segunda-feira, 13 de maio de 2013

Sleepy Sun - Fever


Psicodélico | Experimental | Post Rock | Folk | Jefferson Airplane + Led + Ácido


1 - Marina
2 - Rigamaroo
3 - Wild Machines
4 - Ooh Boy
5 - Acid Love
6 - Desert God
7 - Open Eyes
8 - Freedom Line
9 -Sandstorm Woman


      Olá taverneiros! Quanto tempo, não? Foi um puta ano, sem sombra de dúvidas. O ano que mais cresci musicalmente, sem sombra de dúvidas. Peço desculpas pela ausência por tantos e tantos meses, mas a experiência da vida foi intensa e, digamos, exageradamente agradável. Eis um resumo: saí da casa da minha mãe em julho do ano passado e fui morar em uma república com vários amigos meus. Morei la por uns seis, sete meses, criei dois gatos, descobri bandas incríveis e consegui um puta repertório para apresentar nessa volta ao blog. Agradeço a uma moça (se estiver lendo, Gabi, obrigado!) por me reanimar a voltar com a taverna. Eis aqui então, vamos la?

      A uns meses eu e mais dois amigos tivemos a intensa ideia de montar uma banda de funk (depois contarei mais sobre isso, hehe) e um deles me apresentou um cara aqui de Belo Horizonte que iria cantar com a gente. Além de todas as viagens musicais que tivemos e as ideias incríveis que conversamos, esse cara, Paco é o nome dele, me mandou o link de um show dessa banda ai, Sleepy Sun. Curiosamente eu vi tudo de uma vez. 41 minutos de show que me deixaram surpreso de uma maneira que pouquíssimas bandas me deixaram. Um jogo de luzes incrível, um repertório alucinante, a guitarra com aqueles delays absurdos que me lembram um solo do Gilmour, sem contar a voz indescritível da vocalista, que tem um alcance muito, muito grande. Se tiverem paciência, este é o show:




      O show foi em Amsterdã, pra surpresa geral, haha. As palas da vocalista já valem a banda inteira, além da voz dela. As músicas tem uma carregada lenta que disparam em uns vocais rasgados em conjunto com uma guitarra embebida de fuzz, quebrando junto com a bateria pesada. Nesse show não tocaram nenhuma das músicas acústicas que tem em Fever, que não são piores que essas quebradeiras ao vivo, porém, sim, tem uma pegada característica de Fleet Foxes e Jefferson Airplane.  O mais incrível são as jams e improvisações que rolam no meio do palco, no meio do show, naquele melhor estilo do Cream (que também é conteúdo pros próximos posts) de improvisar: acabando o refrão e aí só para o improviso quando cansar mesmo.

      Sleepy Sun é uma banda de San Francisco, na Califórnia. Nasceu em 2008 e lançou o primeiro álbum deles, Embrace, no ano seguinte. Um puta disco também, mas foi em 2010 que a produção deles floresceu nesse disco aqui, Fever. Os vocais são divididos entre Brat Constantino, o vocalista com bigodinho hipster, e Rachel Fannan, que tem um timbre muito interessante (parece com a vocalista de Jennifer Lo-Fi, banda paulista) e um alcance vocal absurdo, uns líricos bem altos. Infelizmente ela saiu da banda depois da gravação desse álbum, em 2010, por desentendimentos com os outros integrantes da banda.



      Duas guitarras, uma mais base e a outra recheada de delays e fuzzes e tremolos, que viaja nas linhas sólidas pelo baixo, segurando todo o ritmo e melodia pro resto do grupo. O vocalista bigodudo também tem as manhãs na gaita, muito presente no disco de 2010. Além disso, lançaram no ano passado Spine Hits, disco já sem a participação da Rachel Fannan, cujo o qual nem escutei ainda porque, na moral mesmo, a vocalista é que era a imagem da banda. Me limitei a assistir uns shows deles a partir da saída da moça e meu julgamento foi bem correto: faltou um pedaço no palco sem Fannan nos vocais. Contudo, Rachel partiu para alguns projetos solos que são até bem interessantes, quem quiser dar uma olhada no tumblr, tem várias atualizações de composições e gravações dela (http://rachelfannan.tumblr.com/).


      Fever é um disco completo. Tem do blues ao post rock e do folk ao improviso total. É uma bela mistura de gaitas, um baixo com uma linha sólida, constante, propensa à viagem instrumental da guitarra e das vozes. Comentei várias vezes com uns amigos sobre como que as músicas desse disco são fritações constantes em notas repetidas. Pode parecer estranho, mas quando a música retoma seu caminho ao fim da repetição, é uma sensação prazerosa. Dou atenção pra Marina, primeira faixa do disco, que começa com uma guitarra bezuntada em fuzz, que leva pra um groove tranquilo, calmo, montanhoso igual Fleet Foxes. O vocal feminino acalma tudo enquanto a guitarra pesada volta e bagunça tudo. E quando você pensa que não, entra uma gaita.




      Dou atenção também às quatro últimas faixas do álbum, que ouvi com muito cuidado dezenas de vezes e viajei, literalmente, em todas as vezes. Desert God é impossível. Começa com uma carregada tranquila e grave, guiada pela guitarra bem limpa e tambores tocados suavemente. Ouça até 2:42 e juro que é impossível deixar de ouvir o resto, sério. Open Eyes e a última música, Sandstorm Woman, possuem um riff bem parecido, porém um mais rápido e o outro mais lento, sendo que a música que fecha o disco tem quase dez minutos e é recheada de improvisos de gaita e guitarra. 

      Espero que gostem desse retorno, vou ver se consigo postar mais aqui na Taverna, realmente estava com saudades daqui. Não estou estudando mais design, mas larguei o curso e estudo filosofia na UFMG, então devo arranjar um tempo livre pra conseguir manter vocês atualizados e com bandas para conhecer, hehe. O e-mail da taverna foi desativado por falta de uso, então qualquer coisa podem enviar um e-mail para Dolivetro@gmail.com que respondo assim que possível. Em relação aos links pra download e os posts antigos, vou ver se consigo atualizar tudo, mas acho complicado, então devo fazer de pouco em pouco a atualização de links quebrados, fotos deletadas, etc. Aproveitem essa delícia sonora!


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