sexta-feira, 25 de março de 2011

Guachass - Guachass

Hard Rock | Uruguay | Riot Grrrl | Indie | Uruguaias gostosas gritando num microfone

1 - Dirty Harry
2 - White Thunder
3 - Pulpo
4 - Lulu
5 - Motörheadero / Motörslut
6 - Psycho-Boy

      Eu normalmente chego em casa todo dia depois das 23hrs, direto da faculdade. No ônibus, acabo ouvindo coisas depressivas e calmas porque eu estou destruído, cansado e com um sono de proporções épicas. Eis que hoje assisto a aula da manhã por motivos irrelevantes e saio de lá animado porque chegarei em casa na hora em que normalmente acordo. Pra realmente dar essa animada, resolvi ouvir algo mais contagiante. Procurei na tag HARD ROCK que tinha no iPod e fiquei fuçando lá. Ouvi Black Drawing Chalks, MQN, Hellacopters e Forgotten Boys. Eis que passa o nome Guachass na lista e tento lembrar o que que era. Apenas uma mensagem passou no meu cérebro: uruguaias gostosas tocando hard rock. Era o necessário.

      Fui ouvindo isso e batucando o ônibus inteiro. Eu realmente empolgo muito quando ouço músicas animadas no ônibus. Ontem fui ouvindo Lack Of Afro e quando percebi estava estalando os dedos, batendo o pé, balançando a cabeça e assobiando aquele fuzz nervoso. Acontece que a música de Guachass é bem, bem animada. Bateria rápida, riffs destruidores na guitarra, o baixo marcante e a (sensualíssima) voz da vocalista rastejando entre as batidas dos pratos. Fiquei tão animado com a coisa que estou postando essa raridade aqui que possui apenas 376 ouvintes no Last.fm (espero que aumente consideravelmente após essa postagem).


      Uma amiga minha que me mostrou isso e quando ouvi foi incrível. Porém como toda pessoa, eu tenho minhas fases musicais e acabei abandonando o Hard Rock por outras coisas. Eis que hoje redescubro essa maravilha e posto aqui para vocês conferirem. Para falar a verdade, não achei NADA sobre a banda exceto uma definição (em espanhol) que tem no myspace deles:

      "Ahogados en un Montevideo gris, Guachass nace a mediados del 2004 de la necesidad de Camila G. Jettar, Flor B. Ungo y Marian G. Deus por tocar y sentir rock n roll. Las tres chicas de alrededor de 20 años ya habían probado los escenarios del under montevideano en bandas como Tom-Boy (de los primeros grupos de mujeres del país) y Estúpidos. Reclutado Martin (Los Hermanos Montenegro), se concluye la idea. Guachass se mueve con pasos agigantados. Durante el 2005 comparten escenario con Motosierra, Santa Cruz, Hablan por la Espalda, Culpables, Silverados.. En 2006, la formación se hace definitiva con la llegada del nuevo baterista, Federico Mollinari, cabalgador nato de piernas largas hasta el cielo. Este mismo año se dan las primeras visitas de la banda a Buenos Aires, tocando con Los Alamos, Satan Dealers.. Son aplaudidas fluidamente por un público de la vieja escuela que las recibe con respeto. Finales de 2007: la alianza Guachass – Los Natas existe, se concreta con el primer show en Niceto apadrinadas por la banda stoner mas importante de Sudamérica, de resultado exitoso. El combo se repite a lo largo de los años siguientes."

      Bem, se você conseguiu entender, tudo bem, se não, eu resumo o som deles em algumas palavras: quebradeira, mosh, mulheres, velocidade, guitarra, mulheres, bebida, bateria, mulheres, etc. Precisamente nesse disco, ou melhor, neste EP, lançado em 2007, o som é focado nessa velocidade que eu disse. É animado e perfeito pra quando você precisa sair por aí balançando a cabeça e esquecendo de todas suas responsabilidades. Seria trilha sonora de uma briga de bêbados em uma taberna. É muito fácil imaginar cadeiras voando, um homem deslizando sobre a mesa do bar e garrafas estourando na cabeça de outro, apenas com o som deste pequeno disco de dezesseis minutos de duração.


      Dirty Harry tem um das composições mais legais do disco. Uma voz sussurada, quase bêbada e a guitarra destruidora que entra aos quase dois minutos de música. Interessante como a música termina em um riff que dá inicío para a outra. Você vai ouvir e pensar que é o fim de Dirty Harry, mas é o começo (na mesma tonalidade) de White Thunder, minha preferida do álbum. Quase quatro minutos de uma voz rouca e cansada cantando uma letra mais do que incrível, acompanhada de riffs nervosos dobrados na guitarra e no baixo. Apesar de serem uruguaias, o disco todo é cantado em inglês, o que facilita o entendimento. Pulpo é instrumental mas nem precisa de letra pra transmitir o rock 'n roll que é tocado na pentatônica feita na Gibson Les Paul de uma das gostosas integrantes. Lulu é a mais pauleira do disco. Um screamo sinistro feito pela vocalista é acompanhado pela voz de uma das também gostosas integrantes. A quinta faixa é também uma das mais pesadas junto com Psycho-Boy, que também é acompanhada por vocais de alguma das també- PAREI, JURO.

      Então, uma resenha pequena para vocês de um disco que vai deixar você descabelado e com o pé formigando de tanto imitar um bumbo de bateria. É bem provável que quem gosta das bandas que citei lá em cima vá gostar de Guachass, porque além do peso instrumental e da adrenalina em suas músicas, o fato de serem mulheres (tem um homem na banda mas quem liga?) que fazem esse som é de deixar qualquer guitarristazinho no chinelo e qualquer apreciador do sexo feminino mais chocado ainda, hahaha. Enfim... Bom proveito! Deixo também o myspace do grupo para consulta antecipada do disco oficial deles!



http://www.myspace.com/guachass

Download - Mediafire

domingo, 20 de março de 2011

Godspeed You! Black Emperor - F♯A♯∞

Post Rock | Experimental/Clássic | Ambient | Instrumental

1 - The Dead Flag Blues
2 - East Hastings
3 - Providence


      Antes de mais nada, deixe-me listar certas aptidões necessárias para que você, desconhecedor desta banda, consiga apreciar as únicas três músicas contidas neste grande disco:
1º: você tem que gostar (bastante) de post rock;
2º: você tem que ser paciente pra caralho.

      Foi difícil acostumar com o som de Godspeed You! Black Emperor (inteligentemente simplificado em GY!BE) por fatores de fácil entendimento: há uns dois anos comecei a conhecer o tal do post rock. Fui atrás das bandas mais famosas como Mogwai, Explosions In The Sky e Sigur Rós. Acontece que meu amigo Last.FM foi me mostrando toneladas de bandas que seguiam os mesmos padrões sonoros dos grandes nomes do post rock. Apesar de tudo, não é ainda um gênero muito divulgado pelas mídias, então era meio difícil eu conseguir ouvir tudo o que eu queria. Acontece que, sem eu querer, acabei ouvindo GY!BE.


      Acho que o maior fator que contribuiu com o fato d'eu não gostar de GY!BE era que eu não ouvia música clássica. Cheguei a ouvir bastante de Chopin, Brahms, Bach, Beethoven e Mozart quando tocavam umas sessões alemãs numa rádio daqui de Belo Horizonte, exatamente ao meio dia. Isso deve ter uns 4 anos. No meio tempo em que não ouvi nada disso, me desacostumei com músicas de longa duração, típicas da música clássica. Acontece que a maioria das músicas do Godspeed You! tem, em média, vinte minutos. No encarte dos discos vinha, dividido por nome e duração, os "movimentos" de cada faixa. Só pra constar, neste disco são:

1 - "The Dead Flag Blues" — 16:27
      1 - "The Dead Flag Blues (Intro)" — 6:37
      2 - "Slow Moving Trains" — 3:33
      3 - "The Cowboy..." — 4:17
      4 - "The Dead Flag Blues (Outro)" — 2:00

2 - "East Hastings" — 17:58
      1 - "...Nothing's Alrite in Our Life..."/"The Dead Flag Blues" (Reprise) — 1:35
      2 - "The Sad Mafioso…" — 10:44
      3 - "Drugs in Tokyo" — 3:43
      4 - "Black Helicopter" — 1:56

3 - "Providence" — 29:02
      1 - "Divorce & Fever…" — 2:44
      2 - "Dead Metheny…" — 8:07
      3 - "Kicking Horse on Brokenhill" — 5:53
      4 - "String Loop Manufactured During Downpour..." — 4:36
      5 - (unlisted segment of silence) — 3:32
      6 - "J.L.H. Outro" — 4:08

      Antes de falar do disco, falemos da banda. Foi montada em Montreal, em 94. É praticamente uma orquestra, apesar de quando formada possuir apenas três membros, GY!BE já passou por formações que incluíam 20 pessoas tocando, mas desde 1998 foi oficializada com 9 integrantes. Apesar d'eu caracterizar o som como post rock, GY!BE se diferencia, principalmente, pela experimentação. Trechos de diálogos, sons feitos usando instrumentos atípicos e mash-ups são presentes em praticamente todas suas composições. Essa experimentação fez com que influencias que vem desde a música clássica até o progressivo infiltrassem em suas músicas e definissem o som de Godspeed You! Black Emperor, como uma coisa única... especial.


      Com nove membros, a questão instrumental é quase um mistério. Cada um toca um pouco de tudo, possuindo incrível flexibilidade musical. Além disso, as apresentações contam com efeitos artísticos criados por eles mesmo, chegando até mesmo a chocar o público devido suas tendências pessoais e artísticas refletidas nos shows. Suas letras, presentes em algumas músicas através de diálogos, gravações antigas ou até mesmo trechos de rádio, possúem uma certa inclinação política, já que vários integrantes se definem como anarquistas. A exemplo disto, a primeira faixa desde disco, logo no começo, já mostra o forte sentimento político presente nas composições do grupo. Godspeed You! Black Emperor entrou em hiato no final de 2002 devido a vários motivos, como a existência de projetos paralelos de integrantes do grupo, como "A Silver Mt. Zion", "Fly Pan Am", "Hrsta", e "Set Fire to Flames".

      GY!BE levou a alcunha de uma banda anti-social, pois no começo da carreira evitava entrevistas, mostrando uma certa ignorância com a mídia musical. Com o passar dos anos, adaptaram-se e mostraram-se mais vezes através do guitarrista e tecladista Efrim Menuck, que respondia às entrevistas. Porém, com essa aparição de um único integrante, acabou sendo levado como líder da banda, coisa que ele desmente e explica que todo o trabalho do GY!BE era feito em conjunto. Mas voltando ao som do grupo, possuem violino, cello, cravo e, às vezes, um trompete ou um metalofone. É essa variedade musical que diferencia GY!BE do típico post rock que existe por aí.


      F♯A♯∞ é o disco de estreia do GY!BE. Lançado em 1998, pirou a cabeça de todo mundo. É um disco denso. Pesado. Apocalíptico. Anuncia o fim do mundo e as desgraças provenientes de tal acontecimento. Cidades em ruínas. Sociedades destruídas e tudo do pior possível é descrito nas suaves linhas musicais de todo o disco. Não tão suaves, porém... Pois se trata de GY!BE. Sendo assim, o inesperado é a única coisa que você pode esperar deste disco. Como eu disse, possúi um aspecto negativo, apocalíptico, porém pode te surpreender a qualquer momento e te colocar numa situação, digamos... diferente.

      "The Dead Flag Blues" começa sob uma névoa de desconfiança. Então uma voz te leva até uma pequena viagem ao fim do mundo, onde, se você fechar os olhos e seguir a narração, poderá facilmente imaginar-se do lado do homem que narra a história. Depois de um tempo, o ambiente muda e você pode quase imaginar-se em uma praia. A surpresa mesmo fica para os dois minutos finais, que são, no mínimo, bem dançantes. "East Hastings" inicia com uma voz também, mas é uma voz de verdade. É possível ouvir os carros, as buzinas e até a fumaça que sai do ônibus e do cigarro do transeunte. A voz saí de um homem anunciando o fim dos tempos. É meio chocante e dá até uns calafrios. Mais calafrios vem quando a música encontra a voz e tudo se mescla em uma coisa apenas. "Providence" é tocante, divina. Te transpõe e te faz imaginar um lugar totalmente diferente desse seu quarto em que você está lendo isso agora.





      Coloco aqui a primeira música do disco, o começo e o fim, só pra vocês pereceberem que aquele meu papo de "inesperado" não era enrolaçao. Tente acompanhar a letra, que é bem simples e resumida. Ah, vou deixar de enrolação e deixo aqui o link pra download. Já digo: é bem provável que você não goste de cara, mas seja paciente e veja que no fim das contas você vai ouvir tudo e, quando acabar, vai dar play de novo. Um bom proveito!

Download - 87MB

sábado, 12 de março de 2011

Gilberto Gil - Gilberto Gil

Tropicália | Bossa Nova | MPB | Puta disco lindo do caralho

1 - Nega (Photograph Blues)
2 - Can't Find my Way Home
3 - The Three Mushrooms
4 - Babylon
5 - Volkswagen Blues
6 - Mamma
7 - One O'Clock Last Morning, 20th April 1970
8 - Crazy Pop Rock
9 - Can't Find my Way Home (live)
10 - Up From the Skies (live)
11 - Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band (live)


      Estamos de volta! Afinal, todo carnaval tem seu fim. E falando em carnaval, provavelmente a minoria dos leitores da Taverna deve ter tido a oportunidade de conhecer esta clássica festividade em sua época de ascenção, cerca de 50 a 40 anos atrás. O que vemos hoje como a "Velha Guarda" das escolas de samba era a ponta do iceberg de várias mudanças sociais que estavam acontecendo aqui em nossa nação. Não vou dar uma de professor de história e roubar minutos de sua leitura explicando isto, então resumirei a década de 60 em três momentos importantíssimos: A Ditadura Militar, a Invasão Britânica e a Tropicália.

      Do regime militar vocês estão cansados de estudar sobre isso e já sabem que durante tal época, ninguém podia abrir a boca senão acabaria embaixo de sete palmos de terra. Para os leigos, a Invasão Britânica não foi um grupo de barcos ingleses invadindo o Brasil com chás e canhões. A música se resumia ao blues e ao jazz em toda a mídia que divulgava música. Então os Beatles, Stones e aquela cambada toda que seu pai insiste para você ouvir (ouça) revolucionaram o cenário musical de todo o mundo, inclusive aqui na Terra do Pau-Brasil. No final da década de 50 o samba e a bossa nova dominavam os rádios. Porém estes mesmos rádios começaram, a partir de 1963, a tocar Twist And Shout e Route 66. O povo pirou. Os artistas e intelectuais piraram mais ainda, percebendo que a música tomava novos rumos e que o Brasil estava ficando sem identidade musical. Então o bicho pegou.

Um alfajor pra quem acertar o nome de todos.


      A quantidade de experimentações que começaram a ser feitas a partir de tal época foi incrível. Coincidentemente, a Ditadura Militar começou. A putaria que estava sendo feita com o povo fez com que manifestações de todo tipo começassem a ser feitas. A música foi um pivô crucial para a disseminação de protestos contra o governo. Porém em 1968 sái o AI-5. A repressão foi brutal. Os artistas que citei alí em cima, que protestavam em suas músicas contra o governo, tinham 3 rumos a tomar: se exilar, ser preso, ou trair o movimento (como o Roberto Carlos fez, rs). Chico Buarque e Caetano são os exemplos de exilados que todo mundo conhece, porém poucos sabem que nosso atual ex-ministro da cultura também esteve uns anos fora de nosso Brasil, se protegendo contra o regime militar e aprendendo durante sua convivência de três anos na Inglaterra.

      Gilberto gravou este disco em 1971. Como eu disse em alguma postagem bem antiga, 1971 foi um puta ano incrível da musica brasileira. Apesar de Gil estar na Inglaterra em tal ano (e cantar todo o disco em inglês), este álbum contribui significantemente para o acervo incrível de obras gravadas em tal ano. Eu até coloco uma tag nos álbuns de tal ano e pretendo ainda postar muitos outros, como o de Erasmo Carlos, Tim Maia, Elis Regina, Tom Zé e toda a trupe tropicalista que tocava o terror nos rádios e na TV. No fundo, este é um disco trabalhado em foco na voz e no violão de Gilberto, contendo, é claro, bateria, contra-baixo e uma guitarra bem nervosa às vezes, rs. Mas antes de ler qualquer coisa, tente tirar esta imagem de Gilberto da sua cabeça:


      Este é o Gilberto de 2009. O cara de que estou falando viveu há exatos quarenta anos atrás. Não tinha tererê no cabelo e não usava terno nem parecia com o Djavan. Este era nosso Gil que importa:



      Ok. Sabendo disso. Vamos ao disco, hehe! Baixei este disco ha muito tempo pelo excelente sacundibenblog (que sugiro que vocês acessem clicando aqui) e fiquei apaixonado de cara. Não só pela toda grandiosidade musical da obra, mas também pelas três faixas inclusas de um show que Gilberto fez no Brasil logo depois de voltar de seu exílio. Na verdade, "Gilberto Gil" tem oito faixas, mas as outras três são tão incríveis que vou mantê-las pra vocês ouvirem. Pra quem imaginava nosso Gilberto como ministro, de terno e sério, vai acabar conhecendo outro totalmente diferente, que toca Hendrix, Traffic e uma versão de Sgt. Peppers onde os saxs foram substituídos pela própria boca de nosso Gil, haha.

      "Nega (Photograph Blues)", resumida em violão, baixo, guitarra e a impecável voz de Gilberto, abre o disco dignamente, mostrando pra quem nunca ouviu o álbum que a qualidade do disco é mais do que alta. A versão gravada de "Can't Find my Way Home" é maravilhosa, apenas ouvindo pra poder tirar suas conclusões. Separo também a deliciosa "Babylon", onde Gil varia tanto o tom da voz que você se pergunta estar ouvindo ao mesmo cantor. Detalhe: você tem que ouvir tudo em um estéreo, senão vai perder a sensação de ouvir o violão em seu ouvido direito e um quase beat-box de Gilberto no outro ouvido. Também separo a bem humorada "Volkswagen Blues", contando a história de um fusquinha que quebrou o galho de Gilberto várias vezes e que, segundo ele, levou-o até a lua.


      Depois da longa aula de história, deixo-os livres para baixarem e curtirem esse álbum magnífico de um cara certamente mal interpretado musicalmente em nossa sociedade atual. Verei se consigo postar mais vezes na Taverna, mas a faculdade está comendo totalmente meu tempo, porém conseguirei vir aqui e mostrar algo bom pra vocês pelo menos uma vez por semana, rs. E não deixem de conferir o blog que citei, pra quem quer conhecer mais da música brasileira, é um pecado não conhecê-lo. Agora baixe, tire a bunda dessa cadeira e saia por aí assobiando Gilberto Gil por aí!


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