Chanson | French | French Pop | Comedor Nato
1 - Melody
2 - Ballade de Melody Nelson
3 - Valse de Melody
4 - Ah! Melody
5 - L'hôtel particulier
6 - En Melody
7 - Cargo Culte
Nasce no entre guerras, filho de russos judeus que fugiram da Revolução Russa. Se renomeia de Lucien Ginzburg para Serge Gainsbourg. Músico, pintor, compositor, ator, diretor de cinema. Sempre polêmico e além de sua época, Serge foi um inovador no cenário musical, não apenas no francês, mas no mundial. Sua música abordava temas como a vida alcoólica, seus amores e suas amantes, o assassinato, suicídio e vários outros temas antes abafados pela censura. Visionário, crítico, fumante exacerbado, amante de Brigitte Bardot e Jane Birkin e, dito por ele mesmo, feio.
Serge teve uma influência assombrosa a partir da década de oitenta, quando o post-punk estava começando. Seu trabalho foi extremamente abrangente, indo do jazz ao reggae, mas o foco foi no "french chanson" junto com outros como Jacques Brel, Georges Brassens e a própria Jane Birkin. Influenciou bastante também artistas de vanguarda como Beck e Sonic Youth, além de neste álbum criar um ralo conceito do que seria o Trip Hop (Mas é claro que na época não possuíam recursos pra fazer o que Portishead ou Massive Attack fazem hoje).
O álbum abre com "Melody", favorita do álbum, onde o ritmo lento, guiado principalmente pelo baixo, que faz uma linha simples e extraordinária. A voz de Gainsbourg apenas guiando o ritmo. Bateria saindo apenas no lado L do áudio e a guitarra saindo às vezes apenas pra dar reforço à ideia que citei acima de uma ideia inicial de Trip Hop. Seguida por "Ballade de Melody Nelson", com arranjos de orquestra e a participação vocal de Jane Birkin (quase todos os trabalho de Serge você encontrará uma mulher cantando, que o diga a clássica e escandalosa "Je T’Aime, Moi Non Plus").
Seguem duas faixas de duração inferior a dois minutos, arranjos de orquestra também em "Valse de Melody", lembrando, como diz, uma valsa. "Ah! Melody" tambem guiada pelo baixo mas com arranjos inteiros na guitarra e orquestra. A quinta faixa, "L'hôtel particulier", também lenta e quase sussurrada dá uma abertura para "En Melody", com riffs violentos nos instrumentos, um baixo totalmente autônomo, bateria bem guiada e gritos histéricos (e quase cômicos) de Jane Birkin. A faixa final "Cargo Culte" lembra a primeira música do álbum, mas possúi um coro de vozes em quase toda a extensão. E nem é necessário lembrar a quantidade de prêmios e lista na quais o trabalho de Serge está incluido porque é uma lista das grandes, meu caro, rs...
Este é apenas um dos mais de vinte trabalhos de Serge. Lembrando que grande parte da sua obra só foi reconhecida na voz de intérpretes e, a maioria de seus álbuns era vista com repúdio pela falta de censura no ritmo e nas composições. Como ator e cineasta seu trabalho não foi aclamado, mas seu personagem favorito era ele mesmo: O vício dos cigarros (clássicos Gitanes, que ficaram famosos somente pelo fato de Serge Gainsbourg fumá-los assustadoramente), o álcool, mulheres e os inúmeros escândalos colecionados durante sua vida como brigas de rua, porres homéricos e as intrigas entre suas amantes para ver qual ficaria com ele, rsrs...
Agora coloque Histoire de Melody Nelson no volume máximo e não faça mais nada!
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