segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Darondo - Let My People Go


Funk | Soul | Groove | Soul As Shit

1 - Let My People Go
2 - Legs
3 - Didn't I
4 - I Want Your Love So Bad
5 - How I Got Over
6 - My Momma And My Poppa
7 - Sure Know How To Love Me
8 - Listen To My Song
9 - True


     Boa noite Taverneiros! Como vão? Aqui tá indo tudo bem, tirando o trabalho que suga minha alma a cada dia de 8 às 18, haha. Mas as coisas tão indo bem. Nós temos nosso primeiro show marcado pra dia 12 desse mês e as minhas expectativas estão bem altas, hehe. Tô saindo um pouco da pala do Cream agora que eu já ouvi e praticamente decorei tudo também, mas não acho de todo ruim parar de ouvir um pouco e mergulhar nos aproximados 1.500 discos que tenho baixado (para polícia da internet: é mentira viu?). Mas a real é que eu estava voltando um dia desses de madrugada pelo centro de BH, voltando de um pub às 5 da manhã e, só pra constar, meu carro só toca CD, então tenho vários gravados com tudo quanto é tipo de música. Então botei em um que tinha 100 música aleatórias e coloquei no aleatório ainda por cima. Não é que tocou três músicas seguidas do Darondo? Pensei: "É um sinal divino". Então eis que aqui estou!

     Quem foi Darondo? Sinceramente não sei lá também muita coisa dele, mas que ele foi (infelizmente ele morreu em junho desse ano) um puta personagem é, sem sombra de dúvidas, uma verdade indiscutível:




     Darondo atuou bastante nos anos 70 na Califórnia, estado aonde nasceu e viveu até a sua morte. Não conseguiu um pingo de sucesso até 2007, aonde a música "Didn't I" foi descoberta e colocada como trilha sonora do quarto episódio da primeira temporada de Breaking Bad. Nasceu chamando William Daron Pulliam e viveu até os 67 anos, quando morreu de parada cardíaca. A música dele é resumida em duas palavras: feeling e groove. O cara simplesmente tem muito dos dois. Consegue fazer o melhor do Soul com sua voz cantada no falsete e, em outras músicas, chamar o feeling derivado de James Brown pros ritmos mais rápidos. O som tem uma qualidade bacana e um timbre bem único, como o primeiro disco do Tim Maia, que parece que foi bezuntado por uma camada de GROOVE.

    Infelizmente, como não foi reconhecido no início e meio da sua carreira, Darondo não gravou muitas coisas. Ele possui uma coletânea chamada Listen To My Song, lançado no ano retrasado e este disco aqui, que é de 2006. Apesar da maioria de suas composições serem da década de 70, existem pouquíssimas gravações de tal data, somente as de 90 pra frente que tem uma qualidade decente para podermos apreciar a genialidade incompreendida desse cara. A mitologia envolvendo Darondo conta que ele foi um P.I.M.P. nas décadas de 70 e 80, apesar dele recusar tal título, mas convenhamos: mesmo que ele recuse assumir tal denominação, a sua música e estilo vão de encontro ao contrário do que ele afimava.


     Esse disco pode ser dividido entre funk e soul em seus estados puros. A paulada já começa com a primeira música que, de tão foda, a gente tá até tocando ela na nossa banda de funk, haha. É seguida pela animadíssima "Legs" que, se você ouvir enquanto anda pela rua será impelido a dançar enquanto caminha. Seu maior sucesso, "Didn't I" é um exemplo de como seu soul consegue ser tão sofrido na sua única voz. Darondo tem um falsete característico que, depois que você ouvir essa música nunca mais esquecerá. Separo também "I Want Your Love So Bad" e "How I Got Over" que, sinceramente, é uma das músicas mais bonitas que eu conheço, tanto a letra quanto a melodia em si. Ouçam com cuidado "My Momma And My Poppa", aonde um sax destrói a música inteira junto com Darondo no vocal.

     Bem, ouçam e tirem suas próprias conclusões! Vou tentar postar mais nessa semana alguns rolês sonoros que eu não ouvia a eras, mas ainda estou pra decidir o que vai ser, hehe. Qualquer sugestão de resenham que vocês quiserem podem comentar nos posts ou mandar um e-mail pra mim. Enjoy!



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quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Cream - Goodbye


Blues | Improviso | Rock N' Roll | Deuses

1 - I'm So Glad
2 - Politician 
3 - Sitting On The Top Of The World
4 - Badge
5 - Doing That Scrapyard Thing
6 - What a Bringdown


     Bommmm diaaa Taverneiros! Já cansei de dar desculpas da falta do que postar, mas finalmente gravei um disco definitivo com um bilhão de músicas (metade é do Cream) e agora consigo ouvir tudo que eu quero enquanto dirijo. Eu não tinha ouvido esse disco dirigindo porque eu não achava link pra baixar, até eu pedir à boa alma do Tito e ele upar panóis. Eis que agora sou uma pessoa feliz, ouvindo meu Cream e furando alguns sinais vermelhos. Falando em pessoa feliz, o nosso som tá cada vez mais legal. O Tito comprou um gravador de ambiente top de linha e agora a gente tá gravando todos os nossos ensaios, inclusive uparei aqui alguma coisa de nosso ensaio de domingo passado pra vocês conferirem. O som tá bem legal, a gente tá conseguindo trocar de instrumentos pra fazer improvisos: eu vou pra guitarra, o vocal vai pro baixo, o teclado vai pra batera, o batera (Tito) vai pra gaita (o microfone que ele comprou é só MUITO DOIDERA FI) e assim a coisa vai andando. O negócio mesmo é improvisar. E é por isso que tô aqui hoje resenhando o último disco do Cream, o melhor exemplo de improviso que vocês vão encontrar na vida.

     Como vocês já sabem do Cream nos últimos posts, a banda teve uma duração relativamente pequena. Para a habilidade dos músicos, individual e em conjunto, e o sucesso que tiveram, a banda poderia ter durado beeem mais. Mas com a crescente disputa pessoal e musical entre Ginger Baker e Jack Bruce, a situação estava se tornando insuportável. Clapton dizia que às vezes ele parava de tocar durante os shows e os outros dois estavam tão imersos disputando o som entre eles que nem percebiam que Eric tinha parado de tocar. Além disso, todo mundo tava ficando surdo. Cream foi uma banda criada com o propósito de tocar em estádios e lugares muito grandes. Não existia a tecnologia de suporte para o som, então os únicos amplificadores eram aquelas parede de Marshalls e Fenders cobrindo todo o palco. Ginger diz que Cream prejudicou sua audição em um nível sem precedentes e até hoje Clapton sofre uma ligeira surdez devido aos anos de quebradeira com Jack e Ginger.



     O disco tem apenas seis faixas, sendo que foi lançado em 1969, depois que o Cream já tinha terminado. Três das faixas são gravações inéditas do Cream não lançadas antes e as três primeiras foram gravadas ao vivo, só pra dar aquela amostra de improviso clássico deles. Em minha humilde opinião, essa versão de "I'm So Glad" é perfeita. Os caras tocam menos de um minuto e meio da música e já cai num improviso de seis minutos. É genial. Depois vem a clássica "Politician", com um solo violentíssimo de Clapton. A última faixa ao vivo é "Sitting On The Top Of The World" aonde o o baixo sai ESTOURANDO nos graves. É incrível como Bruce tira um timbre tão estourado de um baixo em 1968. As outras três faixas são as inéditas de estúdio. "Badge" você já pode ter ouvido, ficou bem famosa na voz do Clapton depois do Cream. "What a Bringdown" é uma música bem interessante. Dá pra ver um influência do que seria o Blind Faith nessa faixa (que foi lançada já durante o Blind Faith).

     Eu ando ouvindo só Cream, confesso. Todos os meus amigos que não são músicos não conseguem entender a pala que Cream é, porque quando você sabe quanto é difícil, musicalmente falando, eles fazerem o que você tá ouvindo, a gente desacredita e toda vez que ouve acha mais incrível. Ainda mais eu, começando a tocar baixo a alguns meses, conheço o baixo do Jack Bruce... É como se me escondessem uma verdade por toda a minha vida e hoje eu sei que o baixo é um instrumento MUUIIIIITOOOO mais dinâmico no processo do improviso. Assim como na bateria e guitarra, o baixo entra na construção da harmonia e, ao mesmo tempo, nas linhas do improviso. É por isso que o timbre de Bruce é muito mais identificável do que a maioria dos outros baixista: aparecer em 1966 com um rock n' roll tão pesado no baixo era demais pra época. E confesso que eu me apaixonei por esse disco por causa da primeira música, aonde o baixo tem um timbre, cara... um timbre inexplicável.

 


     Vou tentar postar mais aqui mas confesso que tá difícil. Todo o tempo livre que tenho é pro contra-baixo, mas se eu achar alguma coisa que me coloque no ânimo de postar aqui, postarei. O problema é que já postei todos os do Cream e agora tenho que descobrir uma nova pala musical, HAHA. Espero que tenham gostado de todos (ou pelo menos de um) disco deles. Ouçam o fim do Cream e me digam se não foi genial do início até o último momento, haha. Baixem e ouçam! Abraços!

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*Update (15/11)
A gente gravou algumas coisas no nosso último ensaio, só que não configuramos o microfone e o som estourou um pouco. Dei uma arrumadinha mas pelo menos da pra vocês conhecem um pouquinho da ideia, hehe. Na gaita arrastadíssima tá o Breno (Dot), guitarra da banda, na batera tá o próprio Tito, nos teclados é o monstro do Juliano e eu mesmo no baixo. Espero que gostem, hehe.




E nesse aqui é Tito na gaita, eu na guitarra, Juliano na batera e Paco no baixo.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

B.B. King - Live At The Regal


Blues | Clássico | Feeling | Deus

1 - Every Day I Have The Blues

2 - Sweet Little Angel
3 - It's My Own Fault
4 - How Blue Can You Get
5 - Please Love Me
6 - You Upset Me Baby
7 - Worry, Worry
8 - Woke Up This Morning (My Baby's Gone)
9 - You Done Lost Your Good Thing Now
10 - Help The Poor



Boa noite Taverneiros! Como andam vocês?
Ando sumido, não? Confesso que tô até com vergonha de voltar aqui quase um mês depois da última postagem, mas confesso, também, que ando meio complicado em várias situações. Meu tempo tá curtíssimo, estou estudando e trabalhando como um escravo e passei, recentemente, por um término de namoro complicado. Acabou que a Taverna voltou para o segundo plano na minha lista de prioridades, já que ando entusiasmando também com a banda que, juro pra vocês, o som tá ficando EXCELENTE. Conseguimos um tecladista MUITO virtuoso e fomos ensaiar nesse sábado com ele num sítio próximo aqui de Belo Horizonte. O som foi sensacional, muito mais do que eu esperava. Conseguimos mandar várias músicas que estão no nosso repertório e, além disso, rolaram vááárias jams aonde todo mundo improvisou e o som fluiu naturalmente. A gente vai começar a ensaiar mais toda semana e provavelmente daqui um mês já teremos alguma coisa gravada em áudio de qualidade.



Mas vamos ao que interessa! Desde a última resenha que fiz aqui na Taverna, eu continuei ouvindo Cream sem parar, haha. Porém eu acabei entrando numa bad total na semana passada e precisei me afundar em alguma coisa menos virtuosa. Foi daí que o Tito me emprestou esse disco. O que eu conhecia de B.B. King era a maioria de discos gravados em estúdio e muita pouca coisa ao vivo. Eu já até tinha esse disco baixado, porém nunca tinha dado uma devida atenção à ele. Há algumas semanas eu fiz uma viagem pra Lapinha da Serra, aqui perto de Belo Horizonte, e passamos três dias ouvindo só blues. B.B.King, Albert King, Howlin' Wolf, etc... Eis que então eu entro no meu carro, coloco esse disco pra tocar e simplesmente entro numa viagem distante, aonde o Blues parece ser o sentido de tudo, ainda mais na voz do rei do blues.

O mais tocante do B.B King não é o fato que ele toca pra caralho (te juro!) e nem o fato de que ele canta mais ainda, mas sim a presença que ele tem no palco. A força que o espírito dele tem quando você o vê em pé num palco, segurando sua queria Lucille semi-acústica preta e cantarolando com um timbre inexplicável, contando histórias e piadas pra o público e do nada gritando tanto na voz quanto na guitarra... Uau! Ouvi esse disco pelo menos umas trinta vezes nessa última semana e já decorei até os gritos da plateia a cada bend mais singular que ele fazia em palco. A energia do rei do blues é mais do que contagiante, é infecciosa. Todo mundo naquele lugar devia estar se sentido, no mínimo, iluminados. É uma quebradeira musical tão, mas tão intensa, que o pessoal dança, canta, grita, chama ele de gostoso e joga as calcinhas no palco.


Todo o álbum foi gravado em um tape só, dividindo as músicas naquele esquema de termina e já começa a outra emendando, no melhor estilo Dark Side Of The Moon. Com certeza é um dos melhores ao vivos que conheço. Dá pra sentir na música a presença que B.B. King exerce sobre tudo. Sua voz e guitarra guiam a música de N maneiras diferentes, tornando-a um groove carregado de paixão ou uma quebradeira com a guitarra encharcada de drive de um amplificador valvulado gigante. Se eu for pra separar algumas músicas, com certeza tenho que separar "Sweet Little Angel", que é uma canção tradicional do blues que ficou famosa na voz de B.B. King em 1956.

Separo também "It's My Own Fault", carregadíssima nos gritos de King. Tem um dos solos mais violentos de todo o disco também! Uma das linhas mais marcantes fica em "How Blue Can You Get?":





 I gave you a brand new Ford

and you just said I want a Cadillac

bought you a ten dollar dinner

let you live in my penthouse

You said it was just a shack

I gave you seven children

and now you wanna give 'em back


A platéia pira tanto na última frase que quase não dá pra ouvir mais a voz nem os instrumentos de tanta gritaria, haha. Quando a música acaba, temos uma surpresa pois já começa a tocar "Please Love Me", quebrando no ritmo mais veloz de todo o álbum. Por último mas não menos importante, destaco "Worry Worry" com seus quase seis minutos e meio de um blues cantado no falsete vindo da alma do B.B. King, porque não tem explicação pra o timbre que esse cara tira ao vivo com a voz dele.




Ouçam essa delícia e agradeçam ao Tito por ter me relembrado dessa beleza de álbum :D


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quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Cream - Fresh Cream


Blues | Rock | Clássico | Divina Trindade | Jack Bruce te amo

1 - I Feel Free
2 - N.S.U.
3 - Sleepy Time Time
4 - Dreaming
5 - Sweet Wine
6 - Spoonful
7 - Cat's Squirrel
8 - Four Until Late
9 - Rollin' and Tumblin'
10 - I'm So Glad
11 - Toad
12 - The Coffee Song
13 - Wrapping Paper

    Olá Taverneiros! Como vão vocês? Ando meio sumido, não? Meu tempo anda meio curto... Trabalhando das 8 as 18, tendo que treinar bastante meu baixo (as bolhas nos meus dedos estão épicas) e realizei um desejo que eu tinha a tempos: comprar um computador novo. Agora tô passando meu tempo jogando tudo que meu computador antigo não era capaz de rodar (diga-se de passagem: qualquer jogo). Tranquei minha faculdade e a partir de mês que vem meu tempo vai ficar mais curto ainda pois estarei estudando para alguns concursos públicos que vão rolar no ano que vem. Meu sonho é ganhar grana com música, mas até lá, preciso de um emprego melhor, haha.

       Eu e o Tito andamos com umas ideias bacanas. Ele tá mandando bem na gaita e a gente tá pensando em mandar uns blues às vezes, mas só de zoeira mesmo. Um dia desses encontrei com ele e um amigo nosso, o Magma, que toca bateria e baixo demaaaaissss. A gente foi fazer um som com dois violões e uma gaita na mão do Tito, e saiu um som bem bacana. É raro a gente gravar alguma coisa (até mesmo no celular, como foi o caso) mas, como prometido, estarei mostrando aqui pra vocês alguns sons nosso. Pra quem quiser ouvir:



       Esse domingo foi o dia mais quente no último ano em Belo Horizonte. Tive a excelente ideia de pedir um delicioso creme de açai e, claro, enquanto esperávamos ficar pronto essa delícia gelada, ouvimos Cream. E ouvi com muita atenção o primeiro disco deles e simplesmente estou apaixonado. Conheço bastante do segundo e do terceiro discos do Cream. Sou totalmente fanático com eles, mas o primeiro não era um dos meus preferidos, até esse domingo, haha. Pra te convencer de ouvir esse disco, vou colocar a música que eu ouvi e falei: NU.



       Pelas duas resenhas que já fiz sobre o Cream, vocês já devem conhecer um pouco da história desses caras. O incrível do Fresh Cream é que, pra um disco de 1966, é um som muito original e virtuoso pra época. Tudo que Clapton queria era tocar blues e, antes mesmo do Cream ser formado, ele já era o maior guitarrista de toda o Reino Unido quando tocava no John Mayall & The Bluesbreakers. E o primeiro disco é recheado de blues do começo ao fim. Rollin' and Tumblin' se tornou, automaticamente, uma das minhas músicas preferidas do Cream, mas não é somente essa música que é quebradeira sonora, mas sim, quase todo o disco.

       É um disco bem rápido. O Lado A tem 21:41 de duração e o Lado B em apenas 19 minutos. O disco já abre com a paulera de "I Feel Free", que tem uma das linhas de baixo mais violentas de todo o disco. Imagino a reação das pessoas ao ouvirem a primeira música do primeiro disco da talvez primeira super banda da história. A expectativa era grande pois os três músicos já eram consagrados antes mesmo do Cream ser formado. Colocar o LP do Fresh Cream num toca disco e ouvir algo que, antes deles, nunca tinha sido tocado dessa maneira, foi realmente marcante. "N.S.U." é uma puta gritaria harmônica, digna de ser antecedente do blues de "Sleepy Time Time", aonde a guitarra derrete nos bends e vibratos característicos do Clapton. Terminando o Lado A tem o blues de Spoonful, um dos maiores clássicos do blues, composto por Willie Dixon. Não preciso nem comentar o quanto eles tocam nessa música, né?




       Abrindo a segunda parte, na faixa sete, está "Cat's Squirrel", que é um bluzão tradicional que foi gravado por várias bandas bacanas (como Jethro Tull). Destaco também, no Lado B do disco, "Rollin' and Tumblin", aonde Jack Bruce DESTRÓI na gaita. Simplesmente destrói. A bateria dessa música também é animal, impossível de acompanhar se você não for o próprio Ginger Baker. A guitarra vai te dar vontade de chorar de tão divino que é o som. Pra mim, a melhor música de todo o álbum. Depois dela, vem a baladíssima "I'm So Glad". A única composição de Baker fica em "Toad", que tem um dos riffs que eu mais odeio (por ser tão simples e tosco), mas tem um puta solo de bateria. No final tem o piano tocado por Jack Bruce em "Wrapping Paper", cantada em conjunto com um coral de Clapton e Baker.

      Ouçam esse disco e se apaixonem como eu apaixonei. Vou tentar postar mais vezes aqui, mas realmente o tempo ta corrido (escrevi a resenha no meu trampo, haha). Abraços!




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quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Cream - Disraeli Gears

Blues | Rock N' Roll | Psicodélico | Clássico | DEUSES

1 - Strange Brew
2 - Sunshine Of Your Love
3 - World Of Pain
4 - Dance The Night Away
5 - Blue Condition
6 - Tales Of Brave Ulysses
7 - Swlabr
8 - We're Going Wrong
9 - Outside Woman Blues
10 - Take It Back
11 - Mother's Lament


Uma breve prévia deste disco, ao vivo!
   
     Bom dia Taverneiros! Como vão vocês? Tô me recuperando da cirurgia que fiz e tá indo tudo bem, tiro meus pontos terça feira e posso voltar à minha rotina normal com meu trabalho, faculdade e banda. Tirei onze dias de licença e a única coisa que tô fazendo nesse tempo é tocar baixo, juro pra vocês. Consigo ver, nitidamente, a evolução que acontece quando você senta por dias e passa 3, 4 horas por dia treinando em um instrumento, é realmente compensador o resultado. Mas, obviamente, tá impossível de tocar algumas música e posso afirmar que quase todas essas músicas que não consigo tocar são, adivinha de quem? Jack Bruce.



Esse cara toca demais, galera.

   
    Minha banda de funk resolveu, pra fins de diversão e pra poder brincar mais nos ensaios, colocar algumas músicas que, apesar de não serem funk, vão abrir espaço para nós ganharmos mais sinergia e entusiamo um com o outro. O nosso vocalista sugeriu tocarmos "You Don't Know Me", do Caetano e eu, pelo fato de só conseguir ouvir Cream e Band Of Gypsys, sugeri que tocássemos "Sunshine Of Your Love", deste disco do Cream. Se a gente chegar a gravar algo dessas músicas no estúdio, obviamente vou trazer aqui pra vocês, haha!

     Mas então... Ando ouvindo apenas esse disco. É um disco perfeito pra você acender um cigas e dirigir enquanto as luzes vão cruzando seu carro lentamente. Ele flui de uma maneira única e tem faixas realmente marcantes, que não saem da sua cabeça nunca. Considero esse o segundo melhor disco do Cream, porque o Wheels Of Fire merece estar em primeiro lugar por causa de músicas como "Politician", "Deserted Cities of the Heart", "Pressed Rat and Warthog" e, obviamente, a melhor versão já executada de "Crossroads" que já pôde ser tocada na existência humana neste planeta Terra. Disraeli Gears é, apesar da minha preferência pelo terceiro disco da banda, um PUTA álbum. Ao meu ver, tem uma levada mais experimental por causa de composições como "Swlabr", "We're Going Wrong" e "Blue Condition" (convenhamos, é experimental pra caralho pra 1967, não existia nem o conceito de experimental nessa época, praticamente).



     Como eu já disse naquela resenha que fiz sobre o Wheels Of Fire há algum tempo, Cream foi, ao meu ver, a primeira super banda da história (junto com o Blind Faith, logo depois). Os três integrantes tocavam demais, cara. É inacreditável o nível inalcançável de habilidade que cada um tinha separadamente e mais ainda em conjunto.  Ginger Baker é um viking ruivo magrelo de dois metros de altura, um dos melhores bateristas de jazz que já pisara na Inglaterra. Jack Bruce é outro monstro. O cara consegue fazer notas a uma velocidade inacreditável usando apenas os dois dedos da mão direita. Tem uma entrevista no documentário chamado "BEWARE OF MR. BAKER" aonde Ginger conta como que conheceu Bruce e como que a rivalidade musical deles começou: Baker, quando começou a tocar junto com Bruce, começou a fazer um jam extremamente veloz em um ensaio e, enquanto ninguém que ele conhecia conseguia acompanhá-lo, esse cara ao lado dele tocando o contra-baixo acústico conseguiu acompanhar. Ele ficou desacreditado.

    O outro integrante da banda não precisa de apresentações. Clapton já era considerado Deus, literalmente, bem antes do Cream começar. Na época de lançamento do Disraeli Gears eles já eram a banda mais famosa e requisitada de toda a Inglaterra. Lembrando que em 1967 não existia Led Zeppelin, The Jimi Hendrix Experience tinha apenas um ano de formação e a única banda no cenário que era "compatível" com o Cream era o The Who.



   
     Ouçam esse disco com calma, de preferência ligeiramente chapado, sentado em algum lugar confortável e acompanhado de um cigarro. Detalhes para a música que abre o álbum, "Strange Brew". Uma baladinha guiada por Clapton e Bruce nos vocais e que é seguida pelo clássico "Sunshine Of Your Love". Atenção também para "World Of Pain", aonde fica a marca de Jack Bruce cantando ".... Outside my window is a tree." Muito cuidado ao ouvir a delícia de música que é "Tales Of Brave Ulysses", que te leva em uma letra literalmente épica junto ao instrumental delicioso. Deixo pro final "Take It Back", que tem uma das melhores linhas de baixo de todo o disco. 

     That's All, Folks! Pra quem conhece esse disco, ouçam ele mais! Pra quem não conhece, ouçam pela primeira vez esse pote de nutella musical trazido diretamente de 1967 pra vocês. Abraços! 

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domingo, 1 de setembro de 2013

Idaho - Hearts Of Palm


Indie | Slowcore | Alternative | Chill-out | Folk | Lo-Fi

1 - To Be the One
2 - Hearts of Palm
3 - Down in Waves
4 - This Cloud We're On
5 - Happy Times
6 - Dum Dum
7 - Astrida
8 - Evolution Is Cold
9 - Alta Dena
10 - Before You Go
11 - Under


Boa tarde, Taverneiros! Como vão vocês? Eu tô um lixo! Acabei de chegar em casa de um cirurgia de cinco horas e meia de septoplastia e rinoplastia conjunta e meu nariz não pára de sangrar. Mas já que não posso fazer nada além de ficar sentado ou dormir, vou escrever rapidinho aqui no blog, haha.



Conheci essa banda a poucos dias num grupo muito bom que um amigo me colocou lá no facebook. A voz é extremamente parecida com a do vocalista do Dinosaur Jr. porém com uma pegada mais folk, indie, sei lá. O som é muito agradável e eu realmente fiquei muito feliz de ter conhecido isso numa época em que eu não aguentava mais ouvir Fela Kuti e Cream, HAHA. Não encontrei muita informação sobre a banda, além do fato de que são da Califórnia e que a banda nasceu em 1991. Eles tem vários discos, pelo menos uns cinco e esse ai foi o primeiro com o qual tive contato, que é de 2000. A qualidade do trabalho dos caras é realmente muito boa para uma banda que não faz, relativamente, sucesso.

Ouçam o disco inteiro em algum dia que não esteja fazendo calor, de preferência chapados e com o seu amor do lado pra compartilhar o som. Disco aprovadíssimo para ouvir dirigindo, também. Separo os faixas "To Be the One", "Hearts of Palm", "Down in Waves" e "Alta Dena". Não vou falar muito aqui porque, realmente, preciso de repouso. Estarei postando mais nessa semana e nas próximas. Falando nisso, ando meio insatisfeito com a baixa quantidade de bandas que estou descobrindo recentemente. Se alguém quiser me indicar um som de alguma banda que não esteja aqui na Taverna podem me mandar um e-mail ou me adicionarem no facebook, sintam-se à vontade.

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