sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Mais um intervalo...


Galera, novamente peço a paciência de vocês para mais um (desta vez, breve) intervalo nas postagens do blog. O motivo é muito mais do que explicavel, pois nosso querido Tito precisa estudar para o vestibular, que é daqui dez dias.

Espero a compreensão.
Fui! (:

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

The Band - Music From Big Pink

Country Rock | Blues-Rock | 60's | Fucking good music | Musicians of Doom

  1. Tears Of Rage
  2. To Kingdom Come
  3. In a Station
  4. Caledonia Mission
  5. The Weight
  6. We Can Talk
  7. Long Black Veil
  8. Chest Fever
  9. Lonesome Suzie
  10. This Wheel's On Fire
  11. I Shall Be Released
      POSTEI NA TAVERNA AEAEAEAEAE. A Taverna tirou férias por um tempitcho, devido a ocorrência dos vestibulares e coisas de menino tentando virar gente. Mas isso tudo o Daniel explicou.
Tem tempo que eu num posto nada.... Até fui o ultimo a postar! Postei o Dark Side Of The Moon!! Que belezura, voltar com The Band então vai ser bacana...
O Daniel postou Tom Waits para a grande volta e eu vou botar uma banda de rock classico, que faz um rock bem calmo e bacana para limpar nossos ouvidos para a volta da Taverna.

      Vou contar sobre a banda então:
      The Band foi um conjunto da decada de 60, formado por quatro canadenses: Robbie Robertson (Guitarra, Piano e Vocais), Richard Manuel (piano, gaita, bateria, saxofone, orgão e vocais), Garth Hudson (orgão, piano, clavinete, acordeão, sintetizador, saxofone) e Richard Danko (baixo, violino, trombone e vocais). E um estadunidense: Levon Helm (bateria, bandolim, guitarra, baixo e vocais). Pronto. Num sei se você leitor reparou, mas toda turminha dessa banda é multi-instrumentista e quase todos cantam também!
The Band foi uma banda que fez um respectivo sucesso no meio artistico, mas se olhar a quantidade de pessoas que conhecem, da pra ver que não são muitos. Mas voltando ao meio artistico, todo mundo amava esses caras, até o proprio Bob Dylan.

      Dylan amou tanto os gajos que até saiu em turnê e gravou dois discos com eles. Os dois altamente aclamados pela critica. Outra jeito que levou The Band ao sucesso foi a escolha da musica "The Weight" para a trilha sonora de "Easy Rider - Sem Destino" filme que marcou os anos 60, a geração Beat e a geração Hippie. Mas voltando a esse disco. Num tenho muita coisa a dizer sobre esse disco não, so que ele é uma obra-prima, uma obra altamente aclamada dos anos 60 e vale muito a pena ouvir com cuidado.



      Pronto. Ouçam o disco e vejam o quanto você pode ser pouco musico perto desses caras.
      O post foi curtinho porquê eu fiquei meio desacostumado com escrever e essas coisas, mas nas proximas vezes eu escrevo melhor. E me desculpe pela falta de acentos e coisas assim, pois estou escrevendo de um notebook onde não tem acentos e os que tem não me obedecem. Abs.

Mediafire: The Band - Music From Big Pink

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Tom Waits - Small Changes (e um monólogo de desculpas)

Piano | Jazz Experimental | Blues (?) | DEUS

1 - Tom Traubert's Blues (Four Sheets to the Wind in Cophenhagen)
2 - Step Right Up
3 - Jitterbug Boy
4 - I Wish I Was in New Orleans (In the Ninth Ward)
5 - The Piano Has Been Drinking (Not Me)
6 - Invitation to the Blues
7 - Pasties and a G-String (At the Two O'clock Club)
8 - Bad Liver and a Broken Heart (In Lowell)
9 - The One That Got Away
10 - Small Change (Got Rained on with His Own)
11 - I Can't Wait to Get Off Work (And See My Baby on Montgomery Avenue)


AE AE QUE EMOÇÃO. A TAVERNA ESTÁ DE VOLTA! (tava na hora, porra)

Caramba, que nostalgia é postar aqui. Dois meses me deixaram desacostumado com o blog e quando resolvo postar sinto uma felicidade tão grande que é meio difícil de explicar. Sério. Cheguei a receber email de gente perguntando se o blog não voltaria ou se eu/tito morremos ou se simplesmente fui morar numa caverna. Mas não! Oe Oe, a Taverna está de volta com força total agora! Explicarei em poucas linhas (aham!) as diversas razões para o afastamento deste sucinto local.

Tendo praticamente dois meses da última postagem, Dark Side Of The Moon, do Tito, um período de incríveis coisas intermediou-se até aqui. Tivemos as provas vestibulares e, por incrível que pareça, este ser boçal foi aprovado pro curso de Design Gráfico na UEMG (digamos que nasci com a bunda virada pra lua). Isso tem mais ou menos umas duas ou três semanas. Daí decidi que, mesmo com a possibilidade de passar na UFMG, optarei pelo design por diversos motivos como, por exemplo, o horário extremamente cômodo para mim. Parei e pensei: poxa, agora não vou ter que fazer mais NADA até fevereiro, voltarei a postar na Taverna! Acontece que me empolguei demais em baixar filmes e ler, esquecendo totalmente da empoeirada Taverna.

Culpe Tarkovsky pela minha ausência.

Foda-se. Estamos de volta. Agora é só felicidade! Falando nisso, o disco que posto aqui é praticamente o oposto disso. Tom Waits, acho que como todos que liam aqui sabem, é um dos sujeitos que mais admiro, independente se for na música ou no cinema, o cara é incrível. Até nos shows ele sabe atuar. Eis que este disco me cativou nos últimos tempos (tanto é que se você fuçar no meu last.fm vai ver que esse maldito ultrapassou, em muito, os barbudos) por uma das singularidades que Waits apresenta em cada um dos seus discos. Foi subindo no meu conceito e agora o vejo como o maior exemplar do jazz de todos os seus discos, exceto, é claro, o One From The Heart, trilha sonora pra um dos filmes do Coppola.

Temos que levar em conta que Tom Waits gravava na Asylum, uma gravadora que na época trabalhava com força com pessoas que mixavam o jazz nas composições. Em 1976 Waits soltou esse disco e, de certa forma, chocou quem esperava algo como o Closing Time, disco dele de 1973, também da Asylum, porque este, meu caro, é jazz sim, mas um jazz diferente. Experimental. Pra você entender o choque que esse disco criou, você tem que conhecer o Closing Time, um disco de apenas três anos antes do lançamento deste. Quem ouvir o Small Changes de cara, vai dizer que é, provavelmente, um disco da década de 90 ou até mesmo dos 00's, porque vai ficar com memoráveis faixas como Step Right Up e Pasties and a G-String, que são composições extremamente experimentais e com conteúdo crítico, coisa que Waits ainda não tinha colocado em nenhuma obra sua (lembre-se das músicas melosas do primeiro disco).


Apesar desse experimentalismo inovador, Waits mantêm seu clássico piano na maioria das músicas, dando uma certa nostalgia ao tocar com suas letras depressivas e existenciais depois de uma turbulência de Step Right Up. De certa forma, Tom não larga suas origens nem no ápice do experimental como nos discos Rain Dogs e Bone Machine. O diferencial em Small Changes é exatamente esse hibridismo na obra, contrastando ora uma música composta apenas por um tambor, ora com saxofones, pianos e contra-baixos. Sem mais enrolação, falemos agora das músicas.

Waits consegue abrir o disco de uma forma meio, hmm... diferente. Intertextualiza (com força) com Waltzing Matilda, uma canção folclória australiana, colocando uma forca na tradição e transformando-a em uma depressiva canção de bêbado de rua. Step Right Up, seguindo, DESTRÓI a imagem do disco que você tinha. Um baixo constante, bateria rápida e um saxofone gritando no estéreo esquerdo. Além disso, uma letra incrívelmente crítica e, de certa forma, cômica, pois aborta o consumismo e o imediatismo humano dos últimos tempos ironicamente, como em: "Você precisa de perfume? Nós temos o perfume! Que tal um anel de noivado?" Então pulamos para a terceira faixa, uma de minhas preferidas.


Memórias e desejos saem de Jitterbug Boy. É linda. Piano e Tom Waits não dá pra sair algo ruim. Além da melodia, uma letra incrivel, tocante e absurda também... Ou será possível que a Marilyn Monroe tomou um salutar café da manhã no olho de um furacão? Seguindo a linha da memória, I Wish I Was in New Orleans é uma canção de saudade e desejo, já que Tom é fã de Louis Armstrong (que também, em Jitterbug Boy, se droga com o próprio Waits!) e lá onde foi que o bluesman viveu parte de sua vida. The Piano Has Been Drinking é um confissão de solidão. Waits joga toda sua culpa e tristeza em cima do coitado objeto de teclas brancas e negras. Evito comentar mais dessa música pois sugiro a incrível interpretação da letra pelos caras do Tom Waits Traduções Ltda. (clique pra acessar, derp).

Ainda na linha do piano, Tom nos convida para dar um passeio pelo seu blues em, claro, Invitation to the Blues. A sétima faixa nos pega de surpresa após o blues desta citada há pouco, pois só tem um tambor. Só. Haha, mas não deixa de possuir uma beleza indescritível da inocência desse (na época) jovem. Separo, por último mas não menos importante, a imponente The One That Got Away, que começa com um contra-baixo destruidor na companhia de simples estalares de dedos. Após isso vem o grave Tom de Waits e, claro, um saxofone. A partir daí é só prestar atenção no protesto sussurado e entrar no balanço do blues.

Um homem de megafone no deserto.


Bem, já falei demais. Agora vá baixar e ouvir esse deus gravado e entre no swing que emana de cada segundo deste disco.
Bom proveito!

Download - Small Changes