Experimental | Alternative | Noise | Doentes Mentais
1 - Teen Age Riot
2 - Silver Rocket
3 - The Sprawl
4 - 'cross The Breeze
5 - Erics Trip
6 - Total Trash
7 - Hey Joni
8 - Providence
9 - Candle
10 - Rain King
11 - Kissability
12 - Trilogy
Imagina a década de oitenta. Imaginou? O que tava pegando? Pensa em alguns nomes aí. Claro que os mais óbvios vem mais rápido: The Cure, Smiths, Echo & The Bunnymen, The Cult, Sisters Of Mercy, The Glove, etc. Só aí você já consegue perceber que, como dizem, o rock "morreu" pra dar espaço ao que acontecia na década de oitenta. Led acabou, John fora assassinado e mais uma galera já estava bem desvirtuada pela falta de referências para fazer algo novo. Até Dylan teve a ideia de criar aquele pop horrível do Traveling Wilburys junto com George Harrison e Roy Orbison. No meio dessa confusão toda, nasce o referencial que virou marco do nascimento do rock alternativo, do avant-garde e do noise.
Acontece que Thurston Moore mudou-se para Nova York e comprou uma Fender Jaguar 65' toda destruída. Juntou com Kim Gordon e mais um pessoal que estava apaixonado pelo punk remanescente dos 70s e resolveram fazer uma coisa que eu defino mais ou menos como isso: "Foda-se. Toca alguma coisa aí que eu toco alguma coisa aqui e acaba saindo alguma coisa uma hora". Não tô exagerando, os caras faziam som com tudo. Garrafa, pedra, cabeça, chute na guitarra, chute no baixo, chute no microfone. Um som caracterizado literalmente pelo experimentalismo.
O Daydream Nation foi lançado em 1988 e, em opinião geral, um dos melhores álbuns da década. O que trouxe sucesso para a banda e, uma das maiores obras do experimentalismo. Doze faixas insanas, com cada guitarra saindo em um estéreo diferente, dando um efeito incrível que, em combinação com melodia e letra, não soa como uma guitarra sendo pisada, mas, sim, com um som muito bem trabalhado.
Com 24 álbuns e uma porrada de EPs, Singles, Promos e Splits, Sonic Youth toca até hoje, não a mesma coisa, é claro, mas mesmo assim continua mostrando que até na altura dos sessenta anos você consegue fazer muito barulho. Daydream Nation possui a juventude de cada integrante em sua composição. Guitarras barulhentas, desafinadas por vontade, riffs fora de escala... Parece uma coisa que é como se fosse "ah, vou tocar isso agora"... E no final, está na lista dos cem álbuns mais importantes pela Rolling Stone (apesar das listas da RS serem um lixo, em minha opinião).
Esse álbum é uma ótima dica pra quem gosta de bandas que possuem forte influência do noise ou apenas do punk mesmo. Tanto é que Moore foi pros EUA apenas pra conhecer mais sobre a onda de punk e acabaram sendo taxados de mais uma banda de new wave que crescia. Faixas simples na melodia, difíceis de serem executadas. Cantadas entre Moore, Gordon e Ranaldo, mas com arranjos feito por todos, Daydream tem músicas destrutivas e, ao mesmo tempo, tocantes de certa forma, inclusive nas letras reflexivas e sempre direta, que aborda temas como drogas, relacionamentos baratos e a hipocrisia.
Algumas faixas devem ser destacadas, é claro... Fica na lista, abrindo o disco, "Teen Age Riot", que muda de ritmo e passa de uma levada calma pra uma corrida. Também "Hey Joni", minha preferida do álbum. Finalizando fica a excelente "Trilogy", que é dividida em três partes: The Wonder, que vai até os 4:15 da música. Hyperstation, seguindo até 7:13, cantadas por Moore. E Eliminator Jr. até o fim, cantada pela Kim Gordon.
Bem, então fica aí pra quem quer ouvir algo pra sacudir um pouco e desestressar de ouvir guitarras barulhentas e um ritmo violento. Pra quem curte um experimental, esse disco ganha nota 10! Indispensável pra quem gosta. Agora, se você nunca ouviu Sonic Youth em sua vida, ele fica com 8.5 e já aviso: Se você tem todos os parafusos em sua cabeça, essa não é uma banda para você, rs...
Bom proveito!
Download - Megaupload
1 - Teen Age Riot
2 - Silver Rocket
3 - The Sprawl
4 - 'cross The Breeze
5 - Erics Trip
6 - Total Trash
7 - Hey Joni
8 - Providence
9 - Candle
10 - Rain King
11 - Kissability
12 - Trilogy
Imagina a década de oitenta. Imaginou? O que tava pegando? Pensa em alguns nomes aí. Claro que os mais óbvios vem mais rápido: The Cure, Smiths, Echo & The Bunnymen, The Cult, Sisters Of Mercy, The Glove, etc. Só aí você já consegue perceber que, como dizem, o rock "morreu" pra dar espaço ao que acontecia na década de oitenta. Led acabou, John fora assassinado e mais uma galera já estava bem desvirtuada pela falta de referências para fazer algo novo. Até Dylan teve a ideia de criar aquele pop horrível do Traveling Wilburys junto com George Harrison e Roy Orbison. No meio dessa confusão toda, nasce o referencial que virou marco do nascimento do rock alternativo, do avant-garde e do noise.
Acontece que Thurston Moore mudou-se para Nova York e comprou uma Fender Jaguar 65' toda destruída. Juntou com Kim Gordon e mais um pessoal que estava apaixonado pelo punk remanescente dos 70s e resolveram fazer uma coisa que eu defino mais ou menos como isso: "Foda-se. Toca alguma coisa aí que eu toco alguma coisa aqui e acaba saindo alguma coisa uma hora". Não tô exagerando, os caras faziam som com tudo. Garrafa, pedra, cabeça, chute na guitarra, chute no baixo, chute no microfone. Um som caracterizado literalmente pelo experimentalismo.
O Daydream Nation foi lançado em 1988 e, em opinião geral, um dos melhores álbuns da década. O que trouxe sucesso para a banda e, uma das maiores obras do experimentalismo. Doze faixas insanas, com cada guitarra saindo em um estéreo diferente, dando um efeito incrível que, em combinação com melodia e letra, não soa como uma guitarra sendo pisada, mas, sim, com um som muito bem trabalhado.
Com 24 álbuns e uma porrada de EPs, Singles, Promos e Splits, Sonic Youth toca até hoje, não a mesma coisa, é claro, mas mesmo assim continua mostrando que até na altura dos sessenta anos você consegue fazer muito barulho. Daydream Nation possui a juventude de cada integrante em sua composição. Guitarras barulhentas, desafinadas por vontade, riffs fora de escala... Parece uma coisa que é como se fosse "ah, vou tocar isso agora"... E no final, está na lista dos cem álbuns mais importantes pela Rolling Stone (apesar das listas da RS serem um lixo, em minha opinião).
Esse álbum é uma ótima dica pra quem gosta de bandas que possuem forte influência do noise ou apenas do punk mesmo. Tanto é que Moore foi pros EUA apenas pra conhecer mais sobre a onda de punk e acabaram sendo taxados de mais uma banda de new wave que crescia. Faixas simples na melodia, difíceis de serem executadas. Cantadas entre Moore, Gordon e Ranaldo, mas com arranjos feito por todos, Daydream tem músicas destrutivas e, ao mesmo tempo, tocantes de certa forma, inclusive nas letras reflexivas e sempre direta, que aborda temas como drogas, relacionamentos baratos e a hipocrisia.
Algumas faixas devem ser destacadas, é claro... Fica na lista, abrindo o disco, "Teen Age Riot", que muda de ritmo e passa de uma levada calma pra uma corrida. Também "Hey Joni", minha preferida do álbum. Finalizando fica a excelente "Trilogy", que é dividida em três partes: The Wonder, que vai até os 4:15 da música. Hyperstation, seguindo até 7:13, cantadas por Moore. E Eliminator Jr. até o fim, cantada pela Kim Gordon.
Bem, então fica aí pra quem quer ouvir algo pra sacudir um pouco e desestressar de ouvir guitarras barulhentas e um ritmo violento. Pra quem curte um experimental, esse disco ganha nota 10! Indispensável pra quem gosta. Agora, se você nunca ouviu Sonic Youth em sua vida, ele fica com 8.5 e já aviso: Se você tem todos os parafusos em sua cabeça, essa não é uma banda para você, rs...
Bom proveito!
Download - Megaupload
Nenhum comentário:
Postar um comentário