Instrumental | Post Rock | Brasil | Power Trio Of Doom
1 - Amendoin
2 - Fuck You Lady
3 - Noise James
4 - Shift
5 - Black´s Fuck
6 - Rancho
7 - Bananas For You All
8 - Belezza
9 - Compasso em Ferrovia
10 - vamodahmaisuma
Poxa, mais de sete dias sem postar nada aqui. Essa semana ficou complicada de visitar e resenhar algo com dignidade para vocês e acabou coincidindo com a necessidade que tive de fazer uns estudos sobre algumas técnicas de guitarra que deixei de aprender quatro anos atrás (veja a cagada) para aprender somente hoje. Fiquei envolvido demais e, além disso tudo, comprei o que tanto queria: a escaleta.
Sim, meu caro, a melódica escaleta. Eu já gostava desse instrumento havia bastante tempo, então fui no show do ruído/mm e Constantina e, uma certa hora da apresentação, o tecladista do ruído tirou aquele pianinho e tocou de um modo tão belo que fiquei mais chocado ainda. A mesma coisa aconteceu quando Constantina se apresentava. A única diferença foi que fora o guitarrista que tocou a escaleta. Então pensei: Eutento toco guitarra, por que não tento? Tudo isso coincidiu com o fato de'u ter conhecido Bardella, que é um som baseado em apenas dois instrumentos: Guitarra e a bendita da escaleta. No final das contas comprei a bichinha a preço de banana e fiquei me deliciando com o som dela e acabei esquecendo de escrever por aqui. Então vamos embora pro próximo disco!
Ainda seguindo a ideia de postar coisas nacionais, acabei relembrando de uns caras que tinha conhecido faz um tempo e deixei criando teias de aranha de tanto tempo que não ouvia. Pata De Elefante, Eu Serei A Hiena, Guizado e, entre eles, Macaco Bong. Relembrei mesmo por causa de um amigo que foi num show do Black Drawing Chalks, no dia mundial do rock, e esta banda aqui ter feito uma apresentação (e, porra, isso tem três meses já). Eu não pude ir. A cagada tinha sido feita. Dizem que foi um puta show o do Macaco Bong. Então estou aqui postando esse incrível disco justamente para vocês conhecerem e falar pra mim: que burro, dá zero pra ele.
Macaco Bong foi formado em 2004, em Cuiabá, tendo quatro integrantes como formação inicial, porém no ano seguinte a banda acabou se estabelecendo como um power trio, ainda mantendo a essência da música instrumental com conteúdo musical. Seu som é baseado na desconstrução dos diversos gêneros musicais que existem, passando do jazz ao fusion, pelo pop ao heavy metal, indo post ao avant-garde. Destruindo rótulos e reconstruindo somente uma coisa: música. A criatividade dos caras é inimaginável, transmitindo, através de guitarra, baixo e bateria, um fluxo (aparentemente) inesgotável de sons diferentes, tanto na melodia, na harmonia ou apenas no silêncio.
Eu classifico a musica como "bem dançante, realmente empolgante e incrivelmente inusitada". Rapaz, são incontáveis as mudanças de tons e ritmos que acontecem ao longo das músicas, quebrando sua expectativa e dando uma nova atmosfera ao som que você ouve. Além disso, os arranjos elaborados, a quantidade de efeitos na guitarra e a composição, em si, são muito bem trabalhadas e fazem de Macaco Bong um dos peso-pesados em questão de rock instrumental aqui no Brasil, ficando lado a lado com Hurtmold. Dou parte do crédito ao guitarrista Bruno Kayapy, que tem técnicas incríveis reproduzidas ao longo do disco, alterando a estética da música inúmeras vezes juntamente com o baixo de Ney Hugo e Ynaiã Benthroldo na bateria.
Foram notóriamente reconhecidos com este primeiro disco. A complexidade do som é notória e, em questões técnicas, ao meu ver, são músicos de alto nível e entrosamento. Melhor dizer ainda deles ao vivo. Shows incríveis e desmontados: quebra de ritmos, arranjos estranhos e um som, como eu disse, "bem dançante". Eles tocaram no SWU e colo aqui um trecho do Estadão sobre a apresentação:
"O show do trio de Cuiabá Macaco Bong começou na hora marcada, 16h51. E foi, de fato, a primeira a apresentação que levantou o público no SWU. Assim como no Planeta Terra, no ano passado, os três músicos despejaram sua muralha sonora na plateia, com inventivos temas próprios. Sem querer reinventar a roda do rock, o Macaco Bong parece estar muito à frente de seu tempo. São tantas mudanças de andamentos e ritmos que o público, desavisado, empolga-se, mas custa a entender tamanha genialidade em forma de porrada. Com encerramento às 17h35, até o momento, entre as atrações brasileiras, é uma das fortes candidatas à melhor apresentação do festival."
Violento, caras. Violento.
O disco é foda. Tipo, fodão. Dez faixas doentias, desandadas e com mudanças tão repentinas que chegam a te deixar desesperado. Começa com a pesada "Amendoin" que, ao longo dos segundos, vai diminuindo e dá espaço pra dançante "Fuck You Lady", que possui (e como) incríveis arranjos de guitarras sobrepostas uma após a outra. Gostaria de separar apenas algumas músicas, como a mais do que fodona "Bananas For You All", que fica no meu top 10 de músicas nacionais com os seus 8 minutos e 20 segundos de pura criatividade plugada num amplificador. Fica também a complexa "Belezza", oitava faixa do álbum, que deve ter umas quatro mil alterações em seu andamento ao longo de seus quase exatos sete minutos, mostrando o lado sombrio, depois o empolgante e, enfim, o dançante, rs. Por último deixo a desconcertada "vamosdahmaisuma" que é a única que possúi trecho com voz e uma harmonia indecente entre os instrumentos. Também lembra muito, em seu começo, alguma música do Hurtmold que não recordo agora. Deixo aqui "Bananas For You All" para vocês curtirem.
O disco dos caras foi lançado apenas pela internet, sem nenhuma cópia física a venda. O download pode ser feito através do Álbum Virtual (e também pelo Trama Virtual) e eles ainda ganham uma grana, porém existe uma burocracia de cadastro para poder baixar o disco inteiro, então deixarei um link para o site do Álbum Virtual e do Trama (que, para quem se interessar, ambos têm excelentes discos para download gratuito) e outro link de acesso mais fácil, mas sugiro que confiram o site também. Então fiquei aí com o incrível som de mais uma excelente banda brazuca e, com toda licença, vou-me embora tirar um som na escaleta, haha! Bom proveito!
Download
Macaco Bong - My Space
Macaco Bong - Álbum Virtual
Macaco Bong - Trama Virtual
1 - Amendoin
2 - Fuck You Lady
3 - Noise James
4 - Shift
5 - Black´s Fuck
6 - Rancho
7 - Bananas For You All
8 - Belezza
9 - Compasso em Ferrovia
10 - vamodahmaisuma
Poxa, mais de sete dias sem postar nada aqui. Essa semana ficou complicada de visitar e resenhar algo com dignidade para vocês e acabou coincidindo com a necessidade que tive de fazer uns estudos sobre algumas técnicas de guitarra que deixei de aprender quatro anos atrás (veja a cagada) para aprender somente hoje. Fiquei envolvido demais e, além disso tudo, comprei o que tanto queria: a escaleta.
Sim, meu caro, a melódica escaleta. Eu já gostava desse instrumento havia bastante tempo, então fui no show do ruído/mm e Constantina e, uma certa hora da apresentação, o tecladista do ruído tirou aquele pianinho e tocou de um modo tão belo que fiquei mais chocado ainda. A mesma coisa aconteceu quando Constantina se apresentava. A única diferença foi que fora o guitarrista que tocou a escaleta. Então pensei: Eu
Ainda seguindo a ideia de postar coisas nacionais, acabei relembrando de uns caras que tinha conhecido faz um tempo e deixei criando teias de aranha de tanto tempo que não ouvia. Pata De Elefante, Eu Serei A Hiena, Guizado e, entre eles, Macaco Bong. Relembrei mesmo por causa de um amigo que foi num show do Black Drawing Chalks, no dia mundial do rock, e esta banda aqui ter feito uma apresentação (e, porra, isso tem três meses já). Eu não pude ir. A cagada tinha sido feita. Dizem que foi um puta show o do Macaco Bong. Então estou aqui postando esse incrível disco justamente para vocês conhecerem e falar pra mim: que burro, dá zero pra ele.
Macaco Bong foi formado em 2004, em Cuiabá, tendo quatro integrantes como formação inicial, porém no ano seguinte a banda acabou se estabelecendo como um power trio, ainda mantendo a essência da música instrumental com conteúdo musical. Seu som é baseado na desconstrução dos diversos gêneros musicais que existem, passando do jazz ao fusion, pelo pop ao heavy metal, indo post ao avant-garde. Destruindo rótulos e reconstruindo somente uma coisa: música. A criatividade dos caras é inimaginável, transmitindo, através de guitarra, baixo e bateria, um fluxo (aparentemente) inesgotável de sons diferentes, tanto na melodia, na harmonia ou apenas no silêncio.
Eu classifico a musica como "bem dançante, realmente empolgante e incrivelmente inusitada". Rapaz, são incontáveis as mudanças de tons e ritmos que acontecem ao longo das músicas, quebrando sua expectativa e dando uma nova atmosfera ao som que você ouve. Além disso, os arranjos elaborados, a quantidade de efeitos na guitarra e a composição, em si, são muito bem trabalhadas e fazem de Macaco Bong um dos peso-pesados em questão de rock instrumental aqui no Brasil, ficando lado a lado com Hurtmold. Dou parte do crédito ao guitarrista Bruno Kayapy, que tem técnicas incríveis reproduzidas ao longo do disco, alterando a estética da música inúmeras vezes juntamente com o baixo de Ney Hugo e Ynaiã Benthroldo na bateria.
Foram notóriamente reconhecidos com este primeiro disco. A complexidade do som é notória e, em questões técnicas, ao meu ver, são músicos de alto nível e entrosamento. Melhor dizer ainda deles ao vivo. Shows incríveis e desmontados: quebra de ritmos, arranjos estranhos e um som, como eu disse, "bem dançante". Eles tocaram no SWU e colo aqui um trecho do Estadão sobre a apresentação:
"O show do trio de Cuiabá Macaco Bong começou na hora marcada, 16h51. E foi, de fato, a primeira a apresentação que levantou o público no SWU. Assim como no Planeta Terra, no ano passado, os três músicos despejaram sua muralha sonora na plateia, com inventivos temas próprios. Sem querer reinventar a roda do rock, o Macaco Bong parece estar muito à frente de seu tempo. São tantas mudanças de andamentos e ritmos que o público, desavisado, empolga-se, mas custa a entender tamanha genialidade em forma de porrada. Com encerramento às 17h35, até o momento, entre as atrações brasileiras, é uma das fortes candidatas à melhor apresentação do festival."
Violento, caras. Violento.
O disco é foda. Tipo, fodão. Dez faixas doentias, desandadas e com mudanças tão repentinas que chegam a te deixar desesperado. Começa com a pesada "Amendoin" que, ao longo dos segundos, vai diminuindo e dá espaço pra dançante "Fuck You Lady", que possui (e como) incríveis arranjos de guitarras sobrepostas uma após a outra. Gostaria de separar apenas algumas músicas, como a mais do que fodona "Bananas For You All", que fica no meu top 10 de músicas nacionais com os seus 8 minutos e 20 segundos de pura criatividade plugada num amplificador. Fica também a complexa "Belezza", oitava faixa do álbum, que deve ter umas quatro mil alterações em seu andamento ao longo de seus quase exatos sete minutos, mostrando o lado sombrio, depois o empolgante e, enfim, o dançante, rs. Por último deixo a desconcertada "vamosdahmaisuma" que é a única que possúi trecho com voz e uma harmonia indecente entre os instrumentos. Também lembra muito, em seu começo, alguma música do Hurtmold que não recordo agora. Deixo aqui "Bananas For You All" para vocês curtirem.
O disco dos caras foi lançado apenas pela internet, sem nenhuma cópia física a venda. O download pode ser feito através do Álbum Virtual (e também pelo Trama Virtual) e eles ainda ganham uma grana, porém existe uma burocracia de cadastro para poder baixar o disco inteiro, então deixarei um link para o site do Álbum Virtual e do Trama (que, para quem se interessar, ambos têm excelentes discos para download gratuito) e outro link de acesso mais fácil, mas sugiro que confiram o site também. Então fiquei aí com o incrível som de mais uma excelente banda brazuca e, com toda licença, vou-me embora tirar um som na escaleta, haha! Bom proveito!
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Macaco Bong - My Space
Macaco Bong - Álbum Virtual
Macaco Bong - Trama Virtual
excelente post!!
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