mais rápidos. O som tem uma qualidade bacana e um timbre bem único, como o primeiro disco do Tim Maia, que parece que foi bezuntado por uma camada de GROOVE.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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Infelizmente, como não foi reconhecido no início e meio da sua carreira, Darondo não gravou muitas coisas. Ele possui uma coletânea chamada <i>Listen To My Song</i>, lançado no ano retrasado e este disco aqui, que é de 2006. Apesar da maioria de suas composições serem da década de 70, existem pouquíssimas gravações de tal data, somente as de 90 pra frente que tem uma qualidade decente para podermos apreciar a genialidade incompreendida desse cara. A mitologia envolvendo Darondo conta que ele foi um P.I.M.P. nas décadas de 70 e 80, apesar dele recusar tal título, mas convenhamos: mesmo que ele recuse assumir tal denominação, a sua música e estilo vão de encontro ao contrário do que ele afimava.</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmPEFm4BTa4o6d7YyPn32c-sRJI6N8hzXkZHjzj-v48kE6U0t-654VTBGhbkxAyzvM616MefYZWqxiuIVkyCLB9p60IKspt9vPVpzdhLGF_B02-Sj5STZZ0wVEh9NXOAOBRbFCAB0Bb6pn/s1600/darondo1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="436" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmPEFm4BTa4o6d7YyPn32c-sRJI6N8hzXkZHjzj-v48kE6U0t-654VTBGhbkxAyzvM616MefYZWqxiuIVkyCLB9p60IKspt9vPVpzdhLGF_B02-Sj5STZZ0wVEh9NXOAOBRbFCAB0Bb6pn/s640/darondo1.jpg" width="520" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Esse disco pode ser dividido entre funk e soul em seus estados puros. A paulada já começa com a primeira música que, de tão foda, a gente tá até tocando ela na nossa banda de funk, haha. É seguida pela animadíssima "Legs" que, se você ouvir enquanto anda pela rua será impelido a dançar enquanto caminha. Seu maior sucesso, "Didn't I" é um exemplo de como seu soul consegue ser tão sofrido na sua única voz. Darondo tem um falsete característico que, depois que você ouvir essa música nunca mais esquecerá. Separo também "I Want Your Love So Bad" e "How I Got Over" que, sinceramente, é uma das músicas mais bonitas que eu conheço, tanto a letra quanto a melodia em si. Ouçam com cuidado "My Momma And My Poppa", aonde um sax destrói a música inteira junto com Darondo no vocal.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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Bem, ouçam e tirem suas próprias conclusões! Vou tentar postar mais nessa semana alguns rolês sonoros que eu não ouvia a eras, mas ainda estou pra decidir o que vai ser, hehe. Qualquer sugestão de resenham que vocês quiserem podem comentar nos posts ou mandar um e-mail pra mim. Enjoy!</div>
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="355" src="//www.youtube.com/embed/k253kmjNNzo" width="520"></iframe><br />
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<h4>
<b><a href="https://mega.co.nz/#!Q04ERQZT!O4M5jWW1qMbsQ5eDImAL0CZNRIoSYTU4jsBv60jOTfY">Download</a></b></h4>
Daniel OIivetrohttp://www.blogger.com/profile/10961096706198597345noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-423649797553026769.post-10625901577483170902013-11-14T11:44:00.002-03:002013-12-09T17:24:29.221-03:00Cream - Goodbye<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<img height="520" src="http://www.sr54.com.ar/Content/Imagenes/Cream_Goodbye.jpg" width="520" /><br />
Blues | Improviso | Rock N' Roll | Deuses<br />
<br />
1 - I'm So Glad</div>
<div style="text-align: justify;">
2 - Politician </div>
<div style="text-align: justify;">
3 - Sitting On The Top Of The World<br />
4 - Badge<br />
5 - Doing That Scrapyard Thing</div>
<div style="text-align: justify;">
6 - What a Bringdown</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Bommmm diaaa Taverneiros! Já cansei de dar desculpas da falta do que postar, mas finalmente gravei um disco definitivo com um bilhão de músicas (metade é do Cream) e agora consigo ouvir tudo que eu quero enquanto dirijo. Eu não tinha ouvido esse disco dirigindo porque eu não achava link pra baixar, até eu pedir à boa alma do Tito e ele upar panóis. Eis que agora sou uma pessoa feliz, ouvindo meu Cream e furando alguns sinais vermelhos. Falando em pessoa feliz, o nosso som tá cada vez mais legal. O Tito comprou um gravador de ambiente top de linha e agora a gente tá gravando todos os nossos ensaios, inclusive uparei aqui alguma coisa de nosso ensaio de domingo passado pra vocês conferirem. O som tá bem legal, a gente tá conseguindo trocar de instrumentos pra fazer improvisos: eu vou pra guitarra, o vocal vai pro baixo, o teclado vai pra batera, o batera (Tito) vai pra gaita (o microfone que ele comprou é só MUITO DOIDERA FI) e assim a coisa vai andando. O negócio mesmo é improvisar. E é por isso que tô aqui hoje resenhando o último disco do Cream, o melhor exemplo de improviso que vocês vão encontrar na vida.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Como vocês já sabem do Cream nos últimos posts, a banda teve uma duração relativamente pequena. Para a habilidade dos músicos, individual e em conjunto, e o sucesso que tiveram, a banda poderia ter durado beeem mais. Mas com a crescente disputa pessoal e musical entre Ginger Baker e Jack Bruce, a situação estava se tornando insuportável. Clapton dizia que às vezes ele parava de tocar durante os shows e os outros dois estavam tão imersos disputando o som entre eles que nem percebiam que Eric tinha parado de tocar. Além disso, todo mundo tava ficando surdo. Cream foi uma banda criada com o propósito de tocar em estádios e lugares muito grandes. Não existia a tecnologia de suporte para o som, então os únicos amplificadores eram aquelas parede de Marshalls e Fenders cobrindo todo o palco. Ginger diz que Cream prejudicou sua audição em um nível sem precedentes e até hoje Clapton sofre uma ligeira surdez devido aos anos de quebradeira com Jack e Ginger.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<img height="420" src="http://img.photobucket.com/albums/v350/bek1a/Cream1.jpg" width="520" /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<br />
O disco tem apenas seis faixas, sendo que foi lançado em 1969, depois que o Cream já tinha terminado. Três das faixas são gravações inéditas do Cream não lançadas antes e as três primeiras foram gravadas ao vivo, só pra dar aquela amostra de improviso clássico deles. Em minha humilde opinião, essa versão de "I'm So Glad" é perfeita. Os caras tocam menos de um minuto e meio da música e já cai num improviso de seis minutos. É genial. Depois vem a clássica "Politician", com um solo violentíssimo de Clapton. A última faixa ao vivo é "Sitting On The Top Of The World" aonde o o baixo sai ESTOURANDO nos graves. É incrível como Bruce tira um timbre tão estourado de um baixo em 1968. As outras três faixas são as inéditas de estúdio. "Badge" você já pode ter ouvido, ficou bem famosa na voz do Clapton depois do Cream. "What a Bringdown" é uma música bem interessante. Dá pra ver um influência do que seria o Blind Faith nessa faixa (que foi lançada já durante o Blind Faith).<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu ando ouvindo só Cream, confesso. Todos os meus amigos que não são músicos não conseguem entender a pala que Cream é, porque quando você sabe quanto é difícil, musicalmente falando, eles fazerem o que você tá ouvindo, a gente desacredita e toda vez que ouve acha mais incrível. Ainda mais eu, começando a tocar baixo a alguns meses, conheço o baixo do Jack Bruce... É como se me escondessem uma verdade por toda a minha vida e hoje eu sei que o baixo é um instrumento MUUIIIIITOOOO mais dinâmico no processo do improviso. Assim como na bateria e guitarra, o baixo entra na construção da harmonia e, ao mesmo tempo, nas linhas do improviso. É por isso que o timbre de Bruce é muito mais identificável do que a maioria dos outros baixista: aparecer em 1966 com um rock n' roll tão pesado no baixo era demais pra época. E confesso que eu me apaixonei por esse disco por causa da primeira música, aonde o baixo tem um timbre, cara... um timbre inexplicável.<br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="405" src="//www.youtube.com/embed/m6xKaUDookk" width="520"></iframe><br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="text-align: justify;"> Vou tentar postar mais aqui mas confesso que tá difícil. Todo o tempo livre que tenho é pro contra-baixo, mas se eu achar alguma coisa que me coloque no ânimo de postar aqui, postarei. O problema é que já postei todos os do Cream e agora tenho que descobrir uma nova pala musical, HAHA. Espero que tenham gostado de todos (ou pelo menos de um) disco deles. Ouçam o fim do Cream e me digam se não foi genial do início até o último momento, haha. Baixem e ouçam! Abraços!</span><br />
<span style="text-align: justify;"><br /></span>
<span style="text-align: justify;"><b><a href="https://mega.co.nz/#!YopQTSyJ!LMXhSlN-lGzzHYeMA_MwSHL30oR1fqJvzSbefWUe0GE">Download</a></b></span><br />
<span style="text-align: justify;"><br /></span>
<span style="text-align: justify;">*Update (15/11)</span><br />
<span style="text-align: justify;">A gente gravou algumas coisas no nosso último ensaio, só que não configuramos o microfone e o som estourou um pouco. Dei uma arrumadinha mas pelo menos da pra vocês conhecem um pouquinho da ideia, hehe. Na gaita arrastadíssima tá o Breno (Dot), guitarra da banda, na batera tá o próprio Tito, nos teclados é o monstro do Juliano e eu mesmo no baixo. Espero que gostem, hehe.</span><br />
<span style="text-align: justify;"><br /></span>
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="300" src="//www.youtube.com/embed/Ow7FT8GrRu4" width="520"></iframe><br />
<br />
<br />
E nesse aqui é Tito na gaita, eu na guitarra, Juliano na batera e Paco no baixo.<br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="300" src="//www.youtube.com/embed/IL3WkwBBhPs" width="520"></iframe>Daniel OIivetrohttp://www.blogger.com/profile/10961096706198597345noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-423649797553026769.post-7822308875190975562013-10-24T16:14:00.003-03:002013-10-24T23:08:04.528-03:00B.B. King - Live At The Regal<span style="background-color: #444444; color: white;"><img height="520" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCWlm6UcUG0bIlF5QO0CODhXlbUsebNG84VEoMfJZT23aOigLP4s98meNhYtzB7uJpl44SGlYg4loLeB52u2exIQ6f_Ml4mctpRJUyYY5TF35prjpzJF1oljAGQ5ZYTX6QLAu9EJRmyIpq/s640/BBking_live_at_the_regal.jpg" width="520" /></span><br />
<span style="background-color: #444444; color: white;">Blues | Clássico | Feeling | Deus</span><br />
<span style="background-color: #444444;"><span style="color: white;"><br /></span>
<span style="color: white;">1 - Every Day I Have The Blues</span></span><br />
<span style="background-color: #444444; color: white;">2 - Sweet Little Angel</span><br />
<span style="background-color: #444444; color: white;">3 - It's My Own Fault</span><br />
<span style="background-color: #444444; color: white;">4 - How Blue Can You Get</span><br />
<span style="background-color: #444444; color: white;">5 - Please Love Me</span><br />
<span style="background-color: #444444; color: white;">6 - You Upset Me Baby</span><br />
<span style="background-color: #444444; color: white;">7 - Worry, Worry</span><br />
<span style="background-color: #444444; color: white;">8 - Woke Up This Morning (My Baby's Gone)</span><br />
<span style="background-color: #444444; color: white;">9 - You Done Lost Your Good Thing Now</span><br />
<span style="background-color: #444444; color: white;">10 - Help The Poor</span><br />
<span style="background-color: #444444;"><span style="color: white;"><br /></span>
<span style="color: white;"><br /></span>
</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #444444; color: white;">Boa noite Taverneiros! Como andam vocês?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #444444; color: white;">Ando sumido, não? Confesso que tô até com vergonha de voltar aqui quase um mês depois da última postagem, mas confesso, também, que ando meio complicado em várias situações. Meu tempo tá curtíssimo, estou estudando e trabalhando como um escravo e passei, recentemente, por um término de namoro complicado. Acabou que a Taverna voltou para o segundo plano na minha lista de prioridades, já que ando entusiasmando também com a banda que, juro pra vocês, o som tá ficando EXCELENTE. Conseguimos um tecladista MUITO virtuoso e fomos ensaiar nesse sábado com ele num sítio próximo aqui de Belo Horizonte. O som foi sensacional, muito mais do que eu esperava. Conseguimos mandar várias músicas que estão no nosso repertório e, além disso, rolaram vááárias jams aonde todo mundo improvisou e o som fluiu naturalmente. A gente vai começar a ensaiar mais toda semana e provavelmente daqui um mês já teremos alguma coisa gravada em áudio de qualidade.</span><br />
<span style="background-color: #444444; color: white;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #444444; color: white;"><img height="350" src="http://cdn2.thelineofbestfit.com/media/2011/07/5136096_1965fc9f02.jpg" width="520" /></span><br />
<span style="background-color: #444444; color: white;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #444444; color: white;">Mas vamos ao que interessa! Desde a última resenha que fiz aqui na Taverna, eu continuei ouvindo Cream sem parar, haha. Porém eu acabei entrando numa bad total na semana passada e precisei me afundar em alguma coisa menos virtuosa. Foi daí que o Tito me emprestou esse disco. O que eu conhecia de B.B. King era a maioria de discos gravados em estúdio e muita pouca coisa ao vivo. Eu já até tinha esse disco baixado, porém nunca tinha dado uma devida atenção à ele. Há algumas semanas eu fiz uma viagem pra Lapinha da Serra, aqui perto de Belo Horizonte, e passamos três dias ouvindo só blues. B.B.King, Albert King, Howlin' Wolf, etc... Eis que então eu entro no meu carro, coloco esse disco pra tocar e simplesmente entro numa viagem distante, aonde o Blues parece ser o sentido de tudo, ainda mais na voz do rei do blues.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #444444; color: white;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #444444; color: white;">O mais tocante do B.B King não é o fato que ele toca pra caralho (te juro!) e nem o fato de que ele canta mais ainda, mas sim a presença que ele tem no palco. A força que o espírito dele tem quando você o vê em pé num palco, segurando sua queria Lucille semi-acústica preta e cantarolando com um timbre inexplicável, contando histórias e piadas pra o público e do nada gritando tanto na voz quanto na guitarra... Uau! Ouvi esse disco pelo menos umas trinta vezes nessa última semana e já decorei até os gritos da plateia a cada bend mais singular que ele fazia em palco. A energia do rei do blues é mais do que contagiante, é infecciosa. Todo mundo naquele lugar devia estar se sentido, no mínimo, iluminados. É uma quebradeira musical tão, mas tão intensa, que o pessoal dança, canta, grita, chama ele de gostoso e joga as calcinhas no palco.</span><br />
<span style="background-color: #444444;"><span style="color: white;"><br /></span>
<span style="color: white;"><img height="352" src="http://www.biography.com/imported/images/Biography/Images/Galleries/B.B.%20King/bb-king-10-sized.jpg" width="520" /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #444444; color: white;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #444444; color: white;">Todo o álbum foi gravado em um tape só, dividindo as músicas naquele esquema de termina e já começa a outra emendando, no melhor estilo<i> Dark Side Of The Moon. </i>Com certeza é um dos melhores ao vivos que conheço. Dá pra sentir na música a presença que B.B. King exerce sobre tudo. Sua voz e guitarra guiam a música de N maneiras diferentes, tornando-a um groove carregado de paixão ou uma quebradeira com a guitarra encharcada de drive de um amplificador valvulado gigante. Se eu for pra separar algumas músicas, com certeza tenho que separar "Sweet Little Angel", que é uma canção tradicional do blues que ficou famosa na voz de B.B. King em 1956.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #444444; color: white;"><br /></span></div>
<span style="background-color: #444444; color: white;">Separo também "It's My Own Fault", carregadíssima nos gritos de King. Tem um dos solos mais violentos de todo o disco também! Uma das linhas mais marcantes fica em "How Blue Can You Get?":</span><br />
<span style="background-color: #444444;"><span style="color: white;"><br /></span>
</span><br />
<div align="right" style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: right;">
<a href="http://userserve-ak.last.fm/serve/_/2250376/BB+King.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span style="background-color: #444444; color: white;"><img border="0" src="http://userserve-ak.last.fm/serve/_/2250376/BB+King.jpg" /></span></a><i style="background-color: #444444;"><span style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; color: white;"></span></i><br />
<div>
<i><span style="background-color: #444444; color: white;"><br /></span></i></div>
<div>
<i><span style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;"><i><span style="background-color: #444444; color: white;"><br /></span></i></span></i></div>
<span style="background-color: #444444; color: white;"><i><span style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;"> I gave you a
brand new Ford</span></i><o:p></o:p></span></div>
<div align="right" style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: right;">
<span style="background-color: #444444; color: white;"><i><br /></i>
and you just said I want a Cadillac</span></div>
<span style="background-color: #444444;"><span style="color: white;"><o:p></o:p>
</span>
</span><br />
<div align="right" style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: right;">
<span style="background-color: #444444; color: white;">bought you a ten dollar dinner</span></div>
<span style="background-color: #444444;"><span style="color: white;"><o:p></o:p>
</span>
</span><br />
<div align="right" style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: right;">
<said for="" i="" snack="" thanks="" the=""><span style="background-color: #444444; color: white;"><o:p></o:p></span></said></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
</div>
<span style="background-color: #444444; color: white;">let you live in my penthouse<o:p></o:p>
</span><br />
<div align="right" style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: right;">
<span style="background-color: #444444; color: white;"><i><br /></i>
<i>You
said it was just a shack</i><o:p></o:p></span></div>
<div align="right" style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: right;">
<span style="background-color: #444444; color: white;"><i><br /></i>
<i>I
gave you seven children</i><o:p></o:p></span></div>
<div align="right" style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: right;">
<span style="background-color: #444444; color: white;"><i><br /></i>
<i>and
now you wanna give 'em back<o:p></o:p></i></span></div>
<div align="right" style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: right;">
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: #444444; color: white;"><br /></span>
<span style="background-color: #444444; color: white;"><br /></span>
<span style="background-color: #444444; color: white;">A platéia pira tanto na última frase que quase não dá pra ouvir mais a voz nem
os instrumentos de tanta gritaria, haha. Quando a música acaba, temos uma
surpresa pois já começa a tocar "Please Love Me", quebrando no ritmo
mais veloz de todo o álbum. Por último mas não menos importante, destaco
"Worry Worry" com seus quase seis minutos e meio de um blues cantado
no falsete vindo da alma do B.B. King, porque não tem explicação pra o timbre
que esse cara tira ao vivo com a voz dele.</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-color: #444444;"><span style="color: white;"><br /></span>
<span style="color: white;"><br /></span></span></div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<div>
</div>
</div>
</div>
<span style="background-color: #444444;"><span style="color: white;"><iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="400" src="//www.youtube.com/embed/Pq-o9hr4vy0" width="520"></iframe><br /></span>
<span style="color: white;"><br /></span>
<span style="color: white;">Ouçam essa delícia e agradeçam ao Tito por ter me relembrado dessa beleza de álbum :D</span></span><br />
<span style="background-color: #444444;"><span style="color: white;"><br /></span>
<a href="https://mega.co.nz/#!YthmyCzL!B3sz_jO89N4PE4YpHvECADtBm0kCF1jbbF0Q1jr29eQ"><span style="color: white;">Download - MEGA </span></a></span>Daniel OIivetrohttp://www.blogger.com/profile/10961096706198597345noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-423649797553026769.post-22175379853215090852013-09-25T23:39:00.000-03:002013-09-26T22:21:31.801-03:00Cream - Fresh Cream<img height="520" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgr00DSX0FBt0dO9nqOvEj3suzabEQz1yy4KTxM5aQj0UoM8k858raViTmuBN7351qttZ5lx4o3ZZpwPWehPkeojUryLYnvoNKFH35HuIv0qjon9RIR8pnjaFIPPsW5StRB-n0vIeSpEP9H/s640/freshcream.jpg" width="520" /><br />
Blues | Rock | Clássico | Divina Trindade | Jack Bruce te amo<br />
<br />
1 - I Feel Free<br />
2 - N.S.U.<br />
3 - Sleepy Time Time<br />
4 - Dreaming<br />
5 - Sweet Wine<br />
6 - Spoonful<br />
7 - Cat's Squirrel<br />
8 - Four Until Late<br />
9 - Rollin' and Tumblin'<br />
10 - I'm So Glad<br />
11 - Toad<br />
12 - The Coffee Song<br />13 - Wrapping Paper<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Olá Taverneiros! Como vão vocês? Ando meio sumido, não? Meu tempo anda meio curto... Trabalhando das 8 as 18, tendo que treinar bastante meu baixo (as bolhas nos meus dedos estão épicas) e realizei um desejo que eu tinha a tempos: comprar um computador novo. Agora tô passando meu tempo jogando tudo que meu computador antigo não era capaz de rodar (diga-se de passagem: qualquer jogo). Tranquei minha faculdade e a partir de mês que vem meu tempo vai ficar mais curto ainda pois estarei estudando para alguns concursos públicos que vão rolar no ano que vem. Meu sonho é ganhar grana com música, mas até lá, preciso de um emprego melhor, haha.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu e o Tito andamos com umas ideias bacanas. Ele tá mandando bem na gaita e a gente tá pensando em mandar uns blues às vezes, mas só de zoeira mesmo. Um dia desses encontrei com ele e um amigo nosso, o Magma, que toca bateria e baixo demaaaaissss. A gente foi fazer um som com dois violões e uma gaita na mão do Tito, e saiu um som bem bacana. É raro a gente gravar alguma coisa (até mesmo no celular, como foi o caso) mas, como prometido, estarei mostrando aqui pra vocês alguns sons nosso. Pra quem quiser ouvir:</div>
<br />
<iframe frameborder="no" height="166" scrolling="no" src="https://w.soundcloud.com/player/?url=http%3A%2F%2Fapi.soundcloud.com%2Ftracks%2F111848993" width="100%"></iframe>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Esse domingo foi o dia mais quente no último ano em Belo Horizonte. Tive a excelente ideia de pedir um delicioso creme de açai e, claro, enquanto esperávamos ficar pronto essa delícia gelada, ouvimos Cream. E ouvi com muita atenção o primeiro disco deles e simplesmente estou apaixonado. Conheço bastante do segundo e do terceiro discos do Cream. Sou totalmente fanático com eles, mas o primeiro não era um dos meus preferidos, até esse domingo, haha. Pra te convencer de ouvir esse disco, vou colocar a música que eu ouvi e falei: NU.</div>
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="415" src="//www.youtube.com/embed/IrQftYFU7Vc" width="520"></iframe><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Pelas duas resenhas que já fiz sobre o Cream, vocês já devem conhecer um pouco da história desses caras. O incrível do Fresh Cream é que, pra um disco de 1966, é um som muito original e virtuoso pra época. Tudo que Clapton queria era tocar blues e, antes mesmo do Cream ser formado, ele já era o maior guitarrista de toda o Reino Unido quando tocava no John Mayall & The Bluesbreakers. E o primeiro disco é recheado de blues do começo ao fim. Rollin' and Tumblin' se tornou, automaticamente, uma das minhas músicas preferidas do Cream, mas não é somente essa música que é quebradeira sonora, mas sim, quase todo o disco.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
É um disco bem rápido. O Lado A tem 21:41 de duração e o Lado B em apenas 19 minutos. O disco já abre com a paulera de "I Feel Free", que tem uma das linhas de baixo mais violentas de todo o disco. Imagino a reação das pessoas ao ouvirem a primeira música do primeiro disco da talvez primeira super banda da história. A expectativa era grande pois os três músicos já eram consagrados antes mesmo do Cream ser formado. Colocar o LP do <i>Fresh Cream</i> num toca disco e ouvir algo que, antes deles, nunca tinha sido tocado dessa maneira, foi realmente marcante. "N.S.U." é uma puta gritaria harmônica, digna de ser antecedente do blues de "Sleepy Time Time", aonde a guitarra derrete nos bends e vibratos característicos do Clapton. Terminando o Lado A tem o blues de Spoonful, um dos maiores clássicos do blues, composto por Willie Dixon. Não preciso nem comentar o quanto eles tocam nessa música, né?</div>
<br />
<br />
<img height="354" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/58/Cream_Clapton_Bruce_Baker_1960s.jpg" width="520" /><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Abrindo a segunda parte, na faixa sete, está "Cat's Squirrel", que é um bluzão tradicional que foi gravado por várias bandas bacanas (como Jethro Tull). Destaco também, no Lado B do disco, "Rollin' and Tumblin", aonde Jack Bruce DESTRÓI na gaita. Simplesmente destrói. A bateria dessa música também é animal, impossível de acompanhar se você não for o próprio Ginger Baker. A guitarra vai te dar vontade de chorar de tão divino que é o som. Pra mim, a melhor música de todo o álbum. Depois dela, vem a baladíssima "I'm So Glad". A única composição de Baker fica em "Toad", que tem um dos riffs que eu mais odeio (por ser tão simples e tosco), mas tem um puta solo de bateria. No final tem o piano tocado por Jack Bruce em "Wrapping Paper", cantada em conjunto com um coral de Clapton e Baker.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ouçam esse disco e se apaixonem como eu apaixonei. Vou tentar postar mais vezes aqui, mas realmente o tempo ta corrido (escrevi a resenha no meu trampo, haha). Abraços!</div>
<br />
<a href="http://www.bbc.co.uk/music/sevenages/assets/artists/cream/gallery/1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="200" src="http://www.bbc.co.uk/music/sevenages/assets/artists/cream/gallery/1.jpg" width="520" /></a><br />
<br />
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<b><a href="https://mega.co.nz/#!5oY3yTyL!DnrLH2hkR5ENLE1pLJ7_PC1_K5hbWu_tbFUbFT4PQpA">Download</a></b>Daniel OIivetrohttp://www.blogger.com/profile/10961096706198597345noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-423649797553026769.post-1175340500976401632013-09-05T11:19:00.002-03:002013-09-05T11:38:41.705-03:00Cream - Disraeli Gears<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<img height="520" src="http://rockontro.com/ckfinder/userfiles/images/Disraeli%20Gears_01.jpg" width="520" /></div>
Blues | Rock N' Roll | Psicodélico | Clássico | DEUSES<br />
<br />
1 - Strange Brew<br />
2 - Sunshine Of Your Love<br />
3 - World Of Pain<br />
4 - Dance The Night Away<br />
5 - Blue Condition<br />
6 - Tales Of Brave Ulysses<br />
7 - Swlabr<br />
8 - We're Going Wrong<br />
9 - Outside Woman Blues<br />
10 - Take It Back<br />
11 - Mother's Lament<br />
<br />
<br />
Uma breve prévia deste disco, ao vivo!<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="400" src="//www.youtube.com/embed/IrlaMrb7TPs" style="text-align: justify;" width="520"></iframe><span style="text-align: justify;">
</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="text-align: justify;"> Bom dia Taverneiros! Como vão vocês? Tô me recuperando da cirurgia que fiz e tá indo tudo bem, tiro meus pontos terça feira e posso voltar à minha rotina normal com meu trabalho, faculdade e banda. Tirei onze dias de licença e a única coisa que tô fazendo nesse tempo é tocar baixo, juro pra vocês. Consigo ver, nitidamente, a evolução que acontece quando você senta por dias e passa 3, 4 horas por dia treinando em um instrumento, é realmente compensador o resultado. Mas, obviamente, tá impossível de tocar algumas música e posso afirmar que quase todas essas músicas que não consigo tocar são, adivinha de quem? Jack Bruce.</span></div>
<br />
<br />
<img height="415" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/16/Jack_Bruce-2_1972.jpg" width="535" /><br />
<div style="text-align: center;">
<i>Esse cara toca demais, galera.</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: start;">
<div style="text-align: left;">
<span style="text-align: justify;"> </span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="text-align: justify;"> Minha banda de funk resolveu, pra fins de diversão e pra poder brincar mais nos ensaios, colocar algumas músicas que, apesar de não serem funk, vão abrir espaço para nós ganharmos mais sinergia e entusiamo um com o outro. O nosso vocalista sugeriu tocarmos "You Don't Know Me", do Caetano e eu, pelo fato de só conseguir ouvir Cream e Band Of Gypsys, sugeri que tocássemos "Sunshine Of Your Love", deste disco do Cream. Se a gente chegar a gravar algo dessas músicas no estúdio, obviamente vou trazer aqui pra vocês, haha!</span></div>
</div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas então... Ando ouvindo apenas esse disco. É um disco perfeito pra você acender um cigas e dirigir enquanto as luzes vão cruzando seu carro lentamente. Ele flui de uma maneira única e tem faixas realmente marcantes, que não saem da sua cabeça nunca. Considero esse o segundo melhor disco do Cream, porque o <i>Wheels Of Fire</i> merece estar em primeiro lugar por causa de músicas como "Politician", "Deserted Cities of the Heart", "Pressed Rat and Warthog" e, obviamente, a melhor versão já executada de "Crossroads" que já pôde ser tocada na existência humana neste planeta Terra. <i>Disraeli Gears</i> é, apesar da minha preferência pelo terceiro disco da banda, um PUTA álbum. Ao meu ver, tem uma levada mais experimental por causa de composições como "Swlabr", "We're Going Wrong" e "Blue Condition" (convenhamos, é experimental pra caralho pra 1967, não existia nem o conceito de experimental nessa época, praticamente).</div>
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="410" src="//www.youtube.com/embed/MxcFE00bdfQ" width="520"></iframe><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Como eu já disse naquela resenha que fiz sobre o Wheels Of Fire há algum tempo, Cream foi, ao meu ver, a primeira super banda da história (junto com o Blind Faith, logo depois). Os três integrantes tocavam demais, cara. É inacreditável o nível inalcançável de habilidade que cada um tinha separadamente e mais ainda em conjunto. Ginger Baker é um viking ruivo magrelo de dois metros de altura, um dos melhores bateristas de jazz que já pisara na Inglaterra. Jack Bruce é outro monstro. O cara consegue fazer notas a uma velocidade inacreditável usando apenas os dois dedos da mão direita. Tem uma entrevista no documentário chamado "BEWARE OF MR. BAKER" aonde Ginger conta como que conheceu Bruce e como que a rivalidade musical deles começou: Baker, quando começou a tocar junto com Bruce, começou a fazer um jam extremamente veloz em um ensaio e, enquanto ninguém que ele conhecia conseguia acompanhá-lo, esse cara ao lado dele tocando o contra-baixo acústico conseguiu acompanhar. Ele ficou desacreditado.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O outro integrante da banda não precisa de apresentações. Clapton já era considerado Deus, literalmente, bem antes do Cream começar. Na época de lançamento do Disraeli Gears eles já eram a banda mais famosa e requisitada de toda a Inglaterra. Lembrando que em 1967 não existia Led Zeppelin, The Jimi Hendrix Experience tinha apenas um ano de formação e a única banda no cenário que era "compatível" com o Cream era o The Who.</div>
<br />
<img height="410" src="http://userserve-ak.last.fm/serve/500/60943543/Cream+003.png" width="520" /><br />
<br />
<div style="text-align: left;">
<span style="text-align: justify;"> </span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="text-align: justify;"> Ouçam esse disco com calma, de preferência ligeiramente chapado, sentado em algum lugar confortável e acompanhado de um cigarro. Detalhes para a música que abre o álbum, "Strange Brew". Uma baladinha guiada por Clapton e Bruce nos vocais e que é seguida pelo clássico "Sunshine Of Your Love". Atenção também para "World Of Pain", aonde fica a marca de Jack Bruce cantando ".... <i>Outside my window is a tree</i>." Muito cuidado ao ouvir a delícia de música que é "Tales Of Brave Ulysses", que te leva em uma letra literalmente épica junto ao instrumental delicioso. Deixo pro final "Take It Back", que tem uma das melhores linhas de baixo de todo o disco. </span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
That's All, Folks! Pra quem conhece esse disco, ouçam ele mais! Pra quem não conhece, ouçam pela primeira vez esse pote de nutella musical trazido diretamente de 1967 pra vocês. Abraços! </div>
<br />
<a href="https://mega.co.nz/#!cxhyRYIT!bLbEKjPScgpfmUGgrq_to2gaaMkmjPmrUKvK2rgkvqM">Download</a>Daniel OIivetrohttp://www.blogger.com/profile/10961096706198597345noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-423649797553026769.post-28555250580759873932013-09-01T15:32:00.002-03:002013-09-01T15:33:29.521-03:00Idaho - Hearts Of Palm<img height="520" src="http://userserve-ak.last.fm/serve/500/79686981/Hearts+of+Palm+idahoheartsofpalm.png" width="520" /><br />
Indie | Slowcore | Alternative | Chill-out | Folk | Lo-Fi<br />
<br />
1 - To Be the One<br />
2 - Hearts of Palm<br />
3 - Down in Waves<br />
4 - This Cloud We're On<br />
5 - Happy Times<br />
6 - Dum Dum<br />
7 - Astrida<br />
8 - Evolution Is Cold<br />
9 - Alta Dena<br />
10 - Before You Go<br />
11 - Under<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Boa tarde, Taverneiros! Como vão vocês? Eu tô um lixo! Acabei de chegar em casa de um cirurgia de cinco horas e meia de septoplastia e rinoplastia conjunta e meu nariz não pára de sangrar. Mas já que não posso fazer nada além de ficar sentado ou dormir, vou escrever rapidinho aqui no blog, haha.</div>
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="300" src="//www.youtube.com/embed/UKCDzYTSahY" width="520"></iframe><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Conheci essa banda a poucos dias num grupo muito bom que um amigo me colocou lá no facebook. A voz é extremamente parecida com a do vocalista do Dinosaur Jr. porém com uma pegada mais folk, indie, sei lá. O som é muito agradável e eu realmente fiquei muito feliz de ter conhecido isso numa época em que eu não aguentava mais ouvir Fela Kuti e Cream, HAHA. Não encontrei muita informação sobre a banda, além do fato de que são da Califórnia e que a banda nasceu em 1991. Eles tem vários discos, pelo menos uns cinco e esse ai foi o primeiro com o qual tive contato, que é de 2000. A qualidade do trabalho dos caras é realmente muito boa para uma banda que não faz, relativamente, sucesso.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ouçam o disco inteiro em algum dia que não esteja fazendo calor, de preferência chapados e com o seu amor do lado pra compartilhar o som. Disco aprovadíssimo para ouvir dirigindo, também. Separo os faixas "To Be the One", "Hearts of Palm", "Down in Waves" e "Alta Dena". Não vou falar muito aqui porque, realmente, preciso de repouso. Estarei postando mais nessa semana e nas próximas. Falando nisso, ando meio insatisfeito com a baixa quantidade de bandas que estou descobrindo recentemente. Se alguém quiser me indicar um som de alguma banda que não esteja aqui na Taverna podem me mandar um e-mail ou me adicionarem no facebook, sintam-se à vontade.</div>
<br />
<a href="https://mega.co.nz/#!IkQSRJIZ!eMnP1x4f-JOJ46RbybqFO0NbM30w_6kH3dajP4jzRL8">Download</a>Daniel OIivetrohttp://www.blogger.com/profile/10961096706198597345noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-423649797553026769.post-7589348992015802702013-08-24T12:52:00.003-03:002013-09-26T09:33:50.564-03:00Fela Kuti - Coffin For Head Of State<img height="520" src="http://ecx.images-amazon.com/images/I/619pZ7HsUHL.jpg" width="520" /><br />
Afrobeat | Funk | Jazz | Fucking Fela Kuti<br />
<br />
1 - Coffin For Head Of State<br />
<br />
<br />
<span style="text-align: justify;">Bom dia Taverneiros! Como vão vocês? Esse disco que vou resenhar contem apenas uma música. Ouçam ela na íntegra nesse vídeo:</span><br />
<span style="text-align: justify;"><br /></span>
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="415" src="//www.youtube.com/embed/Q021-VyLzpk" width="520"></iframe>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Ando meio sumido por aqui e o motivo para tal é porque comecei a trabalhar em uma imobiliária aqui do lado de casa e estou sem tempo PRA NADA. Pra falar a verdade, estou resenhando esse disco daqui do escritório. É sábado, dez e meia da manhã. Punk! Nesse meio tempo o Tito voltou (finalmente!) e apareceu postando aquela paulera de Fela Kuti & Ginger Baker. Obviamente ele me contagiou com a onda. Desde que ele voltou da Europa a gente anda fritando nos afrobeats e procurando (sem sucesso) alguém pra tocar um sax barítono na nossa banda de funk, HAHA.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Aproveitando a onda do Fela Kuti, estou aqui hoje pra fazer uma pequena resenha sobre essa belíssima música chamada COFFIN FOR HEAD OF STATE, que possui uma história curiosa e, infelizmente, trágica. Como o Tito já disse, Fela foi uma pessoa muito ativa nas questões políticas e sociais da Nigéria. Em 77 ele lançou, junto com o Afrika 70, o sucesso Zombie, que foi um soco no peito dos soldados nigerianos que, por suas práticas cruéis e sem piedade, eram chamados por esse nome pela própria população nigeriana. <br />
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://userserve-ak.last.fm/serve/500/22022733/Fela+Kuti+fela.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="http://userserve-ak.last.fm/serve/500/22022733/Fela+Kuti+fela.gif" width="500" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A revolta dos militares foi tamanha que eles começaram um ataque contra a República Kalakuta, que era uma comuna, com estúdio e casa para todos que eram conectados com a banda e que, após um tempo, tornou-se independente do estado da Nigéria. Fela foi atacado pelos militares e a mãe dele foi <s>defenestrada</s> atirada pela janela e faleceu. Queimaram a República Kalakuta, junto com o estúdio, todos os instrumentos e gravações originais. Fela ficou, obviamente, desolado. A resposta dele para o governo foi gravar essa música e levar o caixão da sua mãe para o quartel em Lagos, aonde estavam os responsáveis pela ordem de destruir a República Kalakuta. Fela entregou o caixão da sua mãe com o disco em cima.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
É realmente uma música incrível. Maravilhosa. São 22 minutos de um instrumental angelical. A linha do baixo é perfeita. O Tito trouxe o disco direto lá de Paris, de uma loja chamada Crocodisc, que tinha uma coleção inestimável de álbuns de funk. O primeiro lado é apenas instrumental, com inúmeros solos de sax e trompete. O segundo lado é outra vibe: é a mesma música, mas é o lado com voz. Te digo: que linda letra Fela compôs. Tocante, suave e muito bem orquestrada, apresentando as críticas, de uma bela maneira, que ele tem contra as pessoas que assassinaram sua mãe:<br />
<br /></div>
<a href="http://userserve-ak.last.fm/serve/_/25761783/Fela+Kuti+felakuti.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://userserve-ak.last.fm/serve/_/25761783/Fela+Kuti+felakuti.jpg" /></a><br />
<div style="text-align: right;">
<span style="color: #444444; line-height: 1.6;"><i>So I waka waka waka</i></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="color: #444444; line-height: 1.6;"><i>I go many places</i></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="color: #444444; line-height: 1.6;"><i>I go government places</i></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="color: #444444; line-height: 1.6;"><i>I see see see</i></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="color: #444444; line-height: 1.6;"><i>All the bad bad bad things</i></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="color: #444444; line-height: 1.6;"><i>Them they do do do</i></span></div>
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 1.6; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.14902) 0px 1px 1px;">
</div>
<div style="text-align: right;">
<span style="color: #444444; line-height: 1.6;"><i>Them steal all the money</i></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="color: #444444; line-height: 1.6;"><i>Them kill many students</i></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="color: #444444; line-height: 1.6;"><i>Them burn many houses</i></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="color: #444444; line-height: 1.6;"><i>Them burn my house too</i></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="color: #444444; line-height: 1.6;"><i>Them kill my mama</i></span></div>
<div style="background-color: white; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.14902) 0px 1px 1px;">
</div>
<div style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 1.6; text-align: right;">
<span style="color: #444444; line-height: 1.6;"><i>So I carry the coffin</i></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="color: #444444; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 15px; font-style: italic; line-height: 1.6;">I waka waka waka</span><br />
<br />
<br />
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 24px;">A DMCA removeu esse post meu três vezes consecutivas por causa dos malditos direitos autorais. Acho imbecil uma atitude dessa levando em conta que é uma postagem sobre Fela Kuti, um artista nigeriano da década de 70 e que nem vivo está mais. Infelizmente não poderei deixar o link para download, mas como tem o vídeo com o disco inteiro lá em cima, espero que vocês ouçam e compreendam a situação. Obrigado :)<br /></span></div>
</div>
Daniel OIivetrohttp://www.blogger.com/profile/10961096706198597345noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-423649797553026769.post-7670236142317581662013-08-14T19:34:00.000-03:002013-08-14T19:58:36.223-03:00Fela Ransome-Kuti & The Africa '70 with Ginger Baker - Live!<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9tO72B3p51zdRSx6pnvn7KPWWoXRDzsUee3jMsCpoxXrHF5ZwkdY13lCUDFFF6sWZtJv6lqMt3BtgL7WyASFmnRxk5H6E6hw5l4ZBILHPHABFASo8mNM_Uhi1Mk4DB5iCsy_jLs_-kes/s1600/cover.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="520" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9tO72B3p51zdRSx6pnvn7KPWWoXRDzsUee3jMsCpoxXrHF5ZwkdY13lCUDFFF6sWZtJv6lqMt3BtgL7WyASFmnRxk5H6E6hw5l4ZBILHPHABFASo8mNM_Uhi1Mk4DB5iCsy_jLs_-kes/s640/cover.jpg" width="520" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
Afrobeat | Funk/Jazz/Afro Sax | Them DRUMS BOY | GINJAH BEIKAH!!!</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
</div>
<ol>
<li>Let's Start</li>
<li>Black Man's Cry</li>
<li>Ye Ye De Smell</li>
<li>Egbe Mi O</li>
</ol>
<div>
<div style="text-align: justify;">
Finalmente, depois de meses sem postar, comovido pela força de vontade do nosso amigo, Daniel, me convenci também a voltar a escrever para a Taverna. Durante meses em que passei ausente, fiz uma viagem pela europa, e nessa viagem, obtive muitas preciosidades pra minha singela coleçãozinha de LP's. E foi nessa viagem que esse LP apareceu novamente em minha vida. Eu já conhecia esse álbum previamente, por causa da participação especial do nosso amigo viking Ginger Baker (Cream, Blind Faith) nas duas faixas do lado B, e então, sempre foi um puta álbum pra mim. Aí, passando num Garage Sale em Berlim, me deparo com uma versão desse álbum, lançado por uma revista alemã que lançava algumas belezuras na DDR na década de 70. Considerei incrívelmente maravilhoso. Adquiri na hora.</div>
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Por mais que se trate de um álbum do Fela Kuti, vou contar a história desse álbum na perspectiva do Ginger Baker, pois conheço mais a história dele do que a do Fela Kuti, mesmo conhecendo bem o Fela também. Possivelmente o próximo post da taverna será algum álbum do Fela...</div>
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Nossa história então começa na Inglaterra, onde Ginger Baker estava quando sua banda, Blind Faith, terminou. Eric Clapton foi dar uns rolês com o pessoal do Delaney & Bonnie, deixando assim nosso caro viking louco, mais perdido que nunca. O que ele fez então? Foi procurar seu som nas suas raízes, Ginger, um cara que é totalmente do Jazz, foi realizar seu sonho, tocar bateria ao lado dos seus maiores ídolos do Jazz. Nessa época, travou batalhas de bateria, com Max Roach (seu ídolo máximo), Art Blakey e muito mais. Foi ai, nesse ápice, que ele resolveu "do nada", mudar pra ÁFRICA. E morar 6 anos lá. E O MALUCO FOI DE CARRO. Atravessou o deserto do Saara e foi até a Nigéria, atrás do som que ele tava buscando.</div>
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<br /></div>
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<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='520' height='466' src='https://www.youtube.com/embed/srxd68ZZDbM?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
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Nessa aventura, conheceu Fela Ransome-Kuti (nessa época ele ainda se chamava assim), e foi paixão a primeira vista. Os cara andavam pra todo lado juntos. Era GINGER BAKER pra lá e pra cá nos shows do Fela e disso surgiu a parceria desse álbum ao vivo.</div>
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Já o Fela Kuti, é um cara que tem uma PUTA HISTÓRIA de vida. É difícil até de contar tudo por aqui. Pois o cara, era multi instrumentista, pioneiro do Afrobeat, ativista dos direitos humanos e político ainda por cima. Tentou por mais de 10 anos a candidatura pra presidência na Nigeria. Por isso é chamado por muitos de President ou Black President. </div>
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Este álbum tem quatro músicas que representam muito bem seu gênero: o Afrobeat. Este criado pelo Fela Kuti, é um gênero originário do leste africano, que contém pitadas de Funk, Highlife, Jazz e música Yorubá e consiste em performances energéticas de Big Bands. Muita percussão e muitos instrumentos de sopro. Dentro da Big band, Africa '70, destaco duas pessoas: Tony Allen, baterista que ajudou Fela na concepção do Afrobeat, o cara é um dicionário de groove e um dos melhores bateristas até hojeE Lekan Animashaun, um cara que eu não conhecia, mas me deu arrepios ao ouvir o jeito como ele toca o Sax Barítono. Por causa do Fela Kuti e do Charles Mingus, estou apaixonado com Barítonos.</div>
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<span style="font-family: sans-serif; font-size: x-small;"><span style="line-height: 19.1875px;"><br /></span></span>
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOo4OpTa7XAAJeCIIaiNqlTtsCTMW6cW7jwUeS70jaSnXQPk_ULzCO2hhbXEhjvwYIjOPErWafg2IsCZxlSlJlw7110lUetj87MO2oV0ZHevUznmKYpOfirGhu3qDzorCX3ODkFpfzkv4/s1600/baribari.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOo4OpTa7XAAJeCIIaiNqlTtsCTMW6cW7jwUeS70jaSnXQPk_ULzCO2hhbXEhjvwYIjOPErWafg2IsCZxlSlJlw7110lUetj87MO2oV0ZHevUznmKYpOfirGhu3qDzorCX3ODkFpfzkv4/s400/baribari.jpg" width="520" /></a></div>
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<span style="text-align: justify;"> </span><span style="font-family: sans-serif; line-height: 19.1875px; text-align: justify;">Como o disco tem apenas quatro faixas, é difícil destacar umas ou outras, mas, ouçam com carinho Ye Ye De Smell, por causa dos solos de sax bari e os solos de bateria do Tony Allen e do Ginger Baker. Let's Start também, por quê é uma música muito enérgica. Não vou colocar vídeo com alguma música porquê acho que nesse caso, o melhor é baixar mesmo, mas vou deixar um vídeo aqui que mostra como as apresentações do Fela Kuti eram, em um vídeo filmado pelo próprio Ginger.</span><br />
<span style="font-family: sans-serif; font-size: x-small;"><span style="line-height: 19.1875px;"><br /></span></span>
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='520' height='466' src='https://www.youtube.com/embed/p-SQH94Pifc?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<span style="font-family: sans-serif; font-size: x-small;"><span style="line-height: 19.1875px;"><br /></span></span>
<span style="font-family: sans-serif;"><span style="line-height: 19.1875px;"><br />Eis aqui:</span></span><br />
<span style="font-family: sans-serif;"><span style="line-height: 19.1875px;"><a href="https://mega.co.nz/#!Z942GbST!JW9PIz6CEgPpqPkZxz5STCAGdXho8Er4_X4099G38fg" target="_blank"><b>Download</b></a></span></span></div>
Titohttp://www.blogger.com/profile/08664506206826292475noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-423649797553026769.post-49635124892026830162013-07-28T23:23:00.001-03:002013-08-24T13:11:15.989-03:00Tim Maia - 1970<img height="520" src="http://imguol.com/2012/09/27/capa-do-primeiro-disco-do-cantor-tim-maia-de-1970-1348776065518_495x500.jpg" width="520" /><br />
MPB | Soul | Groove | Épico | Funk | Deus<br />
<br />
1 - Corone Antonio Bento<br />
2 - Cristina<br />
3 - Jurema<br />
4 - Padre Cicero<br />
5 - Flamengo<br />
6 - Voce Fingiu<br />
7 - Eu Amo Você<br />
8 - Primavera (Vai Chuva)<br />
9 - Risos<br />
10 - Azul da Cor do Mar<br />
11 - Cristina Nr. 2<br />
12 - Tributo a Booker Pittman<br />
<br />
Bônus:<br />
13 - These Are The Songs (Bônus)<br />
14 - Sentimento - Compacto 68<br />
15 - Meu País - Compacto 68 CBS<br />
16 - What You Want To Bet<br />
17 - These Are The Songs<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Olá meus jovens! Estou aqui novamente pelo ânimo de trazer coisas novas aos seus ouvidos! Hoje lhes apresento o primeiro longplay do mestre Tim, o que transformou o seu nome em um mito e rendeu um dos melhores álbuns da história do mundo. Pra começar, vamos ouvir:</div>
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="415" src="//www.youtube.com/embed/XriQgpPqOpc" width="520"></iframe><br />
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<div style="text-align: justify;">
Tito volta essa semana e nossa banda de funk finalmente vai ser encaminhada pra o SUCESSO. Muitas das coisas que pretendemos tocar são canções do Tim Maia. Obviamente que eu, sendo o baixista de uma banda de funk (puta responsabilidade, podemos dizer) piro nas linhas de baixo de muitas musicas do Tim Maia e confesso que essa postagem aqui na Taverna é uma das tentativas de forçar a minha banda a tocar mais músicas dele, hehe. Ele começava a compor suas músicas pelo baixo, o que realmente conseguimos perceber pelo destaque que o baixo tem em relação aos outros instrumentos. Esse álbum aqui é uma das pérolas musicais que eu guardo no fundo da minha alma, um daqueles discos que a gente ama de coração e não consegue abandonar ele independente do que aconteça.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Tim Maia passou um tempo nos EUA absorvendo as influências dos verdadeiros soul e funk americanos, tentando gravar algumas coisas por lá, porém nunca conseguiu algo de concreto... Mas quando voltou para o Brasil foi indicado pelos Mutantes a gravar com a Polydor, selo da antiga gravadora Polygram. Foi um álbum com uma das melhores repercussões da história: 24 semanas consecutivas no topo das listas do Rio de Janeiro. Foi um dos álbuns mais vendidos no ano seguinte ao seu lançamento (competindo com lançamentos pesadíssimos de 1971). Posso garantir pra vocês que não é sem motivo que esse disco foi um sucesso, pois para um álbum de estréia, o nome TIM MAIA explodiu por todo o país através da qualidade sem precedentes de um Soul/Baião/Funk/MPB que ninguém aqui na terra tupiniquim tinha ouvido antes.</div>
<br />
<img height="415" src="http://userserve-ak.last.fm/serve/500/14192845/Tim+Maia+++Seroma++Nikit++1976.jpg" width="520" /><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Existe o mito de que quando esse disco foi gravado, ele passou por um processo chamado "envernização cremosa", aonde todas as notas gravadas são processadas por uma camada de CREMOSIDADE, dando uma textura única ao som, porque não é possível... Em toda a minha vida eu nunca ouvi um disco que tivesse um timbre tão único quanto esse. É tocar qualquer pedaço de qualquer música desse disco que você pode identificar, sem sombra de dúvidas, que se trata do primeiro disco do Tim Maia. É uma textura sonora muito difícil de explicar, de verdade... É como se esse disco fosse TODDYNHO e todos os outros fossem qualquer chocolate de caixinha que se vende por ai: são gostosos, mas o Toddynho tem alguma coisa especial que ninguém sabe direito o que é. É exatamente isso que acontece nesse disco.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Esse disco tem quatro composições do mestre Cassiano, sendo que "Primavera (Vai Chuva)" é a mais famosa delas. Essa canção ficou tão famosa na voz de Tim Maia que Cassiano conseguiu verba suficiente, somente com os direitos autorais dessa música, pra poder financiar todo o seu disco de 73: <i>Apresentamos o Nosso Cassiano</i>. O álbum já abre com uma das músicas mais pauleras do disco, "Corone Antonio Bento", que é uma mistura de baião com funk que te chama a dançar. "Cristina" tem um groove pesadíssimo, mas é mais violento ainda na segunda versão da música, penúltima faixa do disco. Uma das minhas paixões nesse disco é a faixa "Flamengo", composta por Tim Maia. Tudo bem que a letra não é lá muito criativa, mas o groove é constante e imutável, dando uma vontade de dançar ou torcer pelo Flamengo. "Eu Amo Você" é, sem dúvidas, uma das músicas mais bonitas do disco: melancólica até não poder mais, sofrida de coração. Uma daquelas confissões amorosas narradas por Tim Maia que puxam, mais do que o necessário, o Soul verdadeiro que existe em sua voz. "Azul da Cor do Mar" foi o maior sucesso do disco, sendo composição própria dele. Separo também "Tributo a Booker Pittman", que é o único jazz e uma das minhas canções preferidas de todo o disco, com uma linha de baixo de chorar, uma linda letra e uma harmonia entre os instrumentos que fica até difícil de explicar.</div>
<br />
<img height="380" src="http://movethatjukebox.com/wp-content/uploads/lp-tim-maia-autografos-de-sucesso_MLB-F-228773716_4549-648x486.jpg" width="520" /><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Coloquei alguns bônus de gravação pra vocês ouvirem também. Uma versão gravada por Tim Maia e Elis Regina da música "These Are The Songs". É um belíssimo dueto, contrastando a voz gravíssima de Tim e a suavidade da voz de Elis. Algumas músicas do compacto de 68 de Tim, uma das poucas gravações antes deste álbum de lançamento e mais uma versão de "These Are The Songs", dessa vez cantada apenas por ele. Não perca tempo <s>leia o livro O Universo Em Desencanto</s> e baixe logo esse álbum que deveria ser uma das 7 maravilhas musicais brasileiras. Ouçam e comentem! Abraços!<br />
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<a href="https://mega.co.nz/#!Bko3HSAB!Rw6v1kbYJ9nZ0VvX7EgPIAVyGk8gGV8A-t-Tv4cRzKk">Download </a></div>
Daniel OIivetrohttp://www.blogger.com/profile/10961096706198597345noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-423649797553026769.post-342842350102445572013-07-25T17:42:00.001-03:002013-07-25T17:53:02.845-03:00Erasmo Carlos - Carlos, Erasmo... (1971)<img height="520" src="http://3.bp.blogspot.com/_DSKVEvHtskc/Rq_mtv5fA3I/AAAAAAAAAAk/VaynPC9aBas/s640/erasmocarloscarloserasmo.jpg" width="520" /><br />
MPB | Groove | Rock | Dificil de definir | Tiozão<br />
<br />
1 - De Noite, Na Cama<br />
2 - Gloriosa<br />
3 - Masculino, Feminino<br />
4 - É Preciso Dar Um Jeito, Meu Amigo<br />
5 - Dois Animais Na Selva Suja da Rua<br />
6 - Gente Aberta<br />
7 - Agora, Ninguém Chora Mais<br />
8 - Sodoma E Gomorra<br />
9 - Mundo Deserto<br />
10 - Saudosismo<br />
11 - Não Te Quero Santa<br />
12 - Ciça, Cecília (Tema De Ciça)<br />
13 - Em Busca das Canções Perdidas Nº2<br />
14 - 26 Anos De Vida Normal<br />
15 - Maria Joana<br />
16 - A Semana Inteira<br />
17 - Coqueiro Verde<br />
<br />
<br />
Ouça isso:<br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="415" src="//www.youtube.com/embed/2VrOYdd3pYk" width="520"></iframe><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Não foi o suficiente pra te convencer a baixar esse álbum? Puts... Quando eu ouvi essa música pela primeira vez a única coisa que passou pela minha cabeça foi "COMO QUE EU NUNCA TINHA OUVIDO ISSO NA MINHA VIDA, MEU AMIGO?". E até hoje a maioria das pessoas pra quem eu mostro essa música (ou até mesmo o álbum inteiro) também pensa do mesmo jeito que eu. Como que tal qualidade musical feita aqui, no nosso país tupiniquim, não chega ao ouvido do público comum? É algo que sempre me intriga... Mas já que a mídia não mostra esse tipo de música, a Taverna existe. E estou aqui hoje pra resenhar um dos melhores discos que já ouvi na minha vida.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
"Erasmo Carlos? Quem é ele? É parente do Roberto Carlos?"</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Coincidentemente acabei conhecendo Erasmo pelo seu companheiro Roberto Carlos. A uns anos atrás eu escavava o excelente blog <a href="http://sacundinbenblog.blogspot.com/">sacundinbenblog</a> e descobri uma seleção feita pelo dono do blog sobre composições de ALTÍSSIMA qualidade gravadas na década de 70 pelo próprio Roberto Carlos. Eu me espantei por quebrar a cara em relação a um artista que eu tinha uma noção completamente diferente. Roberto é FUNK, é GROOVE. O que a gente conhece dele é, infelizmente, o pior do trabalho do Rei. Fiquei muito feliz de fazer tal descoberta e mais feliz ainda quando, vendo que Erasmo Carlos compunha junto com Roberto, tive a curiosidade de procurar sobre essa figura e me espantar mais uma vez, para a minha felicidade.</div>
<br />
<img height="700" src="http://userserve-ak.last.fm/serve/500/63803275/Erasmo+Carlos+EC.jpg" width="500" /><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Já não basta a surpresa de ouvir um som novo, quando a gente vai a fundo acaba descobrindo mais surpresas aonde achava impossível ter mais alguma. Erasmo era amigo de infância de Tim Maia, que chegou a ensinar Erasmo a tocar violão. Em 57, Tim Maia montou uma banda chamada The Sputniks, sendo que um dos integrantes da banda seria um dos maiores parceiros na carreira de Erasmo como arranjador e compositor: Roberto Carlos. Houve uma briga de proporções épicas entre Tim e Roberto e banda se desfez. Após o fim dos Sputniks, Erasmo formou, com mais alguns integrantes, o The Snakes, que acompanha tanto Tim Maia quanto Roberto Carlos, ambos em suas respectivas carreiras solo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Erasmo Esteves adotou o nome artístico de Erasmo Carlos em homenagem ao amigo Roberto e o seu produtor Carlos Imperial. Conheceu Jorge Ben, Wilson Simonal e João Gilberto. Quando a Bossa Nova nasceu, Erasmo foi fortemente influenciado por ela ao mesmo tempo em que mantinha seus pés fixos no rock 'n roll e ao blues. Tais influências começaram a se mesclar quando, em 70, ele assina com a Polydor e, com a presença musical de Tim Maia e Cassiano, ambos trazendo o Soul para a MPB, Erasmo começa a gravar seus melhores trabalhos, trazendo uma mescla de MPB, Bossa Nova, Soul, Rock 'N Roll e Blues. E, como eu já falei em algumas outras resenhas aqui na Taverna, o ano de 1971 foi o ano mais fodelância da música brasileira, com lançamentos de discos INSANOS como o melhor disco do Gilberto Gil, o do Novos Bahianos e Baby Consuelo, Tim Maia, Chico Buarque, o melhor disco de Gal Costa, Caetano, Elis Regina e outros cantores.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<img height="520" src="http://www.frasesparafacebook.info/imagens/erasmo-carlos-3bdb18.jpg" width="523" /><br />
<div style="text-align: center;">
<i>Erasmo Carlos aprova este post.</i><br />
<br />
<div style="text-align: left;">
<div style="text-align: justify;">
O disco já abre com uma canção de Caetano Veloso que foi composta especialmente pra Erasmo: "De Noite, Na Cama", que trás uma fortíssima apologia à maconha. Outro fator que poucos podem negar é que Erasmo gostava, até demais, da santa erva, tanto é que "Maria Joana" é uma declaração explicita do amor que Erasmo tinha em relação à maconha. "Masculino, Feminino" é uma belíssima canção na qual Marisa Fossa acompanha Erasmo no vocal, bem suavemente, quase como uma declaração de amor um para o outro, como um dueto. Não preciso nem falar sobre "É Preciso Dar Um Jeito, Meu Amigo", não é? O groove dessa música é pesado demais, quase insuportável quando acompanhado pela letra melancólica. E quando você acha que a música não pode melhor, tem um solo de guitarra E um solo de sax. Pesadíssimo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ouçam também "Gente Aberta", um sambinha com um groove tropical, uma belíssima letra e uns metais deliciosos que aparecem no fim da música, quando o rock 'n roll quebra e o baixo começa a fazer as linhas mais inusitadas. Pena que dura pouco mais de dois minutos de música... "Sodoma E Gomorra" é quase como uma canção religiosa, acompanhada numa harmonia medieval e uma letra arrastadíssima na voz de Erasmo. "Não Te Quero Santa" é uma daquelas canções da MPB que todos nós já ouvimos, que não sai da cabeça e, ainda por cima, é uma delícia de música! Finalizando a seleção fica "Coqueiro Verde", um puta samba arranjado no violão, no bongô e na cuíca, que é a última música do álbum só pra mostrar que Erasmo também conhece o samba.</div>
<br /></div>
</div>
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="415" src="//www.youtube.com/embed/QzaqSVuOPK8" width="520"></iframe><br />
<br />
<br />
<div style="text-align: right;">
<i>Quem não tem nada com isso</i><br />
<i>Vê a vida e não o amor</i><br />
<i>Gente certa, gente aberta</i><br />
<i>Se o amor chamar, eu vou</i><br />
<i>Eu vou, eu vou, eu vou...</i><br />
<br />
<div style="text-align: left;">
Ouçam essa delícia musical vinda diretamente do nosso Brasil da década 70 e me digam se só gostaram ou se estão apaixonados por esse álbum igual eu, HAHA. Espero que gostem! Até o próximo álbum!<br />
<br />
<a href="https://mega.co.nz/#!5o43iBwL!TDTObHA4TDvwNi8yIbAE9UYMVS038NrtvyjfykFEmJo">Download </a></div>
</div>
<br />Daniel OIivetrohttp://www.blogger.com/profile/10961096706198597345noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-423649797553026769.post-42201430654319592552013-07-18T14:00:00.000-03:002013-08-24T13:11:36.910-03:00Tim Maia - 1973<img height="520" src="http://files.musicastoria.com/200000460-4f7fc507ae/1973%20-%20Tim%20Maia%20compacto.jpg" width="520" /><br />
Soul | Funk | Samba | MPB | Groove Infinito | Deus<br />
<br />
1 - Réu Confesso<br />
2 - Compadre<br />
3 - Over Again<br />
4 - Até Que Enfim Encontrei Você<br />
5 - O Balanço<br />
6 - New Love<br />
7 - Do Your Thing, Behave Yourself<br />
8 - Gostava Tanto De Você<br />
9 - Música No Ar<br />
10 - A Paz No Meu Mundo É Você<br />
11 - Preciso Ser Amado<br />
12 - Amores<br />
13 - Coragem -Trilha Sonora Dos Irmãos Coragem (Bônus)<br />
14 - Chocolate (Bônus)<br />
15 - Paz (Bônus)<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Boa tarde, Taverneiros! Como vão vocês? Eu cai na realidade um dia desses quando percebi que não tinha NENHUM disco do mestre Tim. Fiquei até meio triste por pensar que vocês podem acabar deixando beldades musicais como esse álbum fora do conhecimento de vocês, então eu estou aqui hoje pra fazer uma resenha rapidíssima desse maravilhoso disco que tem uma composição PERFEITA em toda e extensão da obra. Pra quem não conhece NADA de Tim Maia e não viu a belíssima animação feita para a comemoração do lançamento (póstumo, para a infelicidade do Tim) do primeiro disco com lançamento internacional dele, narrado pela voz de ninguém menos que Devendra Banhart, <i>The Existential Soul of Tim Maia</i>, vejam:</div>
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="300" src="//www.youtube.com/embed/5iObqqpbQlE" width="520"></iframe><br />
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Triste e bonito, não? Dá uma resumida bacana na vida dele, que era um cara sem comparações no seu estilo de vida louco. Mas ao mesmo tempo que existia essa loucura, existia também uma paz interior que é claramente vista nas suas composições, principalmente na era Racional. Tim Maia inventou esse estilo de buscar no Soul a sua voz para cantar na MPB, com fortes influências de samba e do funk norte-americano, principalmente nas linhas de baixo de suas músicas (que, convenhamos, são uma tetéia para os ouvidos). As linhas de baixo das músicas dele são tão importantes que ele começava a maioria de suas composições por elas. Tim teve vários baixistas na composição da sua banda, que era sempre inconstante devido ao comportamento imprevisível dele, mas todos eram muito habilidosos e Beto Cajueiro (que tem um projeto solo) acabou tomando a linha de frente no baixo da banda por vários anos, executando perfeitamente as linhas que o próprio Tim compunha. Tim tocava do baixo à cuíca, do violão à bateria (quase um Zappa brasileiro, não?) e compunha todos os instrumentos para que sua banda somente executasse, bem ao estilo Tim Maia.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Tim ficou ultra famoso na década de 70, com a sua volta dos EUA e a gravação do seu disco no mesmo ano (um dos melhores discos brasileiros de todos os tempos, em minha humilde opinião). Depois ele gravou um disco em cada ano: 71, 72 e 73. Três discos VIOLENTOS sonoramente. Acabarei, ao longo do tempo, postando todos aqui, que fazem parte do ápice da criatividade musical de Tim junto com algumas composições da sua era Racional (1974 ~1976) e do disco de 76 também. Poucos discos dele tem títulos, como o <i>Tim Maia - Disco Club</i>, de 78, que já é da época Dance dele, com baladinhas. O resto do discos vem com sua foto e a data, acompanhada em letras garrafais: TIM MAIA.</div>
<br />
<br />
<img height="750" src="http://userserve-ak.last.fm/serve/500/17689123/Tim+Maia++5.jpg" width="520" /><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Este disco, de 73, é um dos meus preferidos de toda a discografia de Tim. Você vai encontrar menos álbuns de qualidade a partir da década 80, devido a vários motivos: Tim ficou descontente com as gravadoras, mudou seu estilo de composição desse MPB/SOUL/FUNK para algo mais brega, entupido de arranjos de violinos e cellos, além dos problemas com drogas e obesidade. Por outro lado, alguns LPs dessa época são excelentes, como <i>Descobridor dos Sete Mares</i> e algumas canções do seu disco de 1986. Mas essa época aqui que a gente está tratando, quase toda a década de 70, foi um berço para a criatividade musical de Tim. Foram tantas, mas tantas composições de uma qualidade nunca antes vista no Brasil que eu não consigo nem escolher as palavras certas pra poder tratar disso. Tim tem um estilo inconfundível. Aonde quer que toque alguma música dele, não é possível confundir com outro cantor. E eu aqui, treinando bastante no baixo pra poder tocar tranquilamente na minha futura banda de Funk, fico aprendendo as linhas de baixo das músicas dele e posso dizer: não existe nada mais gostoso do que tocar uma música do Síndico do Brasil, título que Jorge Ben deu pra Tim na canção W/Brasil.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
O álbum já abre com um clássico dos clássicos: Réu Confesso, que resume muito bem o que você vai ouvir pela próxima hora: um groove com molejo, bem abrasileirado, com toques do Soul e do Funk norte americano, mas inconfundível na voz do mestre Tim. Eu nunca imaginei que seria possível sambar ouvindo Soul, mas isso é possível em "Compadre" (e várias outras músicas). Eu quero até separar mais algumas músicas marcantes desse disco, uma delas é "O Balanço", que segue com a linha de baixo mais deliciosa do disco, com a voz arrastadíssima de Tim Maia repetindo a seguinte estrofe:</div>
<br />
<div style="text-align: right;">
<i>Deixo de viver o compromisso,<br />Longe de qualquer opinião.<br />Farto de conselho e de chouriço,<br />Maltratando o velho coração.<br /><br />Ovo de galinha magra, gora.<br />Todo mundo que eu conheço, chora.</i><br />
<br />
<img height="320" src="https://fbcdn-sphotos-f-a.akamaihd.net/hphotos-ak-ash3/1039640_649646585064158_707617177_o.jpg" width="530" /><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<br />
Uma das músicas deste disco que também explodiram de sucesso foi "Gostava Tanto De Você". Qual é... Quem nunca cantou essa música num buteco com mais 15 pessoas acompanhando ao som de um único violão da mesa? "Música No Ar" é um dilema na composição. Essa música não sabe o que ela quer ser: se é um bolerozinho romântico acompanhado de violinos ou se é uma carregada RECHEADA de groove, com arranjos na guitarra e gritos carregados do soul norte-americano, pois ela fica alternando entre os dois ritmos, trazendo uma sensação de satisfação completa só de ouvir essa música. "Preciso Ser Amado" quebra toda a composição do disco, ainda sendo uma bela música. É um desabafo na voz e violão, carregado de tristeza e saudade. Quase no fim do álbum a gente tem "Amores". Eu não sei nem o que vou comentar sobre essa música, na boa... PAULO PAULEIRA POWER no groove. Não tem voz, só a quebradeira de baixo, guitarra, bateria e um teclado. Quase três minutos só de improviso. Pra finalizar, separo também "Chocolate", que é um clássico também na voz de Tim. Detalhe para a linha do baixo que praticamente leva, junto com a voz, a música inteira.<br />
<br />
Pra lembrar que ele tem, também, um inglês impecável, Tim nos trás sua voz na língua do tio sam nas músicas "New Love", "Over Again" e "Do Your Thing, Behave Yourself", sendo que esta última é, com certeza, um dos maiores destaques do disco inteiro. Uma linha de baixo mais do que cremosa, uma voz mais do que carregada de Tim, um groove constante e imutável da bateria e os back vocais explodindo na hora do refrão. E pra quem não tinha botado fé do Tim tocando outros instrumentos, aí vai um vídeo dele cantando, ao vivo, "Do Your Thing, Behave Yourself" e com um bônus dele tocando bateria ao fim do vídeo (acompanhado de um percursionista mergulhado no ácido).<br />
<br /></div>
</div>
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="415" src="//www.youtube.com/embed/5-esKrwuVRw" width="520"></iframe><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Enfim... Não sei o que dizer mais sobre esse disco. Com certeza estarei resenhando o disco de 70 e mais alguns do Tim Maia. Praticamente não consigo ouvir outra coisa, hehe. Espero que vocês gostem dessa overdose de groove que vão encontrar nesse álbum. Ouçam, deleitem-se e comentem. Aproveitem! </div>
<br />
<a href="https://mega.co.nz/#!MphW1DLI!KeeWHCb3Y8Q1MI2OYNUrBmzW9M5gkVWXWlFq0Rxe1hM">Download - 50MB</a>Daniel OIivetrohttp://www.blogger.com/profile/10961096706198597345noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-423649797553026769.post-68099153715079674162013-07-04T00:19:00.001-03:002013-07-04T00:34:31.001-03:00Blind Faith - Blind Faith (1969)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img height="520" src="http://www.freewebs.com/barisaxman89/1969_BlindFaith.jpg" width="520" /></div>
Blues Rock | Clássico | Experimental (?) | Clapton & Baker<br />
<br />
Disco 1:<br />
1 - Had To Cry Today<br />
2 - Can't Find My Way Home<br />
3 - Well All Right<br />
4 - Presence Of The Lord<br />
5 - Sea Of Joy<br />
6 - Do What You Like<br />
7 - Sleeping In The Ground<br />
8 - Can't Find My Way Home<br />
9 - Acoustic Jam [Bonus Track]<br />
10 - Time Winds [Bonus Track]<br />
11 - Sleeping In The Ground #2<br />
<br />
Disco 2:<br />
1 - Jam No.1: ''Very Long & Good J<br />
2 - Jam No.2: ''Slow Jam #1''<br />
3 - Jam No.3: ''Change Of Address<br />
4 - Jam No.4: ''Slow Jam #2''<br />
<br />
<span style="text-align: justify;"> Para ler o resto do post, já deixo aqui um vídeo do Blind Faith tocando ao vivo em 69, na Inglaterra. Sintam-se a vontade para assistir o show inteiro (que é MUITO BOM!). Tem um videozinho falando sobre a banda no começo, então pulem para os 11 minutos que é aonde começa o som. </span><br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="395" src="//www.youtube.com/embed/YfAHsiTHWfQ#t=28m10s" width="520"></iframe>
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<div style="text-align: justify;">
<br />
Olá Taverneiros! Desculpem pela demora a postar algo por aqui, é que fim de semestre na faculdade é foda. Vou postar rapidinho aqui hoje porque estou apaixonado, simplesmente, pelo meu baixo. Ando aprendendo a tocar umas linhas deliciosas no baixo e mês que vem a minha banda de funk finalmente vai sair, haha! Eu falei para o Tito postar algo por aqui, mas amanhã ele viaja pra Europa e só volta no fim do mês, então vou ter que abastecer melhor o conteúdo desse nosso querido blog.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A verdade é que eu não iria resenhar esse álbum, o Tito iria, mas como já faz quase um mês desde a última postagem e ele viajou, resolvi escrever sobre esse álbum que é, sonoramente, um pedacinho da bunda de jesus. Vocês lembram do <i>Wheels Of Fire</i>, do Cream, que resenhei mês passado? Então, seguindo a mesma linha de som, apresento-lhes o Blind Faith, que era uma parada que eu não tinha conhecido até conhecer o Cream. Sim, eu era um n00b nesse assunto até começar a gostar e conhecer de verdade. Blind Faith nasceu pelo acaso. Clapton convidou Steve Winwood (Traffic, The Spencer Davis Group, participações com Howling Wolf e altas galera) pra fazer umas jams na casa dele, só de zueira mesmo. Ginger Baker ficou sabendo da brincadeira dos dois e resolveu entrar, o que deixou Clapton meio relutante, já que com Baker ele tinha uma longa história no Cream e "aquilo ali" que eles estavam fazendo era uma reunião entre amigos. Mas por insistência dos dois, Baker entrou e juntos começaram a gravar umas parada la na casa do Clapton. Com a evolução dos ensaios, sentiram a necessidade de um baixista e chamaram Rick Grech, do Family, pra tocar com eles.<br />
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<img height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvBsxuPifmGYJwiBcd0k7VGcN6xJpY9KU8u04VzZGLnAs1uAXZEb6MO2NqyhLPOELu2ac71KGlvruRk9m0DOj8yPpxIG0rcgRImlcq3nl2VFLPDxgyLeO15YpeUcfBSB7bnaH0aJ0vyZdd/s400/bfhp10.jpg" width="520" /></div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<i>O avião do cover do álbum, no teclado de Winwood, no show no Hyde Park.</i><br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A notícia de que esses 4 caras estavam tocando juntos vazou e, claro, houve uma expectativa imensa em cima do que seria lançado para o público. Inicialmente Clapton não queria lançar nada, apenas gravar seus jams e ficar de boa, só que todos acharam melhor o lançamento de um único, definitivo e epônimo álbum. Eis então que nasce o primeiro e único disco do que seria o primeiro supergrupo da história (se Cream não contar, né). O álbum teve a capa censurada nos EUA e lançada com a fotografia de Bob Seidemann na Inglaterra, que tem uma história curiosa sobre essa capa: Clapton encomendou uma capa para seu novo álbum e Seidemann disse que precisaria de uma garota virgem para fotografar junto a uma miniatura de um avião futurista recoberto da cor prata (embaladíssimo pela era espacial de 1969). Nem Clapton nem ele conheciam alguma garota virgem, ainda mais nessa altura da revolução sexual. Reza a lenda que Seidemann andava pelo metrô e viu uma garota de 13 anos usando uma roupa colegial, chegou para ela e entregou seu cartão e pediu para ela contactar ele pois ele queria fazer uma sessão de fotografia para uma "famosa banda de rock". A garota gostou da ideia e marcou um encontro de Seidemann com seus pais, que concordaram com a ideia (diz-se que os pais da garota eram amigos do Allen Ginsberg). Seidemann achava que a garota já era muito velha para o conceito que queria abordar na fotografia mas, a irmã dela, com apenas onze anos de idade, era perfeita para a capa do álbum. Seidemann batizou a foto de Blind Faith e enviou para Clapton, que adorou a ideia e aproveitou o nome para a banda. A gravadora, Atlantic, recusou a capa quando apresentaram a arte final mas Clapton, relutante, disse: "Sem capa, sem disco". O resultado: quase um milhão de cópias na Inglaterra com a capa original, sendo que lançaram uma versão tosca e censurada de uma foto dos 4 músicas reunidos para a versão da capa norte americana. Aqui no Brasil, o álbum só chegou com a capa original na década de 80. Quem quiser dar uma conferida na história do próprio Bob Seidemann sobre essa capa, confiram no site oficial dele: <a href="http://www.bobseidemann.com/blind_faith_doc.html">http://www.bobseidemann.com/blind_faith_doc.html</a></div>
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<img height="390" src="http://bimg1.mlstatic.com/lp-blind-faith-importado-second-cover_MLB-F-180319261_8289.jpg" width="520" /><br />
<div style="text-align: center;">
<i>Capa lançada nos EUA</i></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
O álbum lançado originalmente tinha apenas quatro músicas no lado A e duas no lado B, sendo que "Do What You Like" (composta por baker) tem 15 minutos. Todas as outras músicas são gravações avulsas de excelente qualidade selecionadas pelos próprios músicos, que foram lançadas numa versão de luxo posteriormente. É um lindo disco, de verdade. Muito bem arranjado e produzido. Foi marcado, no lançamento e até hoje, pelas faixas "Presence Of The Lord" e "Can't Find My Way Home". Essa última foi tão foda que até o nosso ex-ministro e músico fodão da tropicália Gilberto Gil gravou uma versão no disco de 71 dele. "Presence Of The Lord" tem um solo violentíssimo rechado de wah-wah, um exibicionismo puro da virtuosidade e improviso do Clapton de encaixar um solo em QUALQUER COISA. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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O disco 2 são quatro jams de aproximadamente 15 minutos cada uma. Paciência ao ouvir essas faixas, são longas e com muitos detalhes. Os improvisos são sensacionais, ora uma base de blues calma, ora um solo de teclado do meio do nada e, claro, uma guitarra violenta do Clapton descendo dos céus. É isso ai então, gente, espero que os que não conheçam comecem a gostar e quem já conhece ouça um pouquinho mais desse relicário musical. Coloquei um arquivo um pouquinho grande, mas sem choro porque a qualidade tá impecável, tudo bem? Haha! Abraço!</div>
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<a href="https://mega.co.nz/#!Ix5wzJzS!B1lTjxd7aWszNugHlutGzkw2r1JoCCb5SiDv7PksE8g">Download - 341MB</a></div>
Daniel OIivetrohttp://www.blogger.com/profile/10961096706198597345noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-423649797553026769.post-77715063700753434082013-06-10T00:21:00.001-03:002013-06-10T00:28:10.708-03:00Hurtmold - Cozido<img src="http://sp4.fotolog.com/photo/52/17/113/sujeitomau/1197901654_f.jpg" /><br />
Experimental | Instrumental | Post - Rock (?) | Math Rock (?)<br />
<br />
1 - Kampala<br />
2 - Fontanka<br />
3 - Bulawayo<br />
4 - Desisto<br />
5 - Credenciais<br />
6 - Mike Tyson<br />
7 - Dois Pés e Ingrato<br />
8 - Filas Longas Taxas Altas<br />
9 - Chepa<br />
10 - Mais uma vez desanimou<br />
11 - Ciesta<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Olá meus jovens. Tranquilidade? Desculpem o atraso nas postagens, mas meu tempo livre fez bem, já que todos os álbuns já resenhados na Taverna estão upados e nessa semana atualizarei tudo. Essa semana também estava rolando um evento que acontece todo ano promovido, principalmente, pelo <a href="http://tavernadosom.blogspot.com.br/search/label/Constantina">Constantina</a> (banda que está aqui no acervo da Taverna) que chama Pequenas Sessões. Entre várias atrações interessantes como dosh e ThisQuietArmy, tive a oportunidade incrível de ver os paulistas do Hurtmold ao vivo e, como vocês podem estar vendo, foi tão bom ao ponto de querer mostrar <a href="http://tavernadosom.blogspot.com.br/2010/07/hurtmold-hurtmold.html">mais um pouco</a> do som desses caras. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Hurtmold, que já tem 15 anos de estrada, nasceu em São Paulo depois do fim de uma banda chamada Pudding Lane. Os caras acabaram conhecendo Mário Cappi e Maurício Takara (que é outro destaque pra mais tarde) e começaram a fazer um som. Conseguiram uma notoriedade em SP circulando duas fitas cassetes durante 98 e o ano seguinte. Em 2000 sai o primeiro disco deles, <i>Et Cetera</i>, que é, também, uma paulera sonora. O disco tem traços fortes da influência de bandas como Sonic Youth e Fugazi, banda com a qual o baterista, Takara, já teve participações. Mas não espere baixar esse disco e ouvir dissonâncias e experimentalismos extremistas ao estilo de Thurston Moore e Kim Gordon, porque o Hurtmold é uma das bandas que tiveram um dos maiores amadurecimentos musicais que ja vi.</div>
<br />
<img height="365" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgoQbnHAfa1KkReZCkdvUYGUjJGdLqeZEJatLHkOFLddDTvmow-aEm5wkon7YiGaabDQGl2aAD4cbQ8mNx_bzT6lW6872bTYncd9Beg54Z_ZMKqQpv5UpL5vEmXdu-b8J-_IVX-AviDFOhn/s640/hurtmold_samuel-esteves.jpeg" width="520" /><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Se você ouvir a <i>timeline</i> dos discos do Hurtmold você vai parar e falar: "porra, heim? Que parada doida isso ai, cara!" - <i>Et Cetera</i>, C<i>ozido</i>, <i>Hurtmold & The Eternals</i>, <i>Mestro</i>, <i>Hurtmold</i> e <i>Mils Crianças</i>. 2000, 2002, 2003, 2004, 2008 e 2012, respectivamente. Os caras transitaram de uma sonoridade post-hardcore, punk, para uma composição sonora arranjada, como se Igor Stravinsky injetasse heroína e montasse uma banda de jazz com dois guitarristas. No show que presenciei nesta semana, eles tocaram praticamente toda a composição do disco lançado no ano passado e, meu irmão, os caras faziam umas quebras de tempo, uns arranjos dissonantes, mas ainda assim harmônicos, incríveis! Eu e o Tito (que voltará resenhando um puta disco nesta semana) ficamos pasmos com a complexidade dos arranjos, o sustain dos rifs repetidos, o feeling que todos os músicos exalavam em forma de música. Realmente sublime. E foi impossível perder tal oportunidade pois, pelo que eu saiba, Hurtmold tinha passado aqui em Belo Horizonte apenas na mini-turnê que fez com o The Eternals, para a divulgação do split que eles fizeram em 2003 e, nesse ano, meus jovens, eu nem lembro de sequer ter ouvido falar neles.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i> Cozido</i> é um dos trabalhos do Hurtmold que eu mais ouço. Ele é o marco do nascimento do som característico do grupo paulista, com uma levada menos punk e com experimentações que vibram pro lado de bandas como Tortoise, com toques da instrumentação de bandas do recém nascido post-rock, mas sem abdicar do tom brazuca que existe no som dos caras. É realmente um álbum de transição, passando de pauleras como "Mais Uma Vez Desanimou" para grooves controladíssimos como em "Kampala", que abre o disco. Apesar d'eu ter falado que Hurtmold se trata de uma banda instrumental, algumas músicas, neste e no primeiro disco (e algumas exceções espalhadas por outros álbuns) contem voz. Nesse disco, tudo é cantado em português, mas em outros Guilherme Granado também canta em inglês.</div>
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="415" src="http://www.youtube.com/embed/D9GqnFjJNjk" width="520"></iframe><br />
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Já deixei ai em cima o disco inteiro, pra <s>os medrosos</s> quem quiser conferir o som antes de baixar o disco. Mas já falo: Hurtmold é quebradeira. Acho que nunca vi um músico que diz que não gosta, de verdade, dessa banda, porque músico que é músico admira qualidade do trabalho dos outros e, qualidade no Hurtmold, é o que não falta. O disco abre com 3 músicas que são, na verdade, uma. Sempre que uma acaba já entra no ritmo da outra, naquele melhor estilo do <i>Dark Side Of The Moon</i> e Cia. As faixas cantadas são "Desisto", "Dois Pés e Ingrato" e "Mais uma vez desanimou" que, na minha opinião, são incríveis remanescências da produção do primeiro disco, não sendo piores que as outras mas, muito pelo contrário, são umas das minhas faixas preferidas do disco. Atenção pros arranjos da guitarra e do baixo em "Ciesta", aonde o groove vai te levando e, quando você percebe, está ouvindo os caras da banda discutindo entre suco de tangerina e laranja (sério).<br />
<br />
Interessante também citar, para quem se interessa, que Hurtmold está sendo, desde o disco <i>Nós/Sou</i>, a banda que toca, arranja, produz e se apresenta junto com o Marcelo Camelo. Não é atoa que esse disco tem um arranjo lindíssimo e muito bem feito. Se você se dedicar um pouco a ouvir Hurtmold e dar uma olhadinha no trabalho solo do Camelo, você vai acabar se surpreendendo. É realmente reconhecível os timbres do Hurtmold. Além do Marcelo Camelo, alguns integrantes da banda tem uns projetos interessantes também. Maurício Takara, o baterista, tem álbuns de estúdio de um som eletrônico/experimental ao nome de M. Takara e m. takara. 3, além de participar do São Paulo Underground. É uma característica intrigante dos membros do grupo participar de projetos paralelos. Entre os projetos estão MDM, Chankas, Bodes & Elefantes, Againe, Van Damien, Polara e Instituto.<br />
<br />
<img height="202" src="http://blog.idealshop.com.br/wp-content/uploads/2007/12/foto_Hurtmold_01-754x275.jpg" width="500" /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Hurtmold foi, e sempre será, minha banda preferida pra ouvir no centro de BH. Numa entrevista que eles deram, disseram que o som deles é muito influenciado pelo ritmo urbano e imparável de São Paulo. Claro que Belo Horizonte não se compara nesse quesito com São Paulo, mas mesmo assim é um sentimento caótico e cômodo ouvir Hurtmold na multidão, quase um anonimato urbano. Eu tinha o costume de parar no canteiro central de uma das avenidas mais movimentadas do centro da cidade, colocar Hurtmold nos fones de ouvido e olhar para o outro lado do cruzamento, assistir por dez minutos a ópera caótica que é o meio urbano de uma cidade grande ao som desse disco (Filas Longas Taxas Altas é a melhor para este ritual) . É uma experiência e tanto, quem sabe algum de vocês faz isso e gosta? Haha!</div>
<span style="text-align: justify;"><br /></span><span style="text-align: justify;">Então segurem esse som aí e aproveitem!<br /><br /><a href="https://mega.co.nz/#!10hTAKKY!JyidtmQlowjwnB9-lOybei9WduxgWzltrcgYAbRT2yg">Download</a></span>Daniel OIivetrohttp://www.blogger.com/profile/10961096706198597345noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-423649797553026769.post-77918751783935143082013-05-24T00:29:00.001-03:002013-10-26T09:47:32.319-03:00Cream - Wheels of Fire <img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEij-SvNW8EVt78tzx4YzwN6Sf_jp9S9Llytae0m9q17qGplGgjOn4DATvdTqYd6DMOK-GAg3Pve7PnKhwl75JnCAk9qJr9T2QK3GNnLizOg1fB8eQ9lsJWAWABflkqyZGFLE165dMl4y4A/s1600-r/wheelsoffire.jpg" /><br />
Blues Rock | Psicodélico | Clássico | Clapton é Deus<br />
<br />
Disco 1:<br />
1 - White Room<br />
2 - Sitting on Top of the World<br />
3 - Passing the Time<br />
4 - As You Said<br />
5 - Pressed Rat and Warthog<br />
6 - Politician<br />
7 - Those Were the Days<br />
8 - Born Under a Bad Sign<br />
9 - Deserted Cities of the Heart<br />
<br />
Disco 2:<br />
1 - Crossroads<br />
2 - Spoonful<br />
3 - Traintime<br />
4 - Toad<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Olá taverneiros! Eis aqui nos encontrando novamente. Como vão vocês? Tô na correria daquela deliciosa semana de provas na faculdade, centenas de textos pra ler, etc. Arranjei um tempinho e vim deixar vocês por dentro do que está rolando. Estou upando TODOS os álbuns já resenhados aqui na Taverna lá no MEGA (antigo megaupload). O servidor parece muito bom e cabe 50GB pra membros gratuitos, então vai conseguir suportar por muito tempo a Taverna. O processo é lento, mas já estou acabando e acho que até semana que vem todos os links vão estar positivos, operantes e estáveis. Darei notícias! Além disso, comprarei meu baixo semana que vem e vou migrar um pouco da guitarra para ele pelo amor ao Funk, hehe. Qualquer produção que a gente fizer na banda de funk que comentei com vocês, postarei aqui para críticas dos leitores mais criteriosos deste blog.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
De um, dois mêses pra cá, mais ou menos, eu e o Tito (que voltará a postar aqui também!) entramos numa onda de Cream indescritível. A gente se encontrava e colocava o LP desse disco pra tocar na vitrola da Budweiser que ele tem lá na república. Só conseguimos ouvir isso desde então, o que é muito engraçado porque eu não conhecia NADA do Cream, realmente NADICA. O conhecimento que eu tinha sobre Eric Clapton foi daquelas coisas que ele fez a partir dos anos 80 que, na minha opinião, é lixo sonoro. Pouquíssimas seleções da produção dele nessa época são boas. Esse pré-conceito que tive dele me fez não detestar, mas simplesmente não ter vontade de conhecer e escutar com cuidado. Nunca fiquei tão feliz de estar errado.</div>
<br />
<img src="http://userserve-ak.last.fm/serve/500/25467625/Cream+steppinout.jpg" /><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Do Cream só conhecia mesmo o primeiro disco, <i>Fresh Cream</i>, que não é lá um dos melhores álbuns dos anos 60, mas é divertido, tem um ritmo gostoso, mas parava por ai para mim. Eis que então eu ouço o segundo disco do Wheels Of Fire, que é todo gravado ao vivo, aonde Crossroads tem uma das quebradeiras mais insanas e calculadas que eu já ouvi em toda a minha vida. Minha mente literalmente explodiu. Foi uma revelação deliciosa e com poucos precedentes. Foi como deixar algo passar em branco por toda a vida e descobrir, quase que por querer, anos depois, só pra alegrar sua semana. Depois disso, fui atrás de uma escavação completa sobre o Cream, suas raízes e precedentes históricos de cada integrante desse super-trio que inaugurou a cena do rock da década de 60 de uma maneira cremosa e, claro, inteiramente improvisada.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Eric Clapton entrou nos Yardbirds em 63. Ficou lá até 65, quando a banda tava mudando a direção do seu som mais para o pop, o que desagradou Clapton, que era muito fiel às suas raízes do blues. Posteriormente, Jeff Beck e Jimmy Page foram <span style="font-family: inherit;">tocar</span> nos Yardbirds. Após sair da banda, Clapton entrou para a John Mayall & The Bluesbreak<span style="line-height: 19.1875px;">ers, aonde pôde desembolar seu estilo único, agressivo e travadão. Ficou famoso por toda a Inglaterra por sua guitarra, ganhando a alcunha de melhor guitarrista de blues do país, levando até um fã a criar a clássica pixação "Clapton is God" na parede de uma estação de metrô, cuja qual logo se espalhou por toda a cidade. Ele largou a John Mayall em 66, querendo montar um grupo com mais liberdade para sua virtuosidade e para a experimentação.</span></div>
<span style="line-height: 19.1875px;"><br /></span><img height="450" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEwjnMvnoddQkVq5XF3A781YWwYsTL8ul1_4TZ5QuVo17JGMnVirI5gOr5Ds0-bNyBDBo2chHifBUJOFnw01hhKI0NvRBLhVMya4g1sctSyyTxWqGY4dpwG2Pp6d7XBIR6hmtQzbOdqCSa/s640/clapton-is-god-7883391.jpg" width="520" /><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Clapton encontrou Ginger Baker, que na época tocava na Graham Bond Organization, que também tinha Jack Bruce no baixo. Baker se sentia muito sufocado tocando na GBO, também com a ideia de montar um novo grupo. Então Baker foi ver Clapton tocar em um show da John Mayall. Depois do show Baker deu uma carona pra ele e os dois foram trocando a ideia sobre a criação de uma banda, já que os dois estavam impressionados com a habilidade um do outro. Clapton convidou Baker pra se juntar na banda nova que ele estava pensando em montar. Ele aceitou na hora, só que com a condição de que Jack Bruce fosse o baixista . Reza a lenda que Baker quase bateu o carro ao ouvir o pedido. O que Clapton não sabia era que Bruce e Baker tinham um histórico de desentendimentos bem grande, quase caindo na porrada, incluindo sabotagem dos instrumentos um do outro, brigas no palco, etc. Porém eles resolveram colocar as brigas de lado para que o projeto novo de Baker, Bruce e Clapton saísse do mundo das ideias e finalmente fosse posto em prática.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Cream foi o nome escolhido, porque o trio já era considerado o "creme da cobertura" dos músicos de jazz e blues da Inglaterra. Bruce, além de ser um notório baixista de jazz, tinha um vocal agressivo e pesado, perfeito para os blues que o trio tinha em mente, além de ser um dos baixistas mais virtuosos que já pisaram nesse planeta. Além disso, Jack Bruce também DESTRÓI na gaita e tem um conhecimento mais do que notável no violoncelo, violino e piano. Clapton também canta em algumas músicas e faz back-vocals, só que ele é tímido demais e fica mais travado ainda ao vivo por causa da quantidade de drogas que ele tomava para os shows. A participação dele no show é de um espectro divino, imóvel e em sua viagem psicodélica própria, deslizando os dedos pela guitarra e fazendo a mágica acontecer.</div>
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="400" src="http://www.youtube.com/embed/hftgytmgQgE" width="520"></iframe><br />
<div style="text-align: center;">
<i>Clapton: tão chapado que não consegue controlar sua mandíbula nem acompanhar o playback</i>.</div>
<div style="text-align: justify;">
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<i> Wheels Of Fire</i> veio em 1968, é o terceiro álbum de estúdio deles e posterior ao <i>Disraeli Gears</i>, de 67, que deslanchou Cream com grande sucesso. <i>Wheels Of Fire</i> foi lançado como Vinil duplo, sendo o segundo disco apenas apresentações ao vivo do Cream. É um disco com altos e baixos, com a guitarra de Clapton cortando todo o espaço em que não há a voz de Bruce cantando em seu timbre agressivo. O álbum abre com <i>White Room</i>, que é uma paulera de groove, com um meio que dueto entre a voz de Jack e a guitarra de Clapton. Seguindo com uma versão do famoso e antigo blues, <i>Sitting on Top of the World,</i> com a pitada dos gritos sonoros da Les Paul de Clapton. Separo também <i>Pressed Rat and Warthog</i>, que é cantada, ou digo, quase que falada, por Ginger Baker, tendo uma levada tranquila, com uns trompetes e flautas, até o fim da música, aonde a guitarra EXPLODE do nada junto com a bateria e o baixo.</div>
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<i> Politician</i> não tem uma das harmonias preferidas minhas, mas tem, com certeza, um dos melhores solos do disco. Um solo duplo, na verdade, com as guitarras sobrepostas uma em cima da outra, levando a um clímax sonoro indescritível, sublime da maestria de Clapton. <i>Born Under a Bad Sign </i>é, sem sombra de dúvida, a música mais<i> badass </i>do disco, mas tem uma levada tranquila e constante, um groove delicioso pra se ouvir viajando. Pra finalizar, separo a última música do disco, <i>Deserted Cities of the Heart</i>, que abriga o solo mais destruidor de todo o disco. Um solo cheio, recheado de tremolos e uma agressividade que nunca vi em outro guitarrista. Só ouvindo mesmo.</div>
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<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="400" src="http://www.youtube.com/embed/RzDj65HGPXo" width="520"></iframe><br />
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O Disco 2 não vou escrever sobre ele não... Quero só que ouçam <i>Crossroads</i> e deliciem-se com a poderosidade do improviso do trio inteiro. Quem tiver interessado, deem uma olhada no DVD que existe do Farewell Concert, que eles tocaram no Albert Hall em novembro de 1968, que tem em qualidade excelente no youtube e mostra com perfeição a atuação do Cream ao vivo, com as improvisações de dez minutos que viajam de influências do jazz até o blues mais puro que existe. Aqui, <i>Sunshine Of Yout Love</i> nesse show: <a href="http://www.youtube.com/watch?v=pwDo0JUeKqM">http://www.youtube.com/watch?v=pwDo0JUeKqM</a></div>
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Espero que aproveitem e não deixem de ouvir o disco com cuidado e com o volume bem alto. Deixem a guitarra de Clapton entrar cremosamente pelos tímpanos, sendo guiada pelo baixo de Jack Bruce ao ritmo da bateria paulateira de Baker. Até mais!</div>
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<a href="https://mega.co.nz/#!h5hzSIQb!Bv0EoAbwvAk407fNiHY_P0gn2xRYkIixQPacUpGuzg4">Download - 161MB</a>Daniel OIivetrohttp://www.blogger.com/profile/10961096706198597345noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-423649797553026769.post-26509426712223702772013-05-14T11:53:00.001-03:002013-05-14T11:53:57.079-03:00Sobre os links quebrados...Opa gente, tranquilidade?<br />Nesse fim de semana vou upar todos os álbuns para uma conta que vou fazer no Mega e repostar os links aqui pra geral, inclusive dos posts novos. Farei isso para que eu fique sabendo rapidamente quando os links ficarem fora do ar. Uparei os álbuns sem os nomes das bandas para evitar que rastreiem o arquivo e deletem ele sem minha permissão, tudo bem?<br /><br />No mais, bom som a todos!Daniel OIivetrohttp://www.blogger.com/profile/10961096706198597345noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-423649797553026769.post-30635637096414604812013-05-13T23:50:00.001-03:002013-05-14T00:10:16.318-03:00Sleepy Sun - Fever<img height="510" src="http://cdn.stereogum.com/files/2010/03/Sleepy-Sun-Fever-Cover-Art.jpg" width="510" /><br />
Psicodélico | Experimental | Post Rock | Folk | Jefferson Airplane + Led + Ácido<br />
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1 - Marina<br />
2 - Rigamaroo<br />
3 - Wild Machines<br />
4 - Ooh Boy<br />
5 - Acid Love<br />
6 - Desert God<br />
7 - Open Eyes<br />
8 - Freedom Line<br />
9 -Sandstorm Woman<br />
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Olá taverneiros! Quanto tempo, não? Foi um puta ano, sem sombra de dúvidas. O ano que mais cresci musicalmente, sem sombra de dúvidas. Peço desculpas pela ausência por tantos e tantos meses, mas a experiência da vida foi intensa e, digamos, exageradamente agradável. Eis um resumo: saí da casa da minha mãe em julho do ano passado e fui morar em uma república com vários amigos meus. Morei la por uns seis, sete meses, criei dois gatos, descobri bandas incríveis e consegui um puta repertório para apresentar nessa volta ao blog. Agradeço a uma moça (se estiver lendo, Gabi, obrigado!) por me reanimar a voltar com a taverna. Eis aqui então, vamos la?</div>
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A uns meses eu e mais dois amigos tivemos a intensa ideia de montar uma banda de funk (depois contarei mais sobre isso, hehe) e um deles me apresentou um cara aqui de Belo Horizonte que iria cantar com a gente. Além de todas as viagens musicais que tivemos e as ideias incríveis que conversamos, esse cara, Paco é o nome dele, me mandou o link de um show dessa banda ai, Sleepy Sun. Curiosamente eu vi tudo de uma vez. 41 minutos de show que me deixaram surpreso de uma maneira que pouquíssimas bandas me deixaram. Um jogo de luzes incrível, um repertório alucinante, a guitarra com aqueles delays absurdos que me lembram um solo do Gilmour, sem contar a voz indescritível da vocalista, que tem um alcance muito, muito grande. Se tiverem paciência, este é o show:</div>
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<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="320" src="http://www.youtube.com/embed/iIukZhLwGnU" width="510"></iframe><br />
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O show foi em Amsterdã, pra surpresa geral, haha. As palas da vocalista já valem a banda inteira, além da voz dela. As músicas tem uma carregada lenta que disparam em uns vocais rasgados em conjunto com uma guitarra embebida de fuzz, quebrando junto com a bateria pesada. Nesse show não tocaram nenhuma das músicas acústicas que tem em <i>Fever</i>, que não são piores que essas quebradeiras ao vivo, porém, sim, tem uma pegada característica de Fleet Foxes e Jefferson Airplane. O mais incrível são as jams e improvisações que rolam no meio do palco, no meio do show, naquele melhor estilo do Cream (que também é conteúdo pros próximos posts) de improvisar: acabando o refrão e aí só para o improviso quando cansar mesmo.</div>
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Sleepy Sun é uma banda de San Francisco, na Califórnia. Nasceu em 2008 e lançou o primeiro álbum deles, <i>Embrace</i>, no ano seguinte. Um puta disco também, mas foi em 2010 que a produção deles floresceu nesse disco aqui,<i> Fever</i>. Os vocais são divididos entre Brat Constantino, o vocalista com bigodinho hipster, e Rachel Fannan, que tem um timbre muito interessante (parece com a vocalista de Jennifer Lo-Fi, banda paulista) e um alcance vocal absurdo, uns líricos bem altos. Infelizmente ela saiu da banda depois da gravação desse álbum, em 2010, por desentendimentos com os outros integrantes da banda.</div>
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<img height="320" src="http://images.ukfestivalguides.com/gallery_images/sleepy-sun/sleepy-sun_10.jpg" width="510" /></div>
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Duas guitarras, uma mais base e a outra recheada de delays e fuzzes e tremolos, que viaja nas linhas sólidas pelo baixo, segurando todo o ritmo e melodia pro resto do grupo. O vocalista bigodudo também tem as manhãs na gaita, muito presente no disco de 2010. Além disso, lançaram no ano passado <i>Spine Hits</i>, disco já sem a participação da Rachel Fannan, cujo o qual nem escutei ainda porque, na moral mesmo, a vocalista é que era a imagem da banda. Me limitei a assistir uns shows deles a partir da saída da moça e meu julgamento foi bem correto: faltou um pedaço no palco sem Fannan nos vocais. Contudo, Rachel partiu para alguns projetos solos que são até bem interessantes, quem quiser dar uma olhada no tumblr, tem várias atualizações de composições e gravações dela (<a href="http://rachelfannan.tumblr.com/">http://rachelfannan.tumblr.com/</a>).</div>
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<i>Fever</i> é um disco completo. Tem do blues ao post rock e do folk ao improviso total. É uma bela mistura de gaitas, um baixo com uma linha sólida, constante, propensa à viagem instrumental da guitarra e das vozes. Comentei várias vezes com uns amigos sobre como que as músicas desse disco são fritações constantes em notas repetidas. Pode parecer estranho, mas quando a música retoma seu caminho ao fim da repetição, é uma sensação prazerosa. Dou atenção pra <i>Marina</i>, primeira faixa do disco, que começa com uma guitarra bezuntada em fuzz, que leva pra um groove tranquilo, calmo, montanhoso igual <i>Fleet Foxes</i>. O vocal feminino acalma tudo enquanto a guitarra pesada volta e bagunça tudo. E quando você pensa que não, entra uma gaita.</div>
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<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="320" src="http://www.youtube.com/embed/xOrQoqDtwyg" width="510"></iframe><br />
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Dou atenção também às quatro últimas faixas do álbum, que ouvi com muito cuidado dezenas de vezes e viajei, literalmente, em todas as vezes. <i>Desert God</i> é impossível. Começa com uma carregada tranquila e grave, guiada pela guitarra bem limpa e tambores tocados suavemente. Ouça até 2:42 e juro que é impossível deixar de ouvir o resto, sério. <i>Open Eyes</i> e a última música, <i>Sandstorm Woman</i>, possuem um riff bem parecido, porém um mais rápido e o outro mais lento, sendo que a música que fecha o disco tem quase dez minutos e é recheada de improvisos de gaita e guitarra. </div>
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Espero que gostem desse retorno, vou ver se consigo postar mais aqui na Taverna, realmente estava com saudades daqui. Não estou estudando mais design, mas larguei o curso e estudo filosofia na UFMG, então devo arranjar um tempo livre pra conseguir manter vocês atualizados e com bandas para conhecer, hehe. O e-mail da taverna foi desativado por falta de uso, então qualquer coisa podem enviar um e-mail para Dolivetro@gmail.com que respondo assim que possível. Em relação aos links pra download e os posts antigos, vou ver se consigo atualizar tudo, mas acho complicado, então devo fazer de pouco em pouco a atualização de links quebrados, fotos deletadas, etc. Aproveitem essa delícia sonora!</div>
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<img height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-ZccKGvh4SF2vy7ZHdJOXvXCgit9oegBjNdFBMWBau8sH2SIHIXuXQFKi2n-DuDBXI9e2cnX2WKsRHUh9LpoYowRcTKD_O5LiiArMbyJMm9z6ewbbWZzJH5FtGRXHVj7gGN9VZMjb5oc/s640/LiveSleepySunPhoto_Credit_DavidUzzardi.jpg" width="510" /></div>
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<a href="http://www.lastfm.com.br/music/Sleepy+Sun">Last.fm Sleepy Sun </a><br />
<a href="http://www.sleepysun.net/">Site Oficial </a><br />
<a href="http://www.myspace.com/sleepysun">MySpace</a><br />
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<a href="https://rapidshare.com/#!download|986p2|1493941391|Fever.rar|60642|0|0|1|referer-1BE9A3E14D0E2AA6E35BCFA4802BD366">Download | Sleepy Sun - Fever</a><br />
<a href="http://www.4shared.com/file/6RN3qIqz/Sleepy_Sun_-_Fever__2010_.html">Link Alternativo - Download</a><br />
<br />Daniel OIivetrohttp://www.blogger.com/profile/10961096706198597345noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-423649797553026769.post-51499160708095293302012-01-26T20:52:00.005-03:002013-07-20T18:00:02.690-03:00Junior Kimbrough - Sad Days, Lonely Nights<a href="http://ecx.images-amazon.com/images/I/41CTEV0X9NL._SL500_AA300_.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" src="http://ecx.images-amazon.com/images/I/41CTEV0X9NL._SL500_AA300_.jpg" style="cursor: hand; cursor: pointer; display: block; height: 300px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 300px;" /></a><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_0">Junior</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_1">Kimbrough</span> | <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_2">Blues</span> | <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_3">Blues</span> Rock | <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_4">Feeling</span> | <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_5">Tiozão</span> | Parece meu vizinho<br />
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<li><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_6">Sad</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_7">Days</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_8">Lonely</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_9">Nights</span></li>
<li><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_10">Lonesome</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_11">In</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_12">My</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_13">Home</span></li>
<li>Lord, <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_14">Have</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_15">Mercy</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_16">On</span> Me</li>
<li><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_17">Crawling</span> King <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_18">Snake</span></li>
<li><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_19">My</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_20">Mind</span> Is <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_21">Rambling</span></li>
<li><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_22">Leaving</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_23">In</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_24">The</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_25">Morning</span></li>
<li><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_26">Old</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_27">Black</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_28">Mattie</span></li>
<li>I'm <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_29">In</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_30">Love</span></li>
<li><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_31">Pull</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_32">Your</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_33">Clothes</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_34">Off</span></li>
<li>I'm <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_35">Gonna</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_36">Have</span> to <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_37">Leave</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_38">here</span></li>
<li><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_39">Sad</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_40">Days</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_41">Lonely</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_42">Nights</span></li>
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A Taverna voltou! E eu também! Não foi só o Daniel. Passamos por momentos apertados, que nos fizeram abrir mão do blog por um tempo, MAS, agora, que estamos em momentos MAIS <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_43">APERTANDOS</span> AINDA resolvemos voltar! Sim, eu trabalho e estudo e ele também. Mas vamos dar um jeito de encaixar pelo menos uma <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_44">postagem</span> por semana pra poder disseminar nosso gosto musical via web. NESSES TEMPOS difíceis, onde SOPA, não é de comer e PIPA não é de empinar, temos que tomar cuidado com os <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_45">links</span> que postamos e com <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_46">links</span> defeituosos então qualquer problema que der, não se preocupe que a gente dá um jeito (ou não). O importante é que <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_47">tamo</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_48">aê</span> e <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_49">vamo</span> postar CDs legais pra ouvir.</div>
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Eu vou começar com esse do <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_50">Junior</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_51">Kimbrough</span>, que me é de muito agrado, e vai ser de bom agrado pra quem é fã de um bom <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_52">blues</span>. Vou contar sobre o cara: David "<span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_53">Junior</span>" <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_54">Kimbrough</span> nasceu em <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_55">Hudsonville</span>, <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_56">Mississipi</span> em 1930, e viveu sua vida toda no norte do estado. Gravou com o selo <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_57">Fat</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_58">Possum</span>, que era conhecido por ser o mesmo do R.L. <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_59">Burnside</span>, que é mais <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_60">famosinho</span> que ele. Eles até gravaram algumas coisas juntas. Ele gravou algumas coisas em 1966 mas num deu muito certo, então ele deixou pra lá. Viu que num era pra ele. MAS AI em 1992, a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_61">Fat</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_62">Possum</span> puxou ele pra perto e gravou cerca de 6 discos com ele, até 1998, quando ele morreu de ataque <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_63">cardíaco</span> aos 67 anos.</div>
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<span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_64">Junior</span>, em 92, junto com os discos, ele abriu um bar de <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_65">blues</span> na cidade de <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_66">Chulahome</span>, <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_67">Mississipi</span> e tocava lá sempre, o que atraía gente do mundo inteiro. <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_68">Keith</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_69">Richards</span>, <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_70">Iggy</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_71">Pop</span>, <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_72">ie</span> os caras do U2 são alguns que foram até o bar pra conferir o <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_73">Junior</span> tocar. Depois da morte dele, os filhos dele até continuaram a manter o bar, mas em 2000, o bar pegou um fogo violento e deixou de existir.</div>
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Mas agora, pra descrever o som do cara é assim: São músicas, de pegadas <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_74">blues</span> repetitivas, que sempre seguem <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_75">riffs</span> marcantes de guitarra e muito <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_76">feeling</span> na voz de um <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_77">blueseiro</span> velho. Lembrando que nesse disco ele tinha 63 anos. Mas é LINDO. O som é bem hipnótico, e os <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_78">riffs</span> que usam batidas curtas e <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_79">sincopações</span> entre notas graves e agudas, fazem o som dele único.</div>
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<div style="text-align: center;">
<a href="http://s3.amazonaws.com/fatpossum_production/public/system/artists/photos/50/crop_630.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" src="http://s3.amazonaws.com/fatpossum_production/public/system/artists/photos/50/crop_630.jpg" style="cursor: hand; cursor: pointer; display: block; height: 310px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 302px;" /></a></div>
Cê vê esse cara na rua, nem acredita que é um <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_80">blues</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_81">man</span>. Parece meu vizinho.<br />
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O disco que eu escolhi foi o <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_82">Sad</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_83">Days</span>, <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_84">Lonely</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_85">Nights</span>, por quê tem minha música preferida dele: "Lord, <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_86">Have</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_87">Mercy</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_88">On</span> Me", que é um <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_89">massacrante</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_90">blues</span> de 9 minutos de existência <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_91">implorável </span>por <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_92">misericórdia</span>. Nesse CD tem duas versões da música "<span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_93">Sad</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_94">Days</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_95">Lonely</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_96">Nights</span>" pra ressaltar que os dias são tristes e as noites são solitárias. O que vai muito bem com as músicas dele. Agora imagina ir no "<span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_97">Junior</span>'s <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_98">Place</span>" e ver o cara <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_99">destrinchar</span> aquela guitarra velha, tirando o som <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_100">impossível</span> do <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_101">possível</span>, fazendo o suor descer mais rápido que a batida da caixa, enquanto os urros de dor e <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_102">misericórdia</span>, passam diante do bar escuro, e você <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_103">vê</span> só ele naquela luz de palco.</div>
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Dá vontade de dançar. Dá vontade de gritar. Dá vontade de tocar. Isso é <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_104">Junior</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_105">Kimbrough</span>.</div>
<br /></div>
<a href="http://userserve-ak.last.fm/serve/252/474077.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" src="http://userserve-ak.last.fm/serve/252/474077.jpg" style="cursor: hand; cursor: pointer; display: block; height: 252px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 252px;" /></a><br />
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Uma banda que tá em alta hoje em dia, se declara os maiores fãs de <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_106">Junior</span>. Este são <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_107">THE</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_108">BLACK</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_109">KEYS</span>. Banda que eu particularmente amo. Eles são tão fãs do cara, que eles gravaram um <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_110">EP</span> em homenagem ao <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_111">Junior</span>, só com músicas dele, em versão <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_112">garage</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_113">blues</span> rock. QUE É LINDO <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_114">TBM</span>. Até a viúva do <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_115">Junior</span> gostou do <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_116">EP</span> do <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_117">Black</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_118">Keys</span>. Ela fala que eles dois são os únicos que conseguem tocar com emoção igual a que o <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_119">Junior</span> tocava. Coisa linda de <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_120">deus</span>.</div>
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<a href="https://mega.co.nz/#!NlgSnSxa!bU8o_CdjWltTobNFsQduYWjmzEdKfWmmF8tJYvAzksk">Download</a>Unknownnoreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-423649797553026769.post-10969322648737082472012-01-23T19:15:00.009-03:002013-07-05T13:56:20.318-03:00Constantina - Haveno<div>
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<a href="http://28.media.tumblr.com/tumblr_lnnzy7VRH81qmo5sb_1309540546_cover.jpg" style="text-align: left;"><img alt="" border="0" src="http://28.media.tumblr.com/tumblr_lnnzy7VRH81qmo5sb_1309540546_cover.jpg" style="cursor: hand; cursor: pointer; display: block; height: 500px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 500px;" /></a></div>
Instrumental | Alternative | Experimental | Post Rock (?) | AWESOME!<br />
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1 - Monte Roraima</div>
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2 - Imobilidade Tônica</div>
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3 - Bagagem Extra</div>
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4 - Azul Marinho</div>
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5 - Pequenas Embarcações</div>
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6 - Juan, El Marinero</div>
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7 -Benjamin Guimarães</div>
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Como podem bem ver, estou empolgadíssimo com a volta do blog. Sempre que dá estou conferindo a quantidade de visitantes que estão vindo e a taxa de downloads que estão acontecendo aqui. E toda vez que entro na Taverna, fico chateado pelo fato de Guachass e GY!BE terem sidos postados em março do ano passado, que quero mudar essa página daqui logo e colocar coisas novas para vocês conferirem. Aproveitando que estou de férias, vou abusar desse site e sempre postar algo novo, sem, é claro, acabar com o estoque de sons inéditos para vocês.</div>
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Falando em inédito, acho que este disco que estou a resenhar aqui nem é novidade para tantas pessoas, pois Constantina está ganhando grande relevância no âmbito da música independente brasileira, principalmente no quesito instrumental. Além do mais, esse não é o primeiro disco deles que posto aqui, pois dois anos atrás estive num show deles juntamente com a banda <a href="http://tavernadosom.blogspot.com/2010/09/ruidomm-praia.html">ruído/mm</a> e fui obrigado a resenhar o álbum de estreia deles (pode acessar clicando <a href="http://tavernadosom.blogspot.com/2010/09/constantina-constantina.html">aqui</a>). Além do mais, a banda é de Belo Horizonte, cidade aonde moro. Sendo assim, chato pra caramba como sou, espalhei o som dos caras pra todos meus amigos e conhecidos.</div>
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<a href="http://userserve-ak.last.fm/serve/500/72345246/Constantina+PNG.png"><img alt="" border="0" src="http://userserve-ak.last.fm/serve/500/72345246/Constantina+PNG.png" style="cursor: hand; cursor: pointer; display: block; height: 335px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 500px;" /></a></div>
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Cinco meses atrás eu participei de um dos shows mais incríveis da minha vida, numa colaboração entre Constantina e Labirinto, banda de post-rock instrumental de São Paulo. O show ocorreu no festival Pequenas Sessões, que é organizado por iniciativa própria do Constantina. Neste show, os músicos tocaram, na íntegra, o disco novo deles: Haveno. Desde então, fiquei com um fascínio que crescia a cada dia em relação ao entorto do disco. Até que então, algumas semanas atrás, fiquei sabendo que a banda irá tocar no festival do Verão de Arte Contemporânea, no dia 24, aqui em Belo Horizonte. A notícia me empolgou muito e, com a volta do blog, fiquei na dúvida entre resenhar este disco antes ou depois do show. Depois de pensar um pouco, fui pelo impulso e resolvi escrever aqui agora, antes do show, pois talvez eu consiga convencer alguém de largar a bunda da cadeira do computador e ir curtir uma boa música.</div>
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Antes de falar do disco, vem a banda... E nada melhor do que a própria banda falando dela mesma, não é? No site oficial deles, vem o seguinte: </div>
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<span style="font-style: italic;"><i>"Constantina nasceu em 2003, de um desejo de fazer uma música que pudesse tocar as pessoas. </i><i style="text-align: left;"></i></span><br />
<div style="display: inline !important; text-align: center;">
<span style="font-style: italic;"><i style="text-align: left;"><i>Somos uma banda instrumental interessada em criar músicas sem nos preocuparmos com rótulos. Nossa música é sincera e minimalista; as guitarras são usadas de forma inteligente, e costumam vir acompanhadas de delicadas interferências eletrônicas. Com influências que vão do pão de queijo aos caboclos de lança, o Constantina gosta dos regionalismos brasileiros e acha que música e imagens dão um bom casamento. Esse diálogo músico-visual sempre transparece na produção de todos os nossos trabalhos.</i></i></span></div>
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<i style="text-align: left;"></i><br />
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<span style="text-align: left;"> Com quatro álbuns lançados e uma gravação ao vivo com os caras do COLORIR, a sonoridade de Constantina transita distintamente entre um disco e outro, marcando fatores fundamentais para a compreensão do som da banda. As performances ao vivo são aliadas com imagens e vídeos que dialogam com a musicalidade dos integrantes. Além de tudo, várias curiosidades se tornam atrativas ao conhecer a banda, como o fato de que os instrumentos se alternam entre os integrantes e que o improviso é uma carta na manga sempre presente no leque de sons de Constantina.</span></div>
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<a href="http://a5.sphotos.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-ash4/319631_10150419444863266_7244923265_11020459_6378207_n.jpg" style="text-align: left;"><img alt="" border="0" src="http://a5.sphotos.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-ash4/319631_10150419444863266_7244923265_11020459_6378207_n.jpg" style="cursor: hand; cursor: pointer; display: block; height: 500px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 500px;" /></a></div>
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<i>Postais que vem juntos com o disco, com imagens e frases. Um pra cada música.</i></div>
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Haveno é um nome retirado do Esperanto, significando porto, abrigo. É um trabalho completo, desde a composição musical, a parte visual do trabalho físico e até mesmo na divulgação da obra. A banda criou um site com toda a temática do disco, com composições gráficas e desenhos intrinsecamente relacionados com o que Haveno trás. Na época da composição das músicas, estas eram upadas para o site oficial da banda após a gravação definitiva da faixa. Além do CD e do encarte com acabamento impecável, foram lançadas também camisas, posteres, e cartões-postais. Recentemente, Constantina enviou adesivos gratuitamente para todos os fans, agradecendo o suporte e retribuindo, de forma especial e singela, todo o favor que fizeram nesses nove anos de caminhada. </div>
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Este álbum é, ouso dizer, uma das maiores obras primas da música nacional nestes últimos anos. Posso facilmente dizer que é um dos discos nacionais mais bem trabalhados da década e, talvez, o mais completo do ano de 2011. Com sete faixas, Haveno representa o que ele é: um porto, um abrigo. É uma estaca fixa na música, é harmônico e contínuo. Ele segue uma ideia, ele é um som apenas. Tráz diversos ritmos e culturas em forma de poesia cantada, trás saudade e nostalgia. No todo, é uma composição única, seguindo um tema bem claro sem, ao mesmo tempo, deixar de ser tocante. É cru e transparente, não omite nada e não se finge de outra coisa. Barulhista me perdoe, mas este disco aqui também quer ser um abraço, rs.</div>
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<a href="http://a5.sphotos.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-snc7/299649_10150481763328266_7244923265_11472799_1534147746_n.jpg"><img alt="" border="0" src="http://a5.sphotos.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-snc7/299649_10150481763328266_7244923265_11472799_1534147746_n.jpg" style="cursor: hand; cursor: pointer; display: block; height: 350px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 500px;" /></a><br />
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Um trompete preguiçoso e distante dá início ao disco, em Monte Roraima. A primeira vez que ouvi essa música, foi num show que houve na Praça do Papa, onde Constantina tocou com Wado. Naquela versão, Wado incluiu letras na música, o que me distraiu um pouco e me deixou meio alheio à parte instrumental, mas mantendo o âmago da canção intocado. Com um ritmo bem característico e uma melodia instigante, Monta Roraima segue em seus sete minutos com apito, trompete e vibrafone, guiados pela bateria de Daniel Nunes. Seguindo o curso, Imobilidade Tônica começa na bateria e termina no trompete, passando por inusitadas mudanças de ritmo, um baixo marcante e, não menos importantes, as palmas no momento em que as duas guitarras dividem o mesmo espaço, criando um ambiente totalmente único, especial.</div>
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Bagagem Extra foi a música que me fez apaixonar por Constantina. Eu fico sem palavras pra descrever o quão incrível ela é. Ao meu ver, ela passa por cinco momentos: O início harmônico, habitado por uma bateria eletrônica dividindo espaço com vibrafone, guitarras e baixo. O segundo momento é a desconstrução total, aonde a bateria se liberta juntamente com o bongô e dá espaço para o baixo destruir tudo. Após isso, o instrumental se consolida ao terceiro momento, mostrando uma textura carinhosa, dócil, aonde a harmonia dos instrumentos se divide sabiamente entre notas no vibrafone alternadas com uma guitarra. Após metade da música, há um momento de fôlego criado por apenas uma guitarra, para assim termos ouvidos para digerir o fim da composição. O último momento é um crescendo que poderá te lembrar de melodias antigas, nostálgicas e infantis, mas que vai engordando ao longo dos segundos e, por mim, explode em uma harmonia épica, repleta de vivacidade, para terminar em uma desconstrução de trompetes caóticos, alertas. Ao vivo, a banda transpõe as formalidades de estúdio e convida a todos para cantarolar essa música, dando vida a outra percepção.</div>
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<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/j9_eZuyJMPo" width="500"></iframe></div>
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Azul Marinho é calma como o mar, daqueles sem ondas por causa dos recifes distantes. Costurado por uma guitarra mergulhada no trêmolo, divide espaço com a melodia marcante do vibrafone e dos trompetes. Pequenas Embarcações é única que possui um violão, mantendo-o por toda a música, sendo intercalado por delicadas interferências eletrônicas, ganha título de uma das músicas mais calmas que já ouvi. A sexta faixa é a que possui a maior textura eletrônica de todo o disco, mas não deixa de exprimir um som orgânico e único. Por fim, fechando com chave de ouro, encontramos Benjamin Guimarães. É uma de minhas preferidas. Começa suave, na calma de uma guitarra um pouco saturada, dando espaço a minutos de harmonia perfeita entre bateria, guitarras, vibrafone e bateria. Mas apesar de tanta letra aqui em cima, a experiência se resume a ouvir o disco.</div>
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Para quem quiser saber mais sobre a banda, pode conferir no fim da postagem o link para o site oficial, aonde você pode ouvir as músicas separadas e baixa-las gratuitamente. No site oficial é possível, também, adquirir os posteres, postais e comprar o disco físico que, digo, vale muito a pena! Espero que gostem e que tenham paciência com Haveno, pois é algo que começa pequeno e que, como o próprio nome diz, se torna um abrigo para nossos ouvidos. E como diria Daniel Nunes: SARAVÁ!</div>
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<a href="http://www.constantina.art.br/">Site Oficial - Constantina</a> </div>
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<a href="http://constantinamusic.bandcamp.com/album/haveno">Ouça o Haveno aqui!</a> </div>
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<a href="http://www.myspace.com/bandaconstantina">MySpace - Constantina</a> </div>
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<a href="https://mega.co.nz/#!9pYC1LZQ!Jrl1A209PsX4H8NdViGhxARHUK9KpXiGyJT_QmDx_mo">Download - 129MB</a></div>
Daniel OIivetrohttp://www.blogger.com/profile/10961096706198597345noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-423649797553026769.post-22221473215731603612012-01-21T22:40:00.017-03:002012-01-22T00:12:31.809-03:00Quarto Negro - Desconocidos<a href="http://3.bp.blogspot.com/-p0s07w8wBIY/TnNUI5SeQOI/AAAAAAAABRo/nuRxDqybodg/s1600/quarto-negro-desconocidos.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 500px; height: 500px;" src="http://3.bp.blogspot.com/-p0s07w8wBIY/TnNUI5SeQOI/AAAAAAAABRo/nuRxDqybodg/s1600/quarto-negro-desconocidos.jpg" border="0" alt="" /></a>Alternative Rock | Indie | WE'RE FUCKING BACK<div><br /></div><div>1 - Luz</div><div>2 - Nosso primeiro divórcio</div><div>3 - Prometeu ao santo</div><div>4 - Quando o mar não vem</div><div>5 - Socorro</div><div>6 - Llucmajor</div><div>7 - Do medo ao medo</div><div>8 - Vesânia I (Cabo Horn)</div><div>9 - Vesânia II (Delírio mútuo)</div><div>10 - Perfume solto</div><div>11 - Desconocidos</div><div><br /></div><div style="text-align: justify;"><p> HOLA AMIGOS! Depois de dez meses com a Taverna abandonada, estou voltando com toda a força a bota-la em movimento! Chega de mesas vazias e copos empoeirados, pois o blog está voltando (apesar de que, apenas eu estou aqui) à atividade e teremos resenhas sempre que possível, ao mínimo semanais! Nessas primeiras semanas, estarei conferindo e re-upando todos os links quebrados e deletados pela nossa querida amiga DMCA, que gosta de mandar pra baixo várias postagens e seus respectivos links para download. Mas não temas porque a vontade (muito egoista, haha) de disseminar meu gosto musical para meus caros leitores foi maior que a preguiça e agora estou com a bunda nessa cadeira, faltando quatro horas para eu acordar para ir trabalhar, apenas fazendo o que me deu vontade: A TAVERNA!</p></div><div><div style="text-align: justify;"><p> Inicialmente peço desculpas a todo mundo que voltava aqui para conferir se existia algo novo, mas este longo tempo de hiato foi necessário de diversas formas para mim. Foi um crescimento pessoal e espiritual que agora me ajuda a ser quem eu sou. Meu tempo de faculdade ainda está em continuação e estou com um emprego fixo, o que dificulta a maior elaboração das resenhas na Taverna pela falta de tempo, mas vou conseguir algumas horinhas para preparar os textos que enchem as páginas deste blog (mas aposto que vou apanhar horrores para o HTML depois de tanto tempo sem mexer nele). Agora chega de bate papo e vamos ao que importa!</p></div></div><div style="text-align: justify;"> </div><div><div style="text-align: justify;"> Estava eu aqui, nas minhas férias da faculdade, travando uma guerrinha microscópica de star wars com as bolinhas de sujeira em meu umbigo, quando nosso companheiro Heitor, que já contribuiu para postagens aqui no blog, me chamou pela internet e me perguntou se eu conhecia esta tal banda, Quarto Negro. Eu nunca tinha ouvido falar e pelo tom da conversa do Heitor, que ousou dizer que nunca ouvira algo nacional de tamanha qualidade, julguei que realmente deveria ser algo incrível. Para exemplificar do que ele estava dizendo, ele me mandou o vídeo de uma música deles, que é esta:</div><br /><iframe width="500" height="400" src="http://www.youtube.com/embed/hedsbe2eajY" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe></div><div><br /></div><div><p style="text-align: left;"><span style="text-align: justify; "> OK. A sua reação foi igual à minha? A ponto de ficar sem voz tanto pela qualidade música, quanto pela qualidade da fotografia do clipe ou bela beleza sem limites dessa ruiva? Se reagiu assim ou passou por algo perto disso, então continue lendo isso aqui porque isso aí é apenas 1/11 do disco.</span></p><p></p></div><div style="text-align: justify;"><p> Quarto Negro foi formado em 2008, como um projeto solo de um dos ex-integrantes da banda Ludovic. Em dois anos o som foi consolidando-se e os quatro músicos passaram por uma viagem pela Europa, absorvendo influências essenciais para a criação do long play "Desconocidos", lançado em 11 de Setembro de 2011. Este disco foi gravado no verão de 2010 em Barcelona, trazendo elementos ainda não experimentados pela banda. Exilados em estado de profusão musical, os músicos permaneceram trancafiados para a composição e gravação das canções escutadas neste disco.</p></div><div><div style="text-align: justify;"><br /></div><a href="http://userserve-ak.last.fm/serve/500/69008572/Quarto+Negro+quartonegro.png"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 500px; height: 370px;" src="http://userserve-ak.last.fm/serve/500/69008572/Quarto+Negro+quartonegro.png" border="0" alt="" /></a><p></p><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="text-align: justify; "><div style="text-align: justify;"> Quando ouvi a primeira música, já comecei achar que era ZOEIRA o som dos caras. Que não era possível a existência de um som desses que eu não tinha ouvido. Aí vinha aquela voz na minha cabeça: "POR QUE DIABOS NÃO OUVI ISSO ANTES?!?". Fiquei em uma imersão neste disco por aproximadamente duas semanas. Só ouvia ele e dava atenção a ele. É uma obra prima pra ser o debut de uma banda que tem apenas quatro anos. E o melhor de tudo: os caras disponibilizam o disco para download gratuito.</div></span><span style="text-align: justify; "><div style="text-align: justify;"><br /></div></span><span style="text-align: justify; "><div style="text-align: justify;"> Desconocidos possui onze faixas, aonde destaco algumas realmente marcantes. A primeira faixa, "Luz", é um murro no meio da cara. Um peso forte, contrastando com uma voz arrastada em um piano melancólico, enquanto a bateria não abre mão de fortes golpes nos pratos, sem contar nas sonoridades aplicadas num efeito de delay reverso, daquele tipo muito rápido, que lembra alguns sons que Hendrix conseguia em algumas músicas. "Llucmajor" foi a segunda faixa que ouvi através da recomendação do Heitor. Continuam com o piano bem presente desde o início do disco até o fim, mas nesta o piano fica em segundo plano e abre o espaço para o violino, o violão e o trompete. Além do mais, há quebras de tempo surpreendentes e repentinas, que me despertaram da catarse que é o início dessa música. "Vesânia II (Delírio mútuo)", evito até comentar pelo fato de vocês já terem ouvido lá em cima. "Perfume solto" ficou como uma das minhas prediletas pela sua simplicidade e elegância. É suave e leve, com um dedilhado no violão acompanhado de notas soltas no piano e à voz também quase que arrastada, cantando uma das mais belas letras do disco.</div></span><p></p></div><div><div style="text-align: justify;"><br /></div><iframe width="500" height="400" src="http://www.youtube.com/embed/67uQUE68Pp8" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: left;"><span style="text-align: justify; "> No mais, o disco se resume à experiência de ouvi-lo com calma e deixar ser absorvido pela beleza dele. Além disso, não posso deixar de citar o trabalho INCRÍVEL que foram as fotografias e filmagem de Chill Photographie em um portfólio exclusivo para o álbum Desconocidos. Como sou leigo demais nesse assunto, deixarei nos links o trabalho na íntegra juntamente com a letra de cada música. Agora, chega de enrolação, pague logo este disco com um tweet e aproveite! Saravá!</span></div></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div><br /></div><div><a href="http://quartonegro.com.br/">Site Oficial</a></div><div><br /></div><div><a href="http://www.myspace.com/quartonegro">Quarto Negro MySpace</a> </div><div><br /></div><div><a href="http://atelliefotografia.com.br/cultura/musicaholic/quarto-negro-e-chill-photographie/">Chill Photographie - Desconocidos </a></div><div><br /></div><div><a href="http://www.facebook.com/media/set/?set=a.10150372975097427.372024.165618902426&type=3">Desconocido - Letras</a> </div><div><br /></div><div><a href="http://www.paywithatweet.com/pay/connect.php?id=c1170fa752db22d462c3c4039f62f441">Baixe o disco Desconocidos - Pay With A Tweet</a></div>Daniel OIivetrohttp://www.blogger.com/profile/10961096706198597345noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-423649797553026769.post-75311157381005672592012-01-06T12:06:00.001-03:002012-01-06T12:06:21.773-03:00A Taverna Voltará!Aguardem!Daniel OIivetrohttp://www.blogger.com/profile/10961096706198597345noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-423649797553026769.post-64373285055737286982011-03-25T12:12:00.005-03:002012-01-23T11:39:24.774-03:00Guachass - Guachass<div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiELa_ZYDamMh7y1-mxevC5FIVGPbSW_n7_pFg_RL2IbPlDMcNxR-OASQ8kHOQisTn1J4aa7Soq2LcvVAvEUKuk5QeVuSYjKFNm-qksoiiDN1qP4f-QzfxpqQjj-WluVB_QLFswxvFkpbwL/s400/FRONT.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 525px; height: 520px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiELa_ZYDamMh7y1-mxevC5FIVGPbSW_n7_pFg_RL2IbPlDMcNxR-OASQ8kHOQisTn1J4aa7Soq2LcvVAvEUKuk5QeVuSYjKFNm-qksoiiDN1qP4f-QzfxpqQjj-WluVB_QLFswxvFkpbwL/s400/FRONT.jpg" alt="" border="0" /></a>Hard Rock | Uruguay | Riot Grrrl | Indie | Uruguaias gostosas gritando num microfone<br /><br />1 - Dirty Harry<br />2 - White Thunder<br />3 - Pulpo<br />4 - Lulu<br />5 - Motörheadero / Motörslut<br />6 - Psycho-Boy<br /><br /> Eu normalmente chego em casa todo dia depois das 23hrs, direto da faculdade. No ônibus, acabo ouvindo coisas depressivas e calmas porque eu estou destruído, cansado e com um sono de proporções épicas. Eis que hoje assisto a aula da manhã por motivos irrelevantes e saio de lá animado porque chegarei em casa na hora em que normalmente acordo. Pra realmente dar essa animada, resolvi ouvir algo mais contagiante. Procurei na tag HARD ROCK que tinha no iPod e fiquei fuçando lá. Ouvi Black Drawing Chalks, MQN, Hellacopters e Forgotten Boys. Eis que passa o nome Guachass na lista e tento lembrar o que que era. Apenas uma mensagem passou no meu cérebro: uruguaias gostosas tocando hard rock. Era o necessário.<br /><br /> Fui ouvindo isso e batucando o ônibus inteiro. Eu realmente empolgo muito quando ouço músicas animadas no ônibus. Ontem fui ouvindo Lack Of Afro e quando percebi estava estalando os dedos, batendo o pé, balançando a cabeça e assobiando aquele fuzz nervoso. Acontece que a música de Guachass é bem, bem animada. Bateria rápida, riffs destruidores na guitarra, o baixo marcante e a (sensualíssima) voz da vocalista rastejando entre as batidas dos pratos. Fiquei tão animado com a coisa que estou postando essa raridade aqui que possui apenas 376 ouvintes no Last.fm (espero que aumente consideravelmente após essa postagem).<br /><br /><a href="http://userserve-ak.last.fm/serve/500/13167179/Guachass.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 525px; height: 432px;" src="http://userserve-ak.last.fm/serve/500/13167179/Guachass.jpg" alt="" border="0" /></a><br /> Uma amiga minha que me mostrou isso e quando ouvi foi incrível. Porém como toda pessoa, eu tenho minhas fases musicais e acabei abandonando o Hard Rock por outras coisas. Eis que hoje redescubro essa maravilha e posto aqui para vocês conferirem. Para falar a verdade, não achei NADA sobre a banda exceto uma definição (em espanhol) que tem no myspace deles:<br /><br /> "<span style="font-style: italic;">Ahogados en un Montevideo gris, Guachass nace a mediados del 2004 de la necesidad de Camila G. Jettar, Flor B. Ungo y Marian G. Deus por tocar y sentir rock n roll. Las tres chicas de alrededor de 20 años ya habían probado los escenarios del under montevideano en bandas como Tom-Boy (de los primeros grupos de mujeres del país) y Estúpidos. Reclutado Martin (Los Hermanos Montenegro), se concluye la idea. Guachass se mueve con pasos agigantados. Durante el 2005 comparten escenario con Motosierra, Santa Cruz, Hablan por la Espalda, Culpables, Silverados.. En 2006, la formación se hace definitiva con la llegada del nuevo baterista, Federico Mollinari, cabalgador nato de piernas largas hasta el cielo. Este mismo año se dan las primeras visitas de la banda a Buenos Aires, tocando con Los Alamos, Satan Dealers.. Son aplaudidas fluidamente por un público de la vieja escuela que las recibe con respeto. Finales de 2007: la alianza Guachass – Los Natas existe, se concreta con el primer show en Niceto apadrinadas por la banda stoner mas importante de Sudamérica, de resultado exitoso. El combo se repite a lo largo de los años siguientes</span>."<br /><br /> Bem, se você conseguiu entender, tudo bem, se não, eu resumo o som deles em algumas palavras: quebradeira, mosh, mulheres, velocidade, guitarra, mulheres, bebida, bateria, mulheres, etc. Precisamente nesse disco, ou melhor, neste EP, lançado em 2007, o som é focado nessa velocidade que eu disse. É animado e perfeito pra quando você precisa sair por aí balançando a cabeça e esquecendo de todas suas responsabilidades. Seria trilha sonora de uma briga de bêbados em uma taberna. É muito fácil imaginar cadeiras voando, um homem deslizando sobre a mesa do bar e garrafas estourando na cabeça de outro, apenas com o som deste pequeno disco de dezesseis minutos de duração.<br /><br /><a href="http://farm3.static.flickr.com/2562/3982251141_b152f734f5.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 525px; height: 393px;" src="http://farm3.static.flickr.com/2562/3982251141_b152f734f5.jpg" alt="" border="0" /></a><br /> Dirty Harry tem um das composições mais legais do disco. Uma voz sussurada, quase bêbada e a guitarra destruidora que entra aos quase dois minutos de música. Interessante como a música termina em um riff que dá inicío para a outra. Você vai ouvir e pensar que é o fim de Dirty Harry, mas é o começo (na mesma tonalidade) de White Thunder, minha preferida do álbum. Quase quatro minutos de uma voz rouca e cansada cantando uma letra mais do que incrível, acompanhada de riffs nervosos dobrados na guitarra e no baixo. Apesar de serem uruguaias, o disco todo é cantado em inglês, o que facilita o entendimento. Pulpo é instrumental mas nem precisa de letra pra transmitir o rock 'n roll que é tocado na pentatônica feita na Gibson Les Paul de uma das <s>gostosas</s> integrantes. Lulu é a mais pauleira do disco. Um screamo sinistro feito pela vocalista é acompanhado pela voz de uma das <s> também gostosas</s> integrantes. A quinta faixa é também uma das mais pesadas junto com Psycho-Boy, que também é acompanhada por vocais de alguma das <s>també</s>- PAREI, JURO.<br /><br /> Então, uma resenha pequena para vocês de um disco que vai deixar você descabelado e com o pé formigando de tanto imitar um bumbo de bateria. É bem provável que quem gosta das bandas que citei lá em cima vá gostar de Guachass, porque além do peso instrumental e da adrenalina em suas músicas, o fato de serem mulheres (tem um homem na banda mas quem liga?) que fazem esse som é de deixar qualquer guitarristazinho no chinelo e qualquer apreciador do sexo feminino mais chocado ainda, hahaha. Enfim... Bom proveito! Deixo também o myspace do grupo para consulta antecipada do disco oficial deles!<br /><br /><iframe title="YouTube video player" src="http://www.youtube.com/embed/SpSuQSYYY1U" allowfullscreen="" width="525" frameborder="0" height="390"></iframe><br /><br />http://www.myspace.com/guachass<br /><br /><span style="font-style: italic;font-size:130%;" ><a href="http://www.mediafire.com/?hsnh8y306380am7">Download - Mediafire</a></span></div>Daniel OIivetrohttp://www.blogger.com/profile/10961096706198597345noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-423649797553026769.post-76672780897698373662011-03-20T23:36:00.004-03:002013-07-20T17:36:23.645-03:00Godspeed You! Black Emperor - F♯A♯∞<div style="text-align: justify;">
<a href="http://ecx.images-amazon.com/images/I/51sJm0c7DCL.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" src="http://ecx.images-amazon.com/images/I/51sJm0c7DCL.jpg" style="cursor: pointer; display: block; height: 530px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 530px;" /></a>Post Rock | Experimental/Clássic | Ambient | Instrumental<br />
<br />
1 - The Dead Flag Blues<br />
2 - East Hastings<br />
3 - Providence<br />
<br />
<br />
Antes de mais nada, deixe-me listar certas aptidões necessárias para que você, desconhecedor desta banda, consiga apreciar as únicas três músicas contidas neste grande disco:<br />
1º: você tem que gostar (bastante) de post rock;<br />
2º: você tem que ser paciente <s>pra caralho</s>.<br />
<br />
Foi difícil acostumar com o som de Godspeed You! Black Emperor (inteligentemente simplificado em GY!BE) por fatores de fácil entendimento: há uns dois anos comecei a conhecer o tal do post rock. Fui atrás das bandas mais famosas como Mogwai, Explosions In The Sky e Sigur Rós. Acontece que meu amigo Last.FM foi me mostrando toneladas de bandas que seguiam os mesmos padrões sonoros dos grandes nomes do post rock. Apesar de tudo, não é ainda um gênero muito divulgado pelas mídias, então era meio difícil eu conseguir ouvir tudo o que eu queria. Acontece que, sem eu querer, acabei ouvindo GY!BE.<br />
<br />
<a href="http://userserve-ak.last.fm/serve/500/43160217/Godspeed+You+Black+Emperor+godspeedpainting.jpg"><img alt="" border="0" src="http://userserve-ak.last.fm/serve/500/43160217/Godspeed+You+Black+Emperor+godspeedpainting.jpg" style="cursor: pointer; display: block; height: 420px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 530px;" /></a><br />
Acho que o maior fator que contribuiu com o fato d'eu não gostar de GY!BE era que eu não ouvia música clássica. Cheguei a ouvir bastante de Chopin, Brahms, Bach, Beethoven e Mozart quando tocavam umas sessões alemãs numa rádio daqui de Belo Horizonte, exatamente ao meio dia. Isso deve ter uns 4 anos. No meio tempo em que não ouvi nada disso, me desacostumei com músicas de longa duração, típicas da música clássica. Acontece que a maioria das músicas do Godspeed You! tem, em média, vinte minutos. No encarte dos discos vinha, dividido por nome e duração, os "movimentos" de cada faixa. Só pra constar, neste disco são:<br />
<br />
1 - "The Dead Flag Blues" — 16:27<br />
1 - "The Dead Flag Blues (Intro)" — 6:37<br />
2 - "Slow Moving Trains" — 3:33<br />
3 - "The Cowboy..." — 4:17<br />
4 - "The Dead Flag Blues (Outro)" — 2:00<br />
<br />
2 - "East Hastings" — 17:58<br />
1 - "...Nothing's Alrite in Our Life..."/"The Dead Flag Blues" (Reprise) — 1:35<br />
2 - "The Sad Mafioso…" — 10:44<br />
3 - "Drugs in Tokyo" — 3:43<br />
4 - "Black Helicopter" — 1:56<br />
<br />
3 - "Providence" — 29:02<br />
1 - "Divorce & Fever…" — 2:44<br />
2 - "Dead Metheny…" — 8:07<br />
3 - "Kicking Horse on Brokenhill" — 5:53<br />
4 - "String Loop Manufactured During Downpour..." — 4:36<br />
5 - (unlisted segment of silence) — 3:32<br />
6 - "J.L.H. Outro" — 4:08<br />
<br />
Antes de falar do disco, falemos da banda. Foi montada em Montreal, em 94. É praticamente uma orquestra, apesar de quando formada possuir apenas três membros, GY!BE já passou por formações que incluíam 20 pessoas tocando, mas desde 1998 foi oficializada com 9 integrantes. Apesar d'eu caracterizar o som como post rock, GY!BE se diferencia, principalmente, pela experimentação. Trechos de diálogos, sons feitos usando instrumentos atípicos e mash-ups são presentes em praticamente todas suas composições. Essa experimentação fez com que influencias que vem desde a música clássica até o progressivo infiltrassem em suas músicas e definissem o som de Godspeed You! Black Emperor, como uma coisa única... especial.<br />
<br />
<a href="http://userserve-ak.last.fm/serve/500/174399/Godspeed+You+Black+Emperor.jpg"><img alt="" border="0" src="http://userserve-ak.last.fm/serve/500/174399/Godspeed+You+Black+Emperor.jpg" style="cursor: pointer; display: block; height: 402px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 530px;" /></a><br />
Com nove membros, a questão instrumental é quase um mistério. Cada um toca um pouco de tudo, possuindo incrível flexibilidade musical. Além disso, as apresentações contam com efeitos artísticos criados por eles mesmo, chegando até mesmo a chocar o público devido suas tendências pessoais e artísticas refletidas nos shows. Suas letras, presentes em algumas músicas através de diálogos, gravações antigas ou até mesmo trechos de rádio, possúem uma certa inclinação política, já que vários integrantes se definem como anarquistas. A exemplo disto, a primeira faixa desde disco, logo no começo, já mostra o forte sentimento político presente nas composições do grupo. Godspeed You! Black Emperor entrou em hiato no final de 2002 devido a vários motivos, como a existência de projetos paralelos de integrantes do grupo, como "A Silver Mt. Zion", "Fly Pan Am", "Hrsta", e "Set Fire to Flames".<br />
<br />
GY!BE levou a alcunha de uma banda anti-social, pois no começo da carreira evitava entrevistas, mostrando uma certa ignorância com a mídia musical. Com o passar dos anos, adaptaram-se e mostraram-se mais vezes através do guitarrista e tecladista Efrim Menuck, que respondia às entrevistas. Porém, com essa aparição de um único integrante, acabou sendo levado como líder da banda, coisa que ele desmente e explica que todo o trabalho do GY!BE era feito em conjunto. Mas voltando ao som do grupo, possuem violino, cello, cravo e, às vezes, um trompete ou um metalofone. É essa variedade musical que diferencia GY!BE do típico post rock que existe por aí.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiT6mD6jmqeuzVX8r4XjTnGKXeR_p58z74EiEsHrNdr3A8VvlVdxh-BVW9deWs9RHXgEz2LPFPOGZdZ4rXWl5nb2iwzmOsf0xnIrlUUzghqezVi3LAlXwVokzrpepflj0juTO4NRWPaGv0/s1600/10c90f6c7a0a32881d9abd8084b32780_full.jpg"><img alt="" border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiT6mD6jmqeuzVX8r4XjTnGKXeR_p58z74EiEsHrNdr3A8VvlVdxh-BVW9deWs9RHXgEz2LPFPOGZdZ4rXWl5nb2iwzmOsf0xnIrlUUzghqezVi3LAlXwVokzrpepflj0juTO4NRWPaGv0/s1600/10c90f6c7a0a32881d9abd8084b32780_full.jpg" style="cursor: pointer; display: block; height: 396px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 530px;" /></a><br />
F♯A♯∞ é o disco de estreia do GY!BE. Lançado em 1998, pirou a cabeça de todo mundo. É um disco denso. Pesado. Apocalíptico. Anuncia o fim do mundo e as desgraças provenientes de tal acontecimento. Cidades em ruínas. Sociedades destruídas e tudo do pior possível é descrito nas suaves linhas musicais de todo o disco. Não tão suaves, porém... Pois se trata de GY!BE. Sendo assim, o inesperado é a única coisa que você pode esperar deste disco. Como eu disse, possúi um aspecto negativo, apocalíptico, porém pode te surpreender a qualquer momento e te colocar numa situação, digamos... diferente.<br />
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"The Dead Flag Blues" começa sob uma névoa de desconfiança. Então uma voz te leva até uma pequena viagem ao fim do mundo, onde, se você fechar os olhos e seguir a narração, poderá facilmente imaginar-se do lado do homem que narra a história. Depois de um tempo, o ambiente muda e você pode quase imaginar-se em uma praia. A surpresa mesmo fica para os dois minutos finais, que são, no mínimo, bem dançantes. "East Hastings" inicia com uma voz também, mas é uma voz de verdade. É possível ouvir os carros, as buzinas e até a fumaça que sai do ônibus e do cigarro do transeunte. A voz saí de um homem anunciando o fim dos tempos. É meio chocante e dá até uns calafrios. Mais calafrios vem quando a música encontra a voz e tudo se mescla em uma coisa apenas. "Providence" é tocante, divina. Te transpõe e te faz imaginar um lugar totalmente diferente desse seu quarto em que você está lendo isso agora.<br />
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<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="390" src="http://www.youtube.com/embed/cS2BrxcWWZA" title="YouTube video player" width="530"></iframe><br />
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<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="390" src="http://www.youtube.com/embed/D4HbZO8Gbc8" title="YouTube video player" width="530"></iframe><br />
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Coloco aqui a primeira música do disco, o começo e o fim, só pra vocês pereceberem que aquele meu papo de "inesperado" não era enrolaçao. Tente acompanhar a letra, que é bem simples e resumida. Ah, vou deixar de enrolação e deixo aqui o link pra download. Já digo: é bem provável que você não goste de cara, mas seja paciente e veja que no fim das contas você vai ouvir tudo e, quando acabar, vai dar play de novo. Um bom proveito!<br />
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<span style="font-size: 100%;"><a href="https://mega.co.nz/#!RlohCY7B!GFy3azTMMX38vsoYMKoGsjjwa-tp4G_j9f1s9nYJbHU"><b><i>D</i></b>ownload - 87MB</a></span></div>
Daniel OIivetrohttp://www.blogger.com/profile/10961096706198597345noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-423649797553026769.post-70641544111879197322011-03-12T00:22:00.008-03:002013-07-20T17:35:53.093-03:00Gilberto Gil - Gilberto Gil<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWUhRmOP3Qj6M6jt4dDPtwLtmL_SdDaMehy9nBhfO0sDMYn2IkE0MLkaigBHVdJxZ7tUHkMiTgLRCUzBmPGOlDWcDFOa-xuENG18ejVOFHZ90D7K_4CctTtabBu-SwI9QdO8xBA7o0bwg/s640/gilberto-gil-1971.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWUhRmOP3Qj6M6jt4dDPtwLtmL_SdDaMehy9nBhfO0sDMYn2IkE0MLkaigBHVdJxZ7tUHkMiTgLRCUzBmPGOlDWcDFOa-xuENG18ejVOFHZ90D7K_4CctTtabBu-SwI9QdO8xBA7o0bwg/s640/gilberto-gil-1971.jpg" style="cursor: pointer; display: block; height: 500px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 500px;" /></a>Tropicália | Bossa Nova | MPB | Puta disco lindo do caralho<br />
<br />
1 - Nega (Photograph Blues)<br />
2 - Can't Find my Way Home<br />
3 - The Three Mushrooms<br />
4 - Babylon<br />
5 - Volkswagen Blues<br />
6 - Mamma<br />
7 - One O'Clock Last Morning, 20th April 1970<br />
8 - Crazy Pop Rock<br />
9 - Can't Find my Way Home (live)<br />
10 - Up From the Skies (live)<br />
11 - Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band (live)<br />
<br />
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<div style="text-align: justify;">
Estamos de volta! Afinal, todo carnaval tem seu fim. E falando em carnaval, provavelmente a minoria dos leitores da Taverna deve ter tido a oportunidade de conhecer esta clássica festividade em sua época de ascenção, cerca de 50 a 40 anos atrás. O que vemos hoje como a "Velha Guarda" das escolas de samba era a ponta do iceberg de várias mudanças sociais que estavam acontecendo aqui em nossa nação. Não vou dar uma de professor de história e roubar minutos de sua leitura explicando isto, então resumirei a década de 60 em três momentos importantíssimos: A Ditadura Militar, a Invasão Britânica e a Tropicália.<br />
<br />
Do regime militar vocês estão cansados de estudar sobre isso e já sabem que durante tal época, ninguém podia abrir a boca senão acabaria embaixo de sete palmos de terra. Para os leigos, a Invasão Britânica não foi um grupo de barcos ingleses invadindo o Brasil com chás e canhões. A música se resumia ao blues e ao jazz em toda a mídia que divulgava música. Então os Beatles, Stones e aquela cambada toda que seu pai insiste para você ouvir (ouça) revolucionaram o cenário musical de todo o mundo, inclusive aqui na Terra do Pau-Brasil. No final da década de 50 o samba e a bossa nova dominavam os rádios. Porém estes mesmos rádios começaram, a partir de 1963, a tocar <span style="font-style: italic;">Twist And Shout </span>e <span style="font-style: italic;">Route 66</span>. O povo pirou. Os artistas e intelectuais piraram mais ainda, percebendo que a música tomava novos rumos e que o Brasil estava ficando sem identidade musical. Então o bicho pegou.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<a href="http://userserve-ak.last.fm/serve/_/36102377/Gilberto+Gil+1498137067_2df5fe1302.jpg"><img alt="" border="0" src="http://userserve-ak.last.fm/serve/_/36102377/Gilberto+Gil+1498137067_2df5fe1302.jpg" style="cursor: pointer; display: block; height: 250px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 500px;" /></a><span style="font-style: italic;">Um alfajor pra quem acertar o nome de todos.</span></div>
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A quantidade de experimentações que começaram a ser feitas a partir de tal época foi incrível. Coincidentemente, a Ditadura Militar começou. A putaria que estava sendo feita com o povo fez com que manifestações de todo tipo começassem a ser feitas. A música foi um pivô crucial para a disseminação de protestos contra o governo. Porém em 1968 sái o AI-5. A repressão foi brutal. Os artistas que citei alí em cima, que protestavam em suas músicas contra o governo, tinham 3 rumos a tomar: se exilar, ser preso, ou trair o movimento (como o Roberto Carlos fez, rs). Chico Buarque e Caetano são os exemplos de exilados que todo mundo conhece, porém poucos sabem que nosso atual ex-ministro da cultura também esteve uns anos fora de nosso Brasil, se protegendo contra o regime militar e aprendendo durante sua convivência de três anos na Inglaterra.<br />
<br />
Gilberto gravou este disco em 1971. Como eu disse em alguma postagem bem antiga, 1971 foi um puta ano incrível da musica brasileira. Apesar de Gil estar na Inglaterra em tal ano (e cantar todo o disco em inglês), este álbum contribui significantemente para o acervo incrível de obras gravadas em tal ano. Eu até coloco uma tag nos álbuns de tal ano e pretendo ainda postar muitos outros, como o de Erasmo Carlos, Tim Maia, Elis Regina, Tom Zé e toda a trupe tropicalista que tocava o terror nos rádios e na TV. No fundo, este é um disco trabalhado em foco na voz e no violão de Gilberto, contendo, é claro, bateria, contra-baixo e uma guitarra bem nervosa às vezes, rs. Mas antes de ler qualquer coisa, tente tirar esta imagem de Gilberto da sua cabeça:<br />
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<a href="http://userserve-ak.last.fm/serve/500/614804/Gilberto+Gil.jpg"><img alt="" border="0" src="http://userserve-ak.last.fm/serve/500/614804/Gilberto+Gil.jpg" style="cursor: pointer; display: block; height: 330px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 500px;" /></a><br />
Este é o Gilberto de 2009. O cara de que estou falando viveu há exatos quarenta anos atrás. Não tinha tererê no cabelo e não usava terno <s>nem parecia com o Djavan</s>. Este era nosso Gil que importa:<br />
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<a href="http://userserve-ak.last.fm/serve/_/490458/Gilberto+Gil.jpg"><img alt="" border="0" src="http://userserve-ak.last.fm/serve/_/490458/Gilberto+Gil.jpg" style="cursor: pointer; display: block; height: 607px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 500px;" /></a><br />
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Ok. Sabendo disso. Vamos ao disco, hehe! Baixei este disco ha muito tempo pelo excelente sacundibenblog (que sugiro que vocês acessem clicando <a href="http://sacundinbenblog.blogspot.com/">aqui</a>) e fiquei apaixonado de cara. Não só pela toda grandiosidade musical da obra, mas também pelas três faixas inclusas de um show que Gilberto fez no Brasil logo depois de voltar de seu exílio. Na verdade, "Gilberto Gil" tem oito faixas, mas as outras três são tão incríveis que vou mantê-las pra vocês ouvirem. Pra quem imaginava nosso Gilberto como ministro, de terno e sério, vai acabar conhecendo outro totalmente diferente, que toca Hendrix, Traffic e uma versão de Sgt. Peppers onde os saxs foram substituídos pela própria boca de nosso Gil, haha.<br />
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"Nega (Photograph Blues)", resumida em violão, baixo, guitarra e a impecável voz de Gilberto, abre o disco dignamente, mostrando pra quem nunca ouviu o álbum que a qualidade do disco é mais do que alta. A versão gravada de "Can't Find my Way Home" é maravilhosa, apenas ouvindo pra poder tirar suas conclusões. Separo também a deliciosa "Babylon", onde Gil varia tanto o tom da voz que você se pergunta estar ouvindo ao mesmo cantor. Detalhe: você tem que ouvir tudo em um estéreo, senão vai perder a sensação de ouvir o violão em seu ouvido direito e um quase beat-box de Gilberto no outro ouvido. Também separo a bem humorada "Volkswagen Blues", contando a história de um fusquinha que quebrou o galho de Gilberto várias vezes e que, segundo ele, levou-o até a lua.<br />
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<a href="http://userserve-ak.last.fm/serve/_/104614/Gilberto+Gil.jpg"><img alt="" border="0" src="http://userserve-ak.last.fm/serve/_/104614/Gilberto+Gil.jpg" style="cursor: pointer; display: block; height: 646px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 500px;" /></a><br />
Depois da longa aula de história, deixo-os livres para baixarem e curtirem esse álbum magnífico de um cara certamente mal interpretado musicalmente em nossa sociedade atual. Verei se consigo postar mais vezes na Taverna, mas a faculdade está comendo totalmente meu tempo, porém conseguirei vir aqui e mostrar algo bom pra vocês pelo menos uma vez por semana, rs. E não deixem de conferir o blog que citei, pra quem quer conhecer mais da música brasileira, é um pecado não conhecê-lo. Agora baixe, tire a bunda dessa cadeira e saia por aí assobiando Gilberto Gil por aí!<br />
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<span style="font-style: italic; font-weight: bold;"><a href="https://mega.co.nz/#!t5QEnD5J!d3LEnCmPdjgNC7aT4RrFEjBgilUphOStNu_i9arZ_mE">Download - 80MB</a></span></div>
Daniel OIivetrohttp://www.blogger.com/profile/10961096706198597345noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-423649797553026769.post-86225976914495176272011-02-24T12:13:00.006-03:002013-07-05T14:15:39.167-03:00Falcatrua - Falcatrua e o Pau de Arara Espacial<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVh7s2GPpVgusZ4KuUfV_i-88g1V_ZBmdJR1OsnGMeWG3SRILUWhLDdrrvd9p-JmVcUbpuWg2jMzA6w8TvOcFZ0tAYW1WMMQSgF5w1cT3Xwcl7Xtwo2G5srluDgfTq9qKBYJaddxH-xeQ/s400/CAPA_FALCATRUA.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVh7s2GPpVgusZ4KuUfV_i-88g1V_ZBmdJR1OsnGMeWG3SRILUWhLDdrrvd9p-JmVcUbpuWg2jMzA6w8TvOcFZ0tAYW1WMMQSgF5w1cT3Xwcl7Xtwo2G5srluDgfTq9qKBYJaddxH-xeQ/s400/CAPA_FALCATRUA.jpg" style="cursor: pointer; display: block; height: 492px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 500px;" /></a>Alternativo | Blues Rock | Música pra ouvir sozinho no elevador e ficar dançando<br />
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1 - Polo Norte<br />
2 - Pechincha<br />
3 - Longos Dias<br />
4 - Maracutaia<br />
5 - Homem.com<br />
6 - Peso da Vida<br />
7 - Fliperama<br />
8 - A nova<br />
9 - Mequetrefe<br />
10 - Quero saber<br />
11 - Todo Mundo Quer<br />
12 - Tupan-Ran-Tupan<br />
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AEEEE VOLTEI PORRA NÃO ACREDITO. Que felicidade, gente. Sério mesmo, não sei como não consegui lembrar do prazer que é escrever aqui e não voltei logo. Disse que era pausa breve e acabou sendo quase tão grande quanto a última. Podem me culpar, pois no último mês minha vida tem sido um turbilhão. Alcancei minha maioridade e as coisas começaram a chegar no hard, incluindo ter que voltar a trabalhar com minhas aulas de violão, comecei a fazer faculdade (um trampo para arrumar os materiais) e um monte de outras coisas. Porém o que importa é que agora decidi voltar a postar algumas vezes na semana, nem que seja apenas uma, pelo menos para estar sempre mostrando algo novo para meus caros leitores.<br />
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Um dia desses estava voltando da faculdade no maravilhoso horário de 22:30 e, cansado, resolvi botar Explosions In The Sky pra tocar. Porém meu Mal de Parkinson reprimido atacou e por um deslize acabei entrando nas músicas do Falcatrua, o nome abaixo da banda que eu desejava escutar. Tinha tanto tempo que eu não escutava os caras (com exceção de "Longos Dias") que fiquei curioso novamente e resolvi dar uma animada ao som deles. Como é de se esperar, minha reação foi realmente surpresa, pois quando os tinha ouvido não reparei tão bem nos arranjos e nas letras, desvalorizando o valor musical de suas composições. A surpresa foi grata e agradável, tanto é que fui até chegar em casa com este disco que, apesar de ter apenas 35 minutos de duração, é empolgante e animado.<br />
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<a href="http://userserve-ak.last.fm/serve/500/8131/Falcatrua.jpg"><img alt="" border="0" src="http://userserve-ak.last.fm/serve/500/8131/Falcatrua.jpg" style="cursor: pointer; display: block; height: 332px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 500px;" /></a><br />
Falcatrua é uma banda daqui de Belo Horizonte. Infelizmente muito mal reconhecida em alguns pontos, porém cultuada pelos apreciadores de uma música boa. Com dez anos de estrada e, claro, muitas mudanças, Falcatrua é um híbrido, uma comédia e por quê não uma dança? Sua música é animada, crítica e algumas vezes pop. Acho interessante mencionar que os caras são gatos velhos da cena musical daqui de BH, passando por uma discografia que até inclui um tributo a Tim Maia, que pelo visto eles veneram. Além disso, André Miglio, vocalista, possui uma extensa carreira musical com excelentes influenciais que vão até do cinema à política, coisa que a qual tive o prazer de aprender algumas palavras dele num bar após sua apresentação no Parque Municipal em 2010.<br />
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O disco que posto aqui é um exemplar de 2007, se não me engano. É engraçado a história de como ganhei esse álbum pois foi totalmente aleatório. Eu estava no ensino médio e uma rádio foi fazer propaganda (dela mesma) lá no tal colégio. Acontece que eu fui chamado pelo pessoal pra responder um quiz e acabei ganhando uma camisa do Pop Rock 2007 (que nunca usei), uma bic esferográfica e o <span style="font-style: italic;">Falcatrua e o Pau de Arara Espacial</span>. Naquela época eu não sabia bolhufas sobre música e só fui dar importância a esse disco alguns anos depois, quando o achei numa das gavetas enterradas de inutilidades como cartas de Magic e livros roubados da escola. A questão que abordo nessa resenha não é só mostrar o bom lado musical que Falcatrua possui, mas salientar a aguçada capacidade de criticar sem aparentar estar criticando, coisa que você verá ao ouvir o disco.<br />
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<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="405" src="http://www.youtube.com/embed/aGEJfdSOd8M" title="YouTube video player" width="520"></iframe><br />
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Como sempre faço, destaco algumas faixas como "Polo Norte", abrindo o disco com sua deliciosa linha de baixo e uma letra alerta e engraçada, descontraindo-nos do fato de que tal aviso cantado na música também serve para nós. "Pechincha", no vídeo acima, é animada, bem humorada e muito dançante. A única coisa que imagino é balançar a cabeça e sair rindo no meio de uma multidão. O troféu de mais bela fica com Longos Dias. Seu agradável trompete soa em uníssono com a suave guitarra que, por sua vez, estoura em um solo bem blues lá pro dois minutos de música. É incrível, só ouvindo mesmo. Por último, e não menos importante, fica "Homem.com", com a metódica bateria, uma letra muito mais que sagaz e um swing que James Brown teria inveja, haha!<br />
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Bem, de resto é ouvir e curtir a ~dançabilidade~ em potencial que esse disco inflama nas pernas de cada um, rs. Deixo também uns links de acesso a sites relacionados à banda, fica a seu critério entrar ou não, mas é excelente conferir a imensidade do novo projeto de Falcatrua que está saindo agora, rs. Bom proveito a todos e, novamente, peço desculpas pela pausa de quase dois meses e digo que volto daqui uns dias pra postar mais coisa nova para todos. Abraços!<br />
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<span style="font-weight: bold;">Site Oficial: http://falcatrua.com.br/blog</span><br />
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<span style="font-weight: bold;">Myspace: http://www.myspace.com/bandafalcatrua</span><br />
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<span style="font-weight: bold;"><span style="font-size: 130%;"><a href="https://mega.co.nz/#!Rxo0jQ7K!E2fBTgtKbKKWuogmJyJVYRRod-4SkSAZoO--HXJz1N4">Download</a></span></span></div>
Daniel OIivetrohttp://www.blogger.com/profile/10961096706198597345noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-423649797553026769.post-11241414422133845772011-01-14T20:43:00.002-03:002011-01-14T20:52:31.896-03:00Mais um intervalo...<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwlL7UjMFJ5JLyGUdyYcbRXRhb1PQk71NsdAhve5jTEaVtSVD2aNqtX_HRlkQQAHfbACMu4xJaouyXDUjNl9qJIqH1u2LYcPtWlT6nhyFsig4b15mGPGdqTZ8acq3sfAz4uoxa6A6V6u8/s1600/the_persistence_of_memory_1931_salvador_dali.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 500px; height: 374px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwlL7UjMFJ5JLyGUdyYcbRXRhb1PQk71NsdAhve5jTEaVtSVD2aNqtX_HRlkQQAHfbACMu4xJaouyXDUjNl9qJIqH1u2LYcPtWlT6nhyFsig4b15mGPGdqTZ8acq3sfAz4uoxa6A6V6u8/s1600/the_persistence_of_memory_1931_salvador_dali.jpg" alt="" border="0" /></a><br />Galera, novamente peço a paciência de vocês para mais um (desta vez, breve) intervalo nas postagens do blog. O motivo é muito mais do que explicavel, pois nosso querido Tito precisa estudar para o vestibular, que é daqui dez dias.<br /><br />Espero a compreensão.<br />Fui! (:Daniel OIivetrohttp://www.blogger.com/profile/10961096706198597345noreply@blogger.com1