terça-feira, 9 de novembro de 2010

Pink Floyd - The Dark Side Of The Moon

PINK FLOYD | Música de verdade | Psicodelia | Álbum Conceitual


  1. Speak To Me - Breathe
  2. On The Run
  3. Time
  4. The Great Gig In The Sky
  5. Money
  6. Us And Them
  7. Any Colour You Like
  8. Brain Damage
  9. Eclipse
Esses dias a única coisa que veio à minha cabeça foi: POSTAR PINK FLOYD NA TAVERNA. Mas Pink Floyd é um caso raro. RARÍSSIMO! Como escolher qual álbum postar primeiro? Todo mundo precisa de um ponto inicial pra entender a arte que é a música do Pink Floyd, logo, acho que pra quem não está acustumado com a psicodelia BRABA, é melhor eu não postar os primeiros CDs logo de cara. Resolvi então, colocar um álbum do ápice da carreira deles, que é pra mim de 1970 - 1980, mas pra outros fãs não, mas vamo lá. Eu tinha diversos álbuns dessa época pra postar! Meddle, Dark Side, Wish You, Animals, The Wall.... E por diversos dias de pensamento, resolvi começar do álbum mais simples, mais conceituoso e mais famoso do Pink Floyd.
O Dark Side Of The Moon vai ser um ótimo álbum pra você que nunca ouviu Pink Floyd, começar a ouvir. Músicas pequenas, refrões e riffs contagiantes, mas num deixa de ter toda a crítica e filosofia que o Floyd tem.

Vou começar contando uma história. Em meados de 1964, quatro garotos ingleses que estavam entrando para o rumo da música montaram uma banda. Esses eram: Syd Barret (Guitarra), Roger Waters (Baixo), Richard Wright (Teclado) e Nick Mason (Bateria). Os moços começaram então a criar música e logo o principal compositor, Syd Barret, começou a botar suas influências da psicodelia americana nas músicas. Um exemplo de música da época é "Astronomy Domine" que mostra exatamente o sentimento de psicodelia espacial, que syd amava mais que seu tão querido LSD. Syd além de escrever as músicas todas do primeiro CD da banda, deu também o nome à banda. Pink Floyd é em homenagem à dois cantores de blues, Pink Anderson e Floyd Council que Syd gostava muito. Mas nem tudo são flores na vida da banda.
Syd Barret e sua personalidade esquizofrênica, começaram mais e mais a se enfiar no LSD e tinha momentos em que Syd, durante shows ao vivo, mal conseguia tocar! Por isso então chamaram pra ajudar na banda, um guitarrista, amigo pessoal deles: David Gilmour (Guitarra).

Da esquerda pra direita: Nick Mason, Syd Barret, David Gilmour, Roger Waters e Rick Wright.

Quando David Gilmour entrou eles gravaram então, o segundo disco. A Saucerful Of Secrets, que botava mais psicodelia no rock e dessa vez com algo novo: Experimentações. A partir dessa época toda música do Pink Floyd até o momento do apogeu, era de fato para experimentar coisas novas nas músicas. Chegou um momento que Syd já estava insuportável! Ai por decisão da banda, tiraram Syd, e Syd então, se retirou, e por enquanto foi fazer seus álbuns sozinho.

Dai pra frente foi só DESPIROCAÇÃO. O negócio era experimentar, viajar, fazer. Todos os álbuns agora tinham composições variadas entre os membros da banda. Os álbuns como o Atom Heart Mother e o Ummagumma, são demonstrações claras da experimentação da banda. Essas experiências foram essenciais para o que ia vir mais pra frente, muitos artificios usados nas músicas experimentais, foram usadas nas músicas conceituais mais pra frente da história. A partir do disco Meddle, Roger Waters, começou a mostrar mais força em suas composições, as letras se mostravam críticas, melancólicas e isso exaltava um sentimento que passava pelo mundo. Letras sobre a loucura, a alienação, a guerra, a fama, o dinheiro. E é ai que entra o Dark Side Of The Moon.

Formação na época do Apogeu

O Dark Side foi o primeiro álbum conceitual do Pink Floyd (Álbum conceitual é um álbum em que todas as músicas contribuem para o mesmo efeito final ou para uma história única). Logo, já vou recomendando por aqui. NADA DE BAIXAR O ÁLBUM E OUVIR AS MÚSICAS SEPARADAS OU FORA DE ORDEM NÃO! Isso atrapalha no desenvolvimento das músicas e tira a magia que o álbum representa.

O Dark Side Of The Moon começa com "Speak To Me - Breathe". Uma batida cardiaca começa a soar, e de pouco a pouco vc vai ouvindo outros elementos em volta daquilo. Breathe é uma música que podemos dizer, tem uma carga filosófica gigante. "Run, rabbit run. Dig that hole, forget the sun, and when at last the work is done, don't sit down it's time to dig another one." A música fala sobre a verdade inevitável que é a morte representa e sobre como a alienação faz o ser humano viver uma vida vazia e sem significado. Pesado. Isso é só o começo da cabeça do Waters. Logo depois vem uma música instrumental (resquício da psicodelia) que se chama "On The Run" que mostra ao tempo em que rola um som MALUCO do sintetizador, dá pra ouvir pegadas e uma fuga intensa de alguém (?). Em seguida, pra mim, a melhor do disco. "Time" é uma música marcante, contagiante, bem montada, harmônica, com um solo de cair os cabelos. Além de mais um pouco daquele sentimento melancólico sobre a morte e o tempo pra viver ser curto. Agora, vem a calmaria. "The Great Gig In The Sky" é uma música linda. Você realmente sente que está nas nuvens ouvindo um anjo cantando. Ou gritando. Totalmente Explosão de sentimentos, no melhor estilo Luan Santana de ser (Brinks).

Agora virando o LP. Começamos coma Famosa "Money" que lida de uma forma irônica, sobre o mal corruptivel da fama e do dinheiro. E acho que em análise músical e não só poética é extremamente pensada. A música contem um tempo irregular, o riff do baixo não completa os 4 tempos, o solo de sax mostras as influências pesada com o jazz. E em um momento específico do solo, a música muda para o compasso 4/4 normal do rock n' roll e Gilmour manda um solo explosivo para as caixas de som. Ai chega a calmaria de novo. "Us And Them" é uma música que remete ao sentimento anti-guerra de Waters (Waters tem suas razões pra odiar a guerra, pois seu pai foi um soldado que morreu na 2GM), a música é felomenal. "Any Colour You Like" outra música instrumental de alto teor ritmico e cheio de groove, ótima música e ótimo momento para começar o crescendo da nossa pequena ópera. "Brain Damage". A Loucura sendo levada ao ápice. O Sentimento que mostra que a única saida para a caverna de platão é a loucura, que Syd Barret se enfiou! Música mais marcante do álbum, que já emenda e vai para a última música do disco. "Eclipse" é a finalização dos pensamentos de Waters é o desfecho do pensamento sem fim que nosso artista da insanidade representa. E com as sábias palavras "There is no Dark Side Of The Moon really, matter of fact is all darkness", o disco encerra sua FODELANÇA.

Cara, não é fácil pra um disco se manter 14 anos direto no topo mensal da Billboard. O Dark Side é um disco histórico, é o conceito dos conceitos conceituais. É a história de uma geração inteira.
Ouçam, apreciem, se deliciem com essa maravilha do Rock Clássico.

Não postarei vídeo dessa vez, por que como já disse: pra ouvir o álbum inteiro.

Mediafire: Pink Floyd - The Dark Side Of The Moon

Um comentário:

  1. agora escuta "Dub Side Of The Moon" tito...
    bom texto...se pink floyd no enem vc ia bem, o foda seria as miseras 30 linhas
    parabens

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